“Como água fresca para uma alma cansada é a notícia boa de uma terra longínqua”. (Prov. 25:25)

Estranhos são os momentos que vivemos nessa Terra! O véu da realidade é tão tênue que, frequentemente, ultrapassamos os limites de nossa consciência e mergulhamos naquilo que adorna nossos pensamentos, nossas ideias...

E então o tempo, a primeira dimensão de um universo conceptual, nos situa em uma determinada época, num período qualquer ou numa era longínqua! Mas, na síntese da eternidade essa dimensão se funde com o espaço criando a hipótese de podermos vivenciar lugares diferentes na mesma fração de segundo em que vivemos. E aí, passado, presente e futuro, juntam-se, agrupam-se, interpenetram-se no mesmo plano... com certeza estamos mentalmente, mas nem sempre de forma consciente, em um átimo, um lampejo ou um instante da eternidade. Aqui cada ser deve se situar no universo correspondente ao tempo real de sua própria existência. Mas também pode acontecer que assista e participe de cada passagem, cada cena, seja do passado ou do futuro, como uma personagem das épocas em que os acontecimentos se dão ao nível do pensamento no insondável éter, onde tudo existe, existiu e existirá.

Ó, santa alucinação que nos arrebata em um transporte e nos faz reviver os quadros e imagens que povoam nosso eu! Ó, venerável ego que projeta sua consciência ao espaço viajando por mundos e plagas, apreendendo os momentos históricos, ouvindo os diálogos francos, penetrando os registros akáshicos e aprendendo com os exemplos e vidas santificadas a evoluir na senda!

As viagens empreendidas pelo meu espírito durante a narração de Ângelo foram fundamentais para que este livro pudesse chegar até seus leitores. Cabe agora, a cada um daqueles que mergulharem em suas páginas, beber da fonte viva de seus ensinamentos que provém do passado longínquo, onde capítulos de grandes mudanças foram escritos em letras flamejantes alterando o curso da história e do pensamento humano.

José