“Bem aventurado é aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto”. (sal 32:1)
Foi uma semana trabalhosa! Apareceram alguns serviços avulsos de consultoria que me renderam algum dinheiro, mas, em compensação quase me deixaram sem tempo para escrever e colocar em dia o assunto do último domingo. Mas agradeci a Deus pela oportunidade de ganhar o pão para mim e para minha família.
Com uma parte do adiantamento recebido fui ao supermercado e fiz compras, abastecendo a despensa que já estava ficando em nível crítico. Paguei também contas atrasadas, sentindo-me um novo homem com a autoestima subindo de cotação em relação aos últimos meses.
No domingo, no horário de costume, cheguei à casa de Ângelo. Ele estava só. Perguntei:
— Nosso a
“Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.”. (Ecl. 9-7) A semana possuía um feriado na sexta. Aproveitei para tirar o carro da garagem, coisa que, ultimamente não fazia com frequência para economizar combustível, e peguei a família para relaxar num passeio, pois todos estavam estressados com aquela vida cheia de rotinas e privações.Fomos a uma praia que eu conhecia bem, um pouco afastada, em um local onde só se podia chegar de carro, mas que tinha a vantagem de não ser muito frequentada, a não ser por alguns banhistas amantes do surf. Quando chegamos, minha mulher e meus filhos correram para a barraca, a única da praia, feita de troncos de coqueiro e coberta de palhas. Com o trabalho que
"Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. (Rubem Alves)Naquela semana, separei um dia para ir para meu retiro ao pé da serra: lá, entre a beleza da natureza em um dos poucos recantos ainda preservados que conheço, subi pelo leito do rio até um ponto onde uma pequena cachoeira descia entre as pedras. Local lindo e inspirador, e ali me deixei ficar aproveitando as maravilhas do fabuloso rio do Pico.Mergulhando na água gelada deixei que ela passasse pelo meu corpo descendo desde minha cabeça até os pés, com a força da correnteza; era como uma hidromassagem, relaxante e, ao mesmo tempo revigorante. Quase me faltava o fôlego, mas era magnífico sentir aquela sensaç
“Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”. (Jo 1 : 4,5).Estavam juntos Yosef, Miriam, Maryan, João, Simão e os outros discípulos que conviviam com Joshua, acompanhando-o em seu ministério, aprendendo e ensinando a doutrina do amor.A conversa seguia em tom coloquial e elevado, com Joshua discorrendo sobre as grandes maravilhas que o Reino de Deus reserva para aqueles que procuram orientar suas vidas em direção às boas obras realizadas pelo espírito. Simão, a quem Joshua chamava Cefas[1] num determinado momento comentou:— Mestre tu tens falado conosco, muitas vezes, a respeito das santas coisas que provém da tua sabedoria, pois temos em conta que és o verdadeiro filho de Deus, o Messias
Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. (Isaías 35:6)Para além do ribeiro de Cedron havia um horto onde Joshua sempre se retirava para meditar quando estava em Jerusalém. O local, que uns chamavam de Getsemâni e outros de Monte das Oliveiras, refletia bastante paz e era repleto de vibrações salutares provenientes das preces que se faziam ali com frequência. Foi para lá que Joshua e todos os que estavam com ele seguiram. Já era noite alta quando chegaram e o local estava escuro e muito pouco se enxergava ao redor. Joshua retirou-se para um espaço mais solitário, enquanto seus s
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. João 15:12A semana transcorreu sem qualquer novidade e, no domingo à hora combinada cheguei à casa de Ângelo para mais uma etapa da narrativa. Tudo aconteceu exatamente da forma habitual e, sem maiores delongas retomamos o nosso trabalho.Ângelo retomou o relato do ponto em que havia parado:Joshua, manietado pelos seus guardas, foi levado para o Sinédrio, à presença de Caifás, o Sumo Sacerdote. Fora Caifás quem mais se dispusera contra Joshua, instigando os judeus e dizendo que convinha que um homem morresse pelo povo a fim de acalmar os ânimos dos romanos, agitados com os rumores de revolta que circulavam em Jerusalém. Caifás tentou interrogar Joshua a respeito dos discípulos e de sua doutrina:&m
Defende-me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam comigo. Toma os escudos, o grande e o pequeno; levanta-te e vem socorrer-me. (Salmos 35:1,2) A Crucificação ou crucifixão era um método de execução tipicamente romano. Acredita-se que tenha origem persa e que chegou ao ocidente através de Alexandre. Sabe-se que mais tarde foi difundido entre os cartagineses e como Roma era hábil em copiar, até mesmo os mais cruéis métodos de execução, espalhou-se no Império como um meio de castigar, primeiramente aos escravos e depois os criminosos comuns. Na crucificação eram combinados atos de vergonha e tortura. Vergonha, pois o condenado carregava a pr&o
“Os que confiam no senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”. (sal. 125:1)Passaram-se os dias! Nem bem terminara de escrever o livro e já apareceram ofertas de emprego, com um salário melhor do que o anterior.No fim de semana resolvi ir para o pé da serra onde costumava recarregar minhas baterias. Lá, no silencio da mata, entre as curvas do rio do Pico, eu acalmava todo o stress acumulado e curava doenças da alma e do corpo.Deitado sobre minha pedra favorita deixava os pensamentos fluírem à vontade, sem controle, vagando pelo imenso universo mental.Serra linda! É aqui que encontro paz! A água pura da cascata, o canto dos pássaros, o sol coando pelas frestas da folhagem... tudo isso me empresta a sensação gloriosa de vida e da imensa a
“Como água fresca para uma alma cansada é a notícia boa de uma terra longínqua”. (Prov. 25:25)Estranhos são os momentos que vivemos nessa Terra! O véu da realidade é tão tênue que, frequentemente, ultrapassamos os limites de nossa consciência e mergulhamos naquilo que adorna nossos pensamentos, nossas ideias...E então o tempo, a primeira dimensão de um universo conceptual, nos situa em uma determinada época, num período qualquer ou numa era longínqua! Mas, na síntese da eternidade essa dimensão se funde com o espaço criando a hipótese de podermos vivenciar lugares diferentes na mesma fração de segundo em que vivemos. E aí, passado, presente e futuro, juntam-se, agrupam-se, interpenetram-se no mesmo plano... com certeza estamos mentalmente, m