— Não… Não precisa disso. — A voz de Olívia suavizou, assumindo um tom carregado de doçura e um toque de timidez. — Eu estou com você, mas não é para você ser meu escudo humano. Embora você já tenha sido várias vezes… Mesmo assim, você não é invencível. Você não é um herói imortal, muito menos um deus que nunca morre. Por favor, não arrisque sua vida por mim… Eu não suportaria.Charles sentiu o coração disparar, uma felicidade avassaladora tomou conta de seu rosto. Ele sentiu que, se precisasse morrer naquele momento, morreria feliz.— Vivia, eu comi tudo que você mandou. — Ele virou-se de costas, tentando esconder o nó que se formava em sua garganta e o leve tremor na respiração. — Esta noite… Será que eu posso comer você?…Enquanto isso, o Grupo Moura estava afundado no caos.O governo do País T estava furioso e já havia aberto um processo oficial contra a empresa. Todos os responsáveis locais pelas demolições foram presos, e o Grupo Moura foi intimado a pagar uma indenização astron
Diogo já nem se dava ao trabalho de disfarçar a face cruel e predatória de um lobo. Diante dele, Jair não passava de um derrotado insignificante, alguém que ele simplesmente desprezava.— Então… Você voltou de repente só para se vingar de nós? Gael e Tábata foram obra sua? E agora você está vindo atrás de mim? Seu desgraçado, miserável! — Jair gritou, sua voz tremendo de raiva e desespero. — Eu vou contar tudo para o papai! Eu vou contar tudo que você fez! Vou mostrar a ele quem você realmente é, o quão sujo e desprezível você é!— Tábata presa? O que isso tem a ver comigo? Foi obra do Charles e da Olívia. Quanto ao Gael, também foram eles que o denunciaram. O que eu tenho a ver com isso? — Diogo deu um sorriso frio, quase divertido, diante do pânico de Jair. — E, além disso, você acha mesmo que, no estado em que está agora, ainda tem alguma credibilidade com o papai? Ele mal suporta olhar para sua cara, acha que ele vai acreditar nas suas mentiras?O riso de Diogo fez um calafrio perc
Diogo balançou a cabeça com um sorriso cínico, sentando-se com calma à frente de Tiago.— Pai, o senhor e eu somos homens de negócios. Sabemos que promessas vazias e palavras jogadas ao vento não têm valor. Só quando eu for nomeado presidente, eu lhe garanto que todos esses problemas serão resolvidos rapidamente.O olhar de Tiago escureceu, cheio de intenções ocultas.— Isso inclui lidar com Gilbert? — Ele perguntou, com a voz carregada de desconfiança.Diogo manteve a expressão impassível.— Nós fomos sabotados repetidamente. Não há dúvida de que Gilbert está por trás disso. Mesmo que o senhor não me peça, eu não vou deixar o Grupo Bastos pisar na nossa cabeça e fazer o que bem entender.— É mesmo? — Tiago arqueou as sobrancelhas, lançando um olhar desconfiado. — Não esqueça que Olívia é a mulher que você vive dizendo que quer casar. E Gilbert é irmão dela. Você teria coragem de agir contra ele?Diogo suspirou, abrindo as mãos em um gesto de resignação.— Infelizmente, sou uma pessoa
— Eu dei uma olhada. O valor é mais do que o dobro do presente que o senhor enviou ao Sr. Alonso na última vez. Dá para ver o quanto ele o valoriza! — Disse Cauã, com entusiasmo.Os olhos de Diogo brilharam de satisfação.— Quando o Sr. Alonso decide agir, nunca é algo comum.— Não só isso. — Continuou Cauã. — Ele também enviou o medicamento que o senhor pediu. E deixou um recado: disse que, seja o presente ou os medicamentos, uma vez que estão com o senhor, são seus. O senhor pode usá-los como bem entender, ou entregá-los a quem achar necessário.Diogo captou a mensagem nas entrelinhas. Por trás das lentes douradas, seus olhos ficaram indecifráveis.— Além disso, seguindo suas instruções, eu já entrei em contato, por meio dos secretários, com o prefeito de Shadowfen, no País T, e com dois deputados de grande influência na política local. Eles já receberam nossa proposta e demonstraram interesse. O senhor pode organizar uma viagem para encontrá-los pessoalmente.— Fez bem. — Diogo apro
— Eu, fazer xixi na cama? Você está louco! Quem fez isso foi o seu fantasma, só pode! — Olívia, com as bochechas coradas de vergonha e raiva, socou o peito dele com seus punhos delicados. Mas, enquanto ele nem sentiu nada, a mão dela começou a doer primeiro. — Além do vovô e da Samara, a sua família inteira faz xixi na cama!Charles segurou a mão dela, pequena e macia, e a pressionou contra o peito, acariciando-a com um sorriso divertido.— Tá bom, tá bom... Eu errei. Foi a minha cabeça que não funcionou. Quando ficarmos velhos, provavelmente eu serei o único a molhar a cama todos os dias.Olívia, irritada, desenhou círculos no peito dele com a ponta do dedo, mas, ao ouvir isso, não conseguiu conter uma risada.— Mas, Vivia, o que aconteceu de verdade? Você me assustou muito agora. — Charles acariciou o rosto macio dela, a preocupação evidente em sua voz.— Eu... Minha menstruação chegou. — Confessou Olívia, segurando a borda do cobertor com força, enquanto mordia os lábios.Embora já
— Se o sangue ficar muito tempo, vai ser mais difícil de limpar. Então vou lavar agora e depois deixo a Bianca terminar na máquina. Assim fica tudo certo. Charles, sem que ela percebesse, havia aparecido com uma bacia grande e um banquinho pequeno. Ele estava sentado, com as pernas longas dobradas de forma um tanto desajeitada, esfregando as roupas de cama com dedicação. A imagem era curiosa: aquele homem alto, imponente, agora parecia desconfortavelmente encolhido, mas ao mesmo tempo tão focado no que fazia que o resultado era quase cômico. — Charles, você... Você sabe lavar roupa? — Olívia arregalou os olhos, surpresa. — Sempre soube. — Charles respondeu com um sorriso tranquilo, enquanto esfregava o tecido com destreza e, em poucos movimentos, já tinha removido as manchas de sangue. — O que você acha? Quando eu estava na academia militar, quem lavava minhas roupas? Você acha que eles designavam uma empregada só para isso? Olívia, ao vê-lo tão habilidoso e natural, não resi
— Diogo conseguiu subir ao poder assim tão facilmente... Que raiva! — Olívia exclamou, irritada, enquanto dava um gole grande no chá de gengibre quente. O líquido queimou sua língua, e ela começou a soprar e resmungar, com uma expressão que era, no mínimo, engraçada.Charles, com o olhar repleto de ternura, estendeu a mão para afagar os cabelos dela.— Parece fácil, mas sabemos muito bem o quanto ele trabalhou nos bastidores, usando táticas sujas, pisando nos ossos de outras pessoas para chegar onde está hoje.Olívia estreitou os olhos ao encará-lo, enquanto segurava a caneca com as duas mãos.— Pelo jeito que você fala, até parece que está admirando o esforço do Diogo.Charles sorriu de canto, balançando a cabeça.— Não é admiração. Eu só fico impressionado com o quão cruel ele pode ser.— Ele já eliminou os três irmãos da família Moura e conseguiu o cargo de presidente que tanto queria. E agora? O que ele vai fazer? Só de pensar nisso, sinto que vou entrar na menopausa de tanta raiva
Gilbert olhou para Gabriel com uma expressão impassível, mas, por dentro, uma onda de emoções o tomou de assalto. Desde a noite passada? Ele não havia dormido, permanecendo ali, parado do lado de fora da porta do quarto, apenas para vê-lo? Ao voltar à realidade, Gilbert sentiu seus dedos se curvarem levemente ao lado do corpo, como se segurassem algo que não podia escapar. — Querido, eu fiz algo errado? Disse alguma coisa que te magoou? Por favor, me diga, está bem? — Gabriel não suportava mais a frieza e o silêncio de Gilbert, e sua voz tremia de ansiedade enquanto ele se aproximava, tentando agarrar a mão dele. Mas Gilbert deu um passo brusco para trás, esquivando-se. Gabriel sentiu o vazio de suas mãos e uma onda de frio subiu pela sua espinha, espalhando-se por todo o corpo. — Querido... — Ele murmurou, confuso. — Sr. Gabriel. Os olhos de Gabriel tremeram. — O quê? Como você me chamou? — Sr. Gabriel. — Repetiu Gilbert, com uma voz ainda mais fria, como se voltasse