A brisa noturna, carregada de uma tensão sufocante, passava entre eles como um fio frio e cortante, anunciando o inevitável confronto.

Diogo, que por um instante teve o coração preenchido pela alegria de ver Olívia, sentiu esse mesmo sentimento despencar ao chão e se despedaçar em mil pedaços no instante em que seus olhos pousaram em Charles.

— Vivia! Você veio! — Verônica, com o olhar repleto de uma ternura que não combinava com sua fragilidade, quase tentou se levantar da cadeira de rodas para recebê-la.

Talvez fosse o rosto marcante de Olívia, uma beleza que desde criança deixava uma impressão duradoura. Verônica, que às vezes nem reconhecia o próprio filho, nunca errava ao identificar Olívia. Era algo visceral, um carinho que ela não conseguia disfarçar.

— Sra. Verônica, olá. — Olívia cumprimentou com gentileza, a voz serena, curvando-se em um sinal de respeito.

Enquanto isso, Charles mantinha o braço firmemente ao redor da cintura de Olívia. Sua postura era tensa, o olha