AliceAcho que já está mais do que na hora de conhecer os seus amigos e de ele conhecer os meus também. A verdade, é que estamos cada vez mais ligados um no outro. E mais apaixonados também. E de verdade? Que o Lucca não saiba, mas estou amando essa estadia aqui na sua casa. Estou até começando a conhecer as suas manias.Tipo, ele balança o pé enquanto espera o sono chegar. Toma banho cantando debaixo do chuveiro. Faz corridas matinais e malha todas as noites. Sem falar nos sons que faz enquanto dorme. E o melhor! Acordo todas as manhãs com seus beijos e quando chego na cozinha, encontro sempre uma mesa farta de café da manhã. E ainda tem sexo quente e selvagem, seja ele matinal ou noturno.— Querida, você já… — Lucca para de falar quando entra no quarto e seus olhos ávidos passeiam pelo meu corpo como se estivessem famintos. — Porra Alice, não vou desgrudar de você lá no bar um só minuto — resmunga, puxando o ar com força.Simplesmente sorrio para esse elogio exacerbado.— Essa é a i
Lucca... Você beijou a Samantha e agora paga de bom namorado com a Loirinha?As palavras do Dilan ainda ecoam pesadas dentro da minha cabeça. Eu devia ter esmurrado a cara daquele desgraçado. Mas, olhar nos olhos de Alice e ver a decepção estampadas neles me oprimiu demasiado.O que eu esperava? Eu devia ter falado sobre a porra do beijo. Quantas oportunidades ela me deu? Quantas?— Sente-se aqui, Lucca. — Joe pede, segurando no meu braço e guiando-me para a mesa. — Deixa-a pensar um pouco. Se acalmar e depois vocês conversam. — Ele diz calmamente sentando-se na cadeira de frente para mim. Sentindo-me estranho com tudo isso, pego a longnect que está pela metade e esvazio, tomando o conteúdo de uma só vez. Estou de costas para o balcão do bar, mas ainda assim, é possível ouvir daqui a voz de Samantha conversando animada com Rafael. Ela age naturalmente, como se nada tivesse acontecido.Bufo de modo audível.— Eu vou para casa — falo frustrado. Contudo, rio, mesmo sem vontade. — E
Lucca— Você é maluca, sabia? — retruco, puxando-a para perto de mim.— E você gosta das minhas maluquices. — Ela rebate.— Na verdade, eu amo!E logo que alcançamos a porta de casa, destravo o controle do painel de segurança e a abro em seguida. Alice passa por ela em silêncio e eu fecho a porta atrás de mim. A observo largar os saltos altos de qualquer jeito e em qualquer lugar. Depois ela faz o mesmo com a bolsa, lançando-me um olhar indecifrável. Na sequência, a maluca me choca contra uma parede. E os seus olhos encontram os meus, expressando… raiva?Engulo em seco.Então eu espero pelos seus gritos e tapas. Mas inesperadamente ela puxa a minha camisa com força e os botões pulam para todos os lados. A peça é retirada do meu corpo de uma forma brusca e violenta. E eu não sei o que fazer.Isso é tesão ou raiva?— Não pense que uma simples transa no banco de trás de um táxi aplacou a minha raiva, Lucca Fassini.Eis a minha resposta.Penso em falar qualquer coisa para amenizar essa su
Lucca— O que? — inquiro receoso.Ela dá de ombros.— Eu não sei. Alguma coisa que esteja me escondendo, além de um maldito beijo? — meneio a cabeça em um não.— Depois disso, tirei a Samantha da minha equipe.— Oh! — Ela arqueia as sobrancelhas.— Estamos trabalhando em horários diferentes agora. — Ela permanece séria.— Por causa do beijo? — indaga. Faço menção de sair de debaixo dela, mas Alice não me permite e procura os meus olhos.— Fala, Lucca! — exige.— Não. Não foi por causa do beijo. — Um pouco mais de silêncio. Um olhar especulativo.Estou fodido, já estou vendo.— Por que então?— Alice essa é uma conversa que eu…— Fala logo! O que aquele embute fez para você tirá-la da sua equipe?Bufo.— Ela te deixou para morrer no incêndio — digo de vez. Seus olhos se apertam. Suas mãos apertam com força os meus ombros.— O que quer dizer com, me deixou para morrer? — questiona com um tom baixo e assustador.— No incêndio. No apartamento de Camila. Cada bombeiro tinha a finalidade de
Lucca— Lucca? — Escuto Alice me chamar quase vinte minutos depois ligação— Estou aqui! — grito de onde estou e em segundos ela aparece no meu campo de visão.Então mostro-lhe tudo que vi e observei. Explico a minha visão do que aconteceu e ela assente séria. Enquanto ela caminha pelo cômodo, não consigo evitar de observá-la. O seu corpo, o rosto, seus cabelos.Deus, ela é tão linda!E é a minha vida. Constato.— Pode fazer um novo laudo sobre o incêndio? — Desperto com a sua pergunta.— Infelizmente não.— Por que não?— Porque não sou investigador. Mas, eu posso tirar algumas fotos e enviar para um amigo.— E, você confia nele?— Completamente.— Ótimo! — Ela faz menção de sair, mas seguro no seu braço e os nossos olhos se conectam.— Vamos conversar, Alice.— Tenho que ir trabalhar, Lucca. Nos falamos a noite. — Ela tenta se livrar do meu agarre, mas a puxo para mais perto de mim.Deus, eu preciso senti-la. Preciso beijá-la e saber que ficaremos bem. Portanto, levo as minhas mãos
AliceMomentos antes do incêndio no jornal…— Mandou me chamar, Henrico? — pergunto, adentrando a sua sala. Ele tira os óculos de descanso e abandona a tela do computador para me olhar.— Feche a porta Ávila — pede e faz um gesto para eu me sentar em uma cadeira que fica de frente para a sua mesa.— Chamei para avisar que você está fora da matéria sobre as eleições. — Ele diz diretamente e eu uno as sobrancelhas.—Como assim? — questiono completamente extasiada. — Por que está me tirando dessa matéria? Achei que estava gostando do meu trabalho — resmungo irritada.Ele suspira.— E estou. Você é realmente maravilhosa no que faz. Essa sua garra e persistência. Tudo o que conseguiu em tão pouco tempo…— Então por quê? — O corto. Em resposta, Henrico solta um suspiro desanimado, encostando-se no encosto de sua cadeira.— Eu recebo ordens, Alice — sibila com ar cansado. —O chefe quer você em outra matéria.Bufo.— Em qual matéria?— Moda.— O que? — grito a pergunta.— Haverá um megaevento
Alice— Completamente.— Ótimo!Faço menção de sair, mas Lucca segura repentino no meu braço e automaticamente a lateral do meu corpo fica colado no seu. Logo sinto o calor da sua respiração levemente ofegante bater no meu rosto e os nossos olhos voltam a se conectar.— Vamos conversar, Alice. — Um pedido fraco e sussurrante preenche os meus ouvidos, causando-me arrepios pelo corpo todo.Céus, eu queria. Mas estou com tanta raiva dele ainda. Como Lucca pode esconder algo tão importante assim de mim? Como pode proteger a mulher que tentou me matar? Definitivamente ainda não estou preparada para ter essa conversa. Se iniciarmos isso agora irei machucá-lo de uma forma irreversível e eu não posso. Não quero machucá-lo.— Eu tenho que trabalhar Lucca — sibilo fria e sem vida. — Nos falamos a noite. — Livro-me do seu agarre, mas ele torna a me puxar para mais perto dele. No ato, Lucca segura em cada lado do meu rosto e uma simples carícia quase me derrete inteira.Fecho os meus olhos e apre
Alice— Como ele está? — A voz de Ana soa preocupada do outro lado da linha telefônica. De dentro do seu escritório, o olho adormecido em um sofá da sala, constatando que tudo está tranquilo agora.— Ele está bem. Está dormindo agora.— Céus, o Joe era um dos seus melhores amigos. — Ela lamenta.— Eu sei — digo com um suspiro baixo.— Mamãe queria ir vê-lo, mas acho melhor deixá-lo descansar um pouco.— Sim. Ele precisa de forças nesse momento. — Concordo, sentando-me na cadeira por trás da mesa retangular, onde deixei alguns documentos espalhados pelo tampo envernizado. — Eu ligo quando ele acordar. Ter vocês por perto fará bem para ele.— Obrigada, Alice!— Não por isso.— Adoro você, cunhadinha!Me pego sorrindo.— Também te adoro!E quando a ligação é encerrada, fito os papéis mergulhando fundo em cada linha digitada, esquecendo-me de tudo ao meu redor. Dentro da pasta também guardo a cópia do CD das entrevistas que fiz no evento. E se Lucca conseguir provar que o incêndio no apar