Como contar a verdade?

— Gostei dela.

Tenho certeza que ele tentou dar aquele sorriso sexy, que anos atrás me causava ternura. Mas agora só me causou repulsa, raiva. E eu aguentei. Eu aguentaria.

— Bom, irmão, acho que já vou indo — ele disse, olhando o relógio e se arrumando para sair da mesa.

Eu educadamente o acompanhei com Ethan até a saída do restaurante. Contando os seus passos. Rezando para que ele saísse logo. Rezando para nunca mais vê-lo, rezando para que ele jamais me reconhecesse.

Ele apertou as mãos de Ethan, lembrando de um almoço beneficente que aconteceria no dia seguinte e que, terminantemente, não aceitaria um não como resposta.

Logo depois se aproximou para beijar a minha mão. Hesitei, minhas mãos ficaram rígidas com o seu contato. Seus lábios macios não me causaram mais que um arrepio de apreensão e medo por todo o corpo. Ele olhava dentro dos meus olhos, e a única coisa que eu vi naqueles lindos olhos azuis que um dia apreciei foi o vazio.

Tudo estava indo bem. Consegui
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