Além de Bruna, quem mais poderia ser?Mas o que deixava Diogo ainda mais inquieto era o fato de Bernardo já saber da existência de uma mulher em Yexnard que se parecia muito com Olívia — e essa mulher estava ao lado dele!— Naquela noite em que a Bruna foi ao bar... o Bernardo me viu lá? — Diogo perguntou com o olhar sombrio.— Isso... Bem, eu lembro que naquela hora o senhor disse que aquele bar era "baixo nível", que não combinava com sua posição, então o senhor nem chegou a entrar para encontrar a Srta. Bruna. O senhor nem desceu do carro, como ele poderia ter visto o senhor? — Cauã respondeu rapidamente, pensando rápido. — Sr. Diogo, será que não foi por causa do carro? Pelo número da placa, ele pode ter descoberto que o carro pertencia ao Grupo Moura. Talvez ele não tenha visto nada e só esteja tentando jogar verde para ver se o senhor cai.— Vamos embora. — Diogo rosnou, virando-se bruscamente.— Sr. Diogo, pra onde vamos?— Doce Diabo....Charles e Bernardo chegaram à porta do
Ao ouvir isso, Breno começou a suar frio.— Sr. Bernardo, eu não consigo ficar tranquilo em relação à Srta. Olívia... Quando estava inconsciente, sonhei várias vezes com o que aconteceu naquela noite... Será que posso vê-la?— Ela está bem. O corte no braço já foi costurado, e os outros ferimentos também. Mas o problema é emocional. Ela está muito abatida e precisa de tempo para se recuperar, precisa ficar sozinha um pouco. — Bernardo suspirou.Charles, ao lembrar-se do ferimento no braço de Olívia, sentiu uma onda de amargura invadir seu peito. Já fazia um ano desde o divórcio, e parecia que, desde então, ela nunca havia tido um momento de paz. Sempre machucada, sempre sofrendo. Ele se sentia patético. De que adiantava arriscar a vida por ela tantas vezes se, no fim, ele ainda era incapaz de protegê-la?— Eu soube do que aconteceu com a Vilma. — Disse Breno, com um aperto no coração ao lembrar da garota que havia se sacrificado para salvar Olívia. — Aquele desgraçado... Ele já foi en
— Srta. Olívia... Você... Você não me quer mais? — Os lábios de Breno tremiam enquanto ele, com o corpo pesado e vacilante, se aproximava de Olívia. — Você acha que eu sou um peso pra você? Eu admito... Minhas habilidades de combate são fracas, mas por favor, me dê mais uma chance! Eu juro que vou treinar muito e melhorar! Eu vou conseguir te proteger!Charles franziu a testa, sentindo uma mistura amarga de emoções. Era uma sensação agridoce, cruel. Olívia nunca estava sozinha; havia sempre alguém disposto a lutar por ela. E tudo o que ele fazia por ela parecia insignificante em comparação.— Breno, você está entendendo tudo errado. — Olívia esboçou um sorriso triste. — No futuro, eu vou entrar no Grupo Bastos e assumir o cargo de Gilbert. Ser meu secretário seria um desperdício do seu talento. Eu quero que você vá para o departamento jurídico da empresa, como chefe. Lá, você poderá usar todo o seu potencial e especialização. Você vai continuar me ajudando, e também poderá ajudar meu p
Diogo voltou para o Doce Diabo.Bruna, ao saber da notícia, já o esperava em seu quarto.A porta foi arrombada com um estrondo tão forte que o lustre de cristal no teto estremeceu junto.Ao ver Diogo entrando furioso, Bruna tremeu da cabeça aos pés, incapaz de encará-lo diretamente, quase se encolhendo de medo.Atrás dela, Cauã também estava em pânico, congelado pelo terror. Ele já havia trabalhado com Diogo no País F e sabia bem o que acontecia quando Diogo ficava com raiva — era coisa para matar alguém!— S-Senhor Diogo... — Balbuciou Bruna, a expressão bonita de seu rosto traindo o medo incontido.Por mais que se parecesse fisicamente com Olívia, jamais conseguiria imitar nem uma fração da elegância natural dela.— Sr. Diogo... Por favor, acalme-se, talvez as coisas não sejam como o senhor está pensando, talvez... Antes que pudesse terminar, Diogo avançou até a mesa de centro, pegou um cinzeiro de cristal e, com os olhos inflamados de ódio, o arremessou na direção de Bruna!— Ah! —
Diogo soltou uma risada de desprezo.— Você? Matar o Bernardo por mim?Bernardo... Então, aquele homem charmoso se chamava assim.Bruna se lembrou do rosto dele — bonito, com traços fortes e o olhar provocante que emanava uma mistura de malícia e sedução. Seu coração disparou ao pensar nisso.Naquela noite, depois de voltar do bar, ela sonhou com ele novamente, o que até a surpreendeu.— Se o senhor quiser que eu o mate... Eu farei o possível. — Bruna estava suando em bicas, mordendo os lábios com força.— Ele é irmão da minha mulher, e você acha que pode decidir matar só porque quer? Você é ousada, hein? — Diogo lançou um olhar frio e sombrio na direção dela.Bruna estremeceu. O suor molhava seus cabelos na lateral do rosto, tornando-a uma figura frágil e patética.— Me desculpe... Eu... — Não quero que você o mate. Quero que o seduza.— O quê...? O que o senhor está dizendo? — Bruna ficou atônita, mal acreditando no que ouvia.— Naquela noite, vocês não se divertiram bastante? — O d
Olívia parou de “brincar” com Vasco e assumiu uma expressão séria.— Mano, o celular foi consertado?— Não foi fácil, mas a equipe técnica é muito competente. — Vasco então olhou para Charles. — Presidente Charles, precisaremos que você fique para prestar depoimento.— Claro, estou aqui para colaborar com vocês.Os olhos profundos e enigmáticos de Charles pousaram suavemente no perfil de Olívia, como se ele estivesse preso naquele momento, incapaz de desviar o olhar.Olívia percebeu o olhar dele, mas manteve os lábios rosados ligeiramente cerrados, decidida a não corresponder àquele olhar ardente.Os três entraram na delegacia. Já era noite, mas Charles e Olívia juntos chamavam tanta atenção que os policiais não puderam evitar olhares curiosos.Aquele casal de jovens era tão deslumbrante que era impossível não notar. Pareciam feitos um para o outro, e não casar seria quase um pecado!Na sala de interrogatório, Vasco colocou o celular de Vilma, já restaurado, diante deles.Os longos cíl
O ar... De repente ficou estranho.Olívia fitava, atônita, o rosto bonito de Charles. O sorriso dele, naquele momento, era de uma suavidade e brilho que ela nunca tinha visto antes.Ela pigarreou, desviando o olhar rapidamente, sem ousar encarar aqueles olhos profundos e brilhantes por mais um segundo, como se temesse que, se olhasse demais, acabaria revelando algo que deveria permanecer em segredo.Percebeu, naquele instante, o quanto ele havia mudado. O Charles de antes era frio, distante, como um abismo gelado. Mas o Charles de agora... Pouco a pouco, ele parecia derreter, transformando-se em uma brisa morna de primavera ao redor dela, oferecendo-lhe um conforto e uma segurança que ela não esperava.— Cof cof... Esse clima todo... — Vasco, solteiro de nascença e completamente alérgico a qualquer demonstração de romance, não conseguiu mais assistir àquela cena de tensão palpável sem intervir. — É só um terno, pra que lavar? A gente tem dinheiro pra isso. Vivia, compra outro pro Presi
Ao som das palavras, todos ficaram em silêncio, baixando a cabeça.Aquela pobre garota, no momento final de sua vida, não pensava em sua própria sobrevivência. Em vez disso, sua mente estava focada em como abrir uma brecha na escuridão do crime, para que a luz da justiça pudesse finalmente entrar.— Então... A morte de Vilma provavelmente está relacionada ao fato de ela saber desse segredo. — Vasco comentou, com as sobrancelhas franzidas, pensando alto.— Sim. Caso contrário, a Tânia, que sempre foi astuta e extremamente cautelosa, não teria perdido o controle e arriscado tanto ao mandar assassinos atrás de Vilma. Ela estava desesperada para silenciá-la. — Olívia respondeu, cerrando os punhos com ódio, seus olhos brilhando de raiva.— Que audácia... Como ela ousa pensar em tocar em você! — Vasco, ao lembrar do que Olívia havia passado naquela noite, bateu a mão na mesa com força, furioso. — Você tem cinco irmãos, um pai que é praticamente dono do mundo, com toda a riqueza e poder que e