O rostinho molhado de lágrimas de Olívia continuava se aconchegando no peito dele, esfregando-se como um gatinho buscando conforto. Quando ergueu a cabeça, percebeu os músculos firmes de Charles, escondidos sob a camisa, agora levemente visíveis graças ao tecido úmido. Era uma provocação involuntária e direta, que a deixou visivelmente sem graça.

Ela deu mais alguns soluços e, com a palma da mão, começou a esfregar a área da camisa que havia molhado com suas lágrimas. A expressão dela, ao mesmo tempo envergonhada e delicada, fez o coração de Charles acelerar. O calor subiu pelo corpo dele, e uma coceira invisível parecia cutucar seu peito. Mesmo assim, ele se conteve. Naquela noite, ele só queria que ela descansasse, tivesse uma boa noite de sono em seus braços.

— Você não comeu nada a noite inteira. Deve estar faminta. Vou preparar algo para você. — Ele disse com carinho, enquanto usava o polegar para secar as lágrimas que ainda brilhavam nos cantos dos olhos dela.

— Hm... Mas você ta