Após o Divórcio, o Segredo da Filha do Rei do Jogo é Revelado
Após o Divórcio, o Segredo da Filha do Rei do Jogo é Revelado
Por: Óscar Lio
Capítulo 1
— Diya Gomes, se você não conseguir fazer Zeus Santos voltar para casa esta noite, não precisa nem pensar em voltar!

Era véspera de Natal. As luzes brilhavam em todas as casas, famílias reunidas. Mas Diya, sozinha, acelerava sua moto pesada pela avenida à beira do rio, enfrentando o vento gelado enquanto se dirigia ao cruzeiro no mar para flagrar uma traição.

Os rumores corriam em Cidade Malanje: Zeus, que não voltava para casa, havia gastado uma fortuna para alugar um luxuoso cruzeiro e fazer uma exibição de fogos de artifício para sua amante. Ainda ecoava em seus ouvidos o ultimato que sua sogra lhe dera no jantar de Natal da família Santos:

— Diya, Zeus nem quer passar o Natal em casa porque não suporta ver você! Você está só ocupando espaço sem fazer nada. Se não conseguir engravidar do Zeus, é melhor acabar com esse casamento de uma vez e dar lugar a uma mulher que possa dar filhos para a família Santos!

Já faziam dois anos de casamento. Diya sonhava todas as noites em ter um filho de Zeus.

Sua sogra cobrava, seu avô cobrava, e ela, desesperada para manter o título de Sra. Diya, já havia tentado de tudo. Mas Zeus trocava de amante constantemente, e em casa, não demonstrava nenhum interesse por Diya. Nem mesmo uma vida de casal normal eles tinham. Ela poderia se despir completamente na frente dele, e ele sequer piscaria.

No fim, tudo se resumia ao fato de que Zeus não a amava, e que nunca quis se casar com ela. As badaladas de Natal soavam, e o cruzeiro luxuoso alugado por Zeus estava iluminado e em festa.

Diya subiu a bordo, abriu a porta da cabine, e o ambiente estava fervendo.

Embora Zeus fosse o sétimo filho da renomada família Santos de Cidade Malanje, aos 27 anos ele já havia fundado o próprio império comercial Grupo SK e, em apenas três anos, se tornara líder do setor, estando destinado a ser o sucessor do legado centenário da família Santos!

Naquele momento, Zeus estava impecável em um terno preto sob medida, com uma postura relaxada e sedutora, inclinado sobre a mesa de bilhar, ensinando uma mulher em um vestido preto curto a fazer uma tacada.

Alguém se pronunciou naquele instante:

— Mestre Zeus, já está ficando tarde, não vai para casa?

— Não! — Respondeu Zeus.

Com essa resposta seca e a tacada certeira que limpou a mesa, as mulheres na sala ficaram boquiabertas, todas morrendo de inveja da mulher ao lado dele:

— Não é à toa que é o Zeus! Mesmo depois de tanto tempo sem jogar, ainda é único!

— E aí, Bianca? O Zeus de hoje não está ainda mais irresistível do que há três anos? Dessa vez, se não casar com ele, não tem desculpa!

O rosto da mulher ao lado de Zeus corou, e ela olhou para ele com admiração e fascínio. Nesse instante, Diya reconheceu o rosto da mulher. Foi como levar um golpe na cabeça! Ela achava que seria mais uma mulher fácil de despachar, como no passado. Mas era Bianca Gomes. A ex-namorada de Zeus, com quem ele fora obrigado a terminar. E também a meia-irmã da Diya!

A cena dos dois juntos feriu profundamente Diya. Ela ajeitou o cabelo despenteado pelo vento, entrou na sala com passos firmes de salto alto, rompendo a atmosfera íntima:

— Quer se casar? Só se eu permitir! Estava me perguntando quem seria a vadia tentando seduzir meu marido essa noite… Ah, é a filha ilegítima de volta à cidade! Não me admira que Zeus tenha alugado o cruzeiro, preparado os fogos de artifício e feito essa exibição de bilhar, tudo isso em plena noite de Natal, sem se preocupar se o avô vai quebrar as pernas dele!

Depois de dois anos sem se verem, Bianca ainda parecia a mesma, com seu ar inocente e delicado, o rosto pálido quase doentio. Ao ver Diya, seu rosto empalideceu ainda mais, e ela se apressou em se justificar:

— Irmã… Não é o que você está pensando, não entenda mal… Eu acabei de voltar ao país ontem, meus amigos queriam fazer uma festa de boas-vindas, e foi eu que pedi ao cunhado para me ensinar a jogar bilhar!

Diya soltou um riso frio e despreocupado. Ela entendeu muito bem o que Bianca queria dizer. Estava insinuando que os amigos de Zeus eram também amigos dela, e que todos naquela sala cresceram junto com eles. Aquele círculo ao qual Diya, como uma estranha, jamais conseguiria pertencer. Mas quando ela e Zeus foram prometidos em casamento ainda crianças, Bianca não passava de uma filha ilegítima, escondida do mundo. Tudo tem sua ordem natural. Mesmo que Diya não quisesse mais aquele homem, jamais seria a vez de Bianca!

— É mesmo? — Diya piscou suas longas pestanas, abrindo um sorriso suave, mas carregado de uma provocação inédita. — Se queria jogar, por que não me chamou? Talvez você não saiba, mas meu nível de bilhar é quase de seleção nacional.

— Irmã! Que bobagem é essa… — Disse Bianca.

Bianca claramente não acreditava, achando que Diya estava apenas se gabando. Sua expressão de desdém quase não pôde ser disfarçada:

— Bilhar é difícil de aprender, eu mal consegui acertar algumas bolas. Você passou a vida no campo antes de casar, e depois ficou em casa o tempo todo. Como poderia ser tão boa assim? O bilhar do cunhado é que é realmente impressionante!

Diya riu friamente, desmascarando-a:

— Seu foco não está em aprender a jogar, mas em seduzir o cunhado. Por isso não aprende!

Aquelas palavras foram tão diretas que não deixaram espaço para nenhuma dignidade. As garotas que estavam até então admirando Bianca ficaram todas chocadas, sem conseguir dizer uma palavra:

— Quem é essa? Como ela ousa falar assim com Bianca? E por que Bianca parece ter tanto medo dela?

— Você não sabe? Essa é a meia-irmã de Bianca, a irmã mais velha por parte de pai, e a legítima esposa de Mestre Zeus! Foi essa mulher que armou para destruir o relacionamento de Zeus e Bianca e conseguiu se casar com ele! Antes de entrar para a família Santos, ela vivia no interior, criada pelo avô no campo.

— Que mulher tola! E ainda se gaba dizendo que joga bilhar em nível de seleção nacional! Uma caipira do interior, será que ela já segurou um taco de bilhar? Como ela ousa humilhar Bianca na frente de tanta gente? Mestre Zeus vai expulsá-la daqui com certeza!

Enquanto as pessoas comentavam.

Os olhos de Bianca encheram-se de lágrimas, prestes a cair. Ela olhou para Diya com os olhos vermelhos:

— Irmã, por favor, não seja tão hostil comigo. Eu e o cunhado crescemos juntos, mesmo casado, ele ainda tem o direito de ter amigos, não tem?

Dizendo isso, Bianca, com um ar de pura inocência, pediu a ajuda de Zeus:

— Cunhado, pode me ajudar a explicar para a irmã, por favor? Se eu causar problemas para vocês dois, prefiro nunca mais voltar… Não quero ser a causa de desavenças entre vocês!

Zeus, com seu jeito despreocupado, acendeu um cigarro e se acomodou no sofá de couro ao lado. Ao ouvir as palavras de Bianca, ele finalmente levantou levemente as pálpebras e soltou uma risada fria:

— Precisa mesmo explicar algo para ela?

Depois disso, ele deu uma leve batida no cigarro para soltar a cinza, e então olhou para Diya.

Seus olhares se cruzaram. A tensão era palpável.

— Esse é o lugar onde você deveria estar? — Disse Zeus.

A frieza na sua voz era mais cortante que o vento da noite de inverno. Bianca puxou suavemente a manga dele:

— Não seja tão duro com a irmã!

Mas Zeus ignorou as palavras de Bianca, mantendo seu olhar fixo em Diya:

— Você vai sair por conta própria, ou quer que eu chame alguém para te jogar para fora do cruzeiro?
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