Olívia e Charles trocaram olhares, ambos sem saber como reagir, enquanto Gilbert observava Gabriel, surpreso, com os olhos fixos naquele rosto suave, porém desafiador.

Joaquim, por sua vez, estava com a boca aberta, sem conseguir dizer uma palavra, o olhar tomado por fúria. Uma onda esmagadora de humilhação caiu sobre ele como uma tempestade. As memórias daquela noite vieram à tona, claras como o dia. O pavor, a vergonha, o nojo... Ele tremia dos pés à cabeça, como se estivesse preso em um pesadelo.

— Você... Você... — Joaquim começou a dizer, mas, subitamente, tampou a boca com as mãos e correu para o lado, ameaçando vomitar.

— Dr. Joaquim, sua expressão está tão sofrida. — Gabriel deu um passo para trás, aproximando-se de Gilbert, e curvou os lábios em um sorriso astuto. — Mas, honestamente, sua boca já era mais suja que um banheiro público abandonado há dez anos. Comer um pouco de merda nem deve ter feito tanta diferença, né? No fim das contas, foi só ela indo para o lugar cer