LuccaUma semana depois...— Está nervoso? — Cristopher pergunta depois de um tempo. Forço um sorriso.— Muito. — Respondo com a voz contida.Estamos indo para o restaurante que a Ana reservou para o pedido oficial de casamento. E para o meu desespero, Alice passou o dia na casa dos seus pais. E eu fiquei na casa do Cris, porque não tinha a menor condição de ficar sozinho em casa. Os meus pais passaram o dia inteiro fora de casa. Na verdade, isso já acontece a três dias e não quiseram me dizer o porquê. A Ana estava cheia de trabalho com o projeto novo da Caravelas & Hotelaria.— Meninos, o que estão fazendo trancados nesse quarto? — Jenny pergunta do outro lado da porta. Cris abre um sorriso largo.— Já estamos saindo, Tempestade. Relaxa. — Ele pede me fazendo rir.— Só para vocês saberem, vocês não são a noiva. — Ela rebate irritada. Não consigo segurar a risada. Ele ajeita a minha gravata e vai até a porta.— O que foi, Bonitinha? — Pergunta com extremo carinho.— Meia hora de atra
AliceOlho para o espelho e bufo audivelmente. Vick e Jenny aguardam ansiosas o meu veredicto. O coque em meu cabelo está uma perfeição. Não tenho o que reclamar da maquiagem, mas o vestido... Droga!— Não acham que estou muito menininha não? — Pergunto finalmente. As meninas rolam os olhos impaciente. Não as recrimino, esse é o terceiro vestido que eu rejeito. Contudo, me viro de frente para elas e as encaro sentadas no colchão.— Não sei. Eu sou tão pequena perto dele.— Reclamo desanimada. — E ainda tem a diferença de idade. O vestido não precisa me deixar infantil perto dele— retruco Jenny se levanta e vem para mais perto de mim.— Alice, relaxa. Você está uma pilha e nem é o dia do seu casamento ainda. É só uma formalização do seu pedido.— E não é por isso que eu tenho que chegar lá com a cara de 15 anos, por favor! — Rosno irritada. Vick respira fundo e volta para o closet. Ela traz um vestido verde musgo, que amarra na altura do pescoço.— Esse é o último, Alice. Pelo amor de D
Alice— Me desculpe pelo que aconteceu! Eu realmente não tinha noção do perigo...— Tudo bem, Senhorita. — Diz com desdém.— De verdade, Téo. Eu sei que o meu pai te demitiu pelo que aconteceu. Mas a culpa não foi sua. — Ela me abre um sorriso sem graça.— Aí é que está, Senhorita Ávila. A culpa foi inteiramente minha. Como seu segurança pessoal eu jamais deveria tê-la deixado subir ao seu apartamento sozinha. Mas deixei e a coisa toda aconteceu. Mas não se preocupe, lição aprendida com êxito.Eu assinto olhando o homem sério e em uma posição rude voltando a olhar fixamente para a porta do banheiro.— Como está o seu filho? — Ele volta a me olhar.— É, uma filha. É uma menina. O nome dela é Selena. E, ela está bem. Obrigado por perguntar. A minha esposa e eu estamos nos separando.Engulo em seco.— Ela não entende o meu trabalho. Não entende que preciso ficar quase que vinte e quatro horas grudado nos meus clientes. Enfim, acho que vai ser melhor assim.— Eu sinto muito, Téo!A porta
Alice— E então, Alice? — Lucca pergunta atraindo a minha atenção pra si.O olho por um tempo e respiro fundo. Ah, que se dane a droga do apartamento novo! Que se dane a tão sonhada liberdade! Eu o amo, porra e nós vamos ter um filho!— Por mim tudo bem. — Me pego dizendo. Ele sorri amplamente e os seus lábios proferem as palavras Eu Te Amo! Sem emitir som. Sorrio mordendo o lábio inferior. Todos erguem as suas taças em um brinde e o Edgar fala por fim...— E que venha o casamento!Logo às mulheres começam a falar sobre igrejas, tules, flores, buffet… Eu não me envolvo na conversa, embora muitas perguntas sejam direcionadas a mim e elas euforicamente as respondem. As náuseas voltam e eu peço licença para ir ao banheiro outra vez.***— Obrigada por me trazer ao trabalho hoje. — Digo beijando a sua boca rapidamente. Quando me afasto ele segura levemente a minha nuca e me puxa para perto de si.— Se não se sentir bem larga tudo e me chama que eu venho te buscar. — Pede e eu concordo. Ma
LuccaFico olhando Alice entrar no prédio antes de dar partida no carro. Enquanto dirijo penso em como vai ser o meu primeiro dia trancado entre quatro paredes da empresa Fassini e com uma mesa cheia de papéis na minha frente. O sinal fica vermelho e eu paro o carro. Olho rapidamente para o lado e noto o celular de Alice esquecido no banco do carona.Sorrio.Ela anda meio atarantada esses dias. Os enjoos que quase não permite que se alimente direito. E a noite não tem dormido muito bem. Dou a volta no carro e dirijo de volta para o jornal. Saio do carro segundos depois o travando e sigo para dentro do prédio. No elevador aperto o botão para o segundo andar e vou direto para a sua sala. Eu mexo na maçaneta e a porta parece estar trancada de chave.— Se está procurando a senhorita Ávila, ela se mudou para o terceiro andar. Uma senhora alta e bem elegante diz. Eu assinto levemente para ela e sigo para o elevador dizendo um obrigado.— Siga até o final do corredor, é a última porta a esq
LuccaPenso em desistir e ligo o motor do meu carro, porém, outra mensagem chega e eu pego o celular de volta imediatamente.Alguém que você magoou muito. Você destruiu a minha vida e acabou com uma carreira promissora.Samantha?Não tenho resposta. A pessoa simplesmente não me responde. E com o coração batendo acelerado no peito, volto a ligar o carro e sigo para a corporação. Há uma reunião marcada com o comissário, o perito do incêndio do prédio abandonado e soube que os pais da garota que morreu também estarão lá. Minutos depois, paro o carro em frente ao corpo de bombeiros, eu pego a minha mochila e o celular e travo o carro indo para dentro da corporação. Dentro do prédio encontro alguns homens brincando de dominó, em uma mesa que fica na imensa garagem e em um canto, Daniel está sentado em uma cadeira com a perna engessada.— O que faz aqui? — Pergunto com curiosidade. — Ele dá de ombros.— Não vou ficar em casa me lamentando. Pedi ao chefe um cargo no escritório, enquanto volt
Lucca— Oi! — Ela diz em um tom baixo e sem jeito.— Oi! — Retribuo o seu cumprimento. — Vejo os seios na blusa apertada subir e descer com a respiração pesada.— Como foi o seu dia? — Pergunta ainda sentada na cadeira. Descruzo os braços e caminho para perto da mesa.— Cansativo. Tivemos uma reunião sobre o último incêndio. — Ela se afasta um pouco da mesa e se encosta na cadeira.— O que você se machucou? — Inquire com curiosidade. — Assinto em concordância. — Por quê?O que eu devo dizer? Que tem uma louca querendo me matar? Se vingar sabe Deus de que? Não posso fazer isso com ela. Alice anda muito agitada com a gravidez e isso há tira o seu sono. Trazer mais problemas para ela não seria sensato.— Houve um assassinato de uma criança e a polícia, assim como os bombeiros estão investigando. Como foi o seu dia? — Mudo de assunto. Ela me dá um meio sorriso.— Enjoativo. — Diz evasiva. Contudo, a olho por um curto espaço de tempo e faço menção de sair.— Vou tomar um banho. Quando term
Lucca—Bom dia! — Ela diz em um tom animado ao entrar na cozinha.Sorrio ao vê-la vestida com uma das minhas camisas.Sério!Amo ver o seu corpo vestido em uma daquelas mini camisolas de seda... Ou naqueles shortinhos rendados, mas vê-la com minhas roupas a deixa sexy pra caralho.Alice se debruçar sobre o balcão da cozinha e pega uma fatia de presunto a levando a boca em seguida.Meu sorriso se amplia consideravelmente.—Nada de enjoos matinais? — Pergunto ainda preparando os sanduíches.— Ah não... Hoje nosso pitoco resolveu dar uma trégua.— Pitoco? Por Deus Alice, não chame o meu filho assim! — Retruco fazendo graça.Ela sorri para mim.— Por que não? É um Pitoquinho, bem pequenininho.— Pitoquinho? Caralho a coisa só piora! — Resmungo e ela gargalha.O som me preenche por dentro.— Tem razão. Se for do tamanho do pai, aí vai ser um Pitocão. — Diz fazendo graça.Largo tudo sobre o balcão e vou ao seu encontro em um supetão. Ela solta gritinhos e tenta correr para fora da cozinha,