Capítulo 6
Ouvindo o tom de ocupado do outro lado da linha, Zeus fechou o rosto, sentindo uma raiva intensa crescer dentro de si. Ele acendeu vários cigarros, apagando o último bituca no cinzeiro com um gesto brusco. Pegou o casaco e saiu do quarto a passos largos. Antes de sair, não resistiu e chutou a mesa, virando-a de cabeça para baixo.

A atmosfera ao seu redor era tão pesada que parecia que um furacão havia passado por onde ele andava. Luiza, sem entender o que estava acontecendo, ainda tentou falar com ele:

— Você acabou de chegar, já vai sair de novo? Não pode ficar em casa e me fazer companhia?

Zeus não respondeu, apenas continuou caminhando com uma expressão sombria. O toque do celular interrompeu seu silêncio. Era Pedro Chambel, seu grande amigo.

— Ontem à noite eu não estava, mas ouvi dizer que houve uma grande confusão no seu iate. A Diya quer se divorciar de você? — Perguntou Pedro.

— Você está bem informado. Tô desligando.

— Ei, espera! É sério que vocês se separaram? Quem diria, hein? A Diya, que sempre parecia tão doce e frágil, está mostrando as garras. Todo mundo já está comentando no nosso círculo! E, a propósito, fiquei sabendo que uma ricaça ofereceu uma fortuna para ter um filho com um homem melhor que você. E, pelo que ouvi, essa tal ricaça é a própria Diya. Parece que já tem um cara, que preenche todos os requisitos dela, hospedado na suíte presidencial do Hotel Continental…

Pedro insinuava claramente que Zeus havia sido traído pela esposa.

— Oferecendo uma fortuna por um filho?

Ao ouvir isso, Zeus franziu as sobrancelhas com força, sentindo uma pontada de raiva crescer.

— Sim! Se não acredita, te mando o anúncio. Muita gente do nosso círculo se candidatou!

Zeus, cerrando os dentes, avisou:

— Se chamar ela de frágil de novo, te jogo para os tubarões!

Desligou na cara de Pedro, que, alguns minutos depois, enviou o anúncio. Zeus, escondido nas sombras, viu a mensagem com a oferta. A descrição era detalhada:

[o homem precisava ter 1,88m de altura, ser musculoso, bonito, com cabelos loiros, nariz afilado, inteligente, com diploma de Stanford, e, claro, um mestre na cama. Alguém que superasse Zeus em todos os aspectos.]

Zeus guardou o celular e, com o rosto carregado, entrou no carro, dirigindo como um predador em direção ao hotel.

Na suíte presidencial do Hotel Continental, Diya estava presa contra a parede por um homem alto e forte. Ele tinha cabelos loiros, olhos azuis e estava apenas com uma toalha enrolada na cintura. Diya acariciava as costas musculosas do homem:

— Gato... você é bem melhor do que aquele inútil do meu ex-marido!

Ela sorriu, satisfeita. Estar solteira e rica era uma vantagem. Podia ter quantos amantes quisesse. No passado, ela deveria ter sido mais esperta. Tinha tudo, era mimada e adorada, mas, mesmo assim, aguentou tantas humilhações por causa de Zeus.

— É mesmo? O importante é que você goste, linda! — Disse o homem.

— Claro que gosto. Eu te dou o que você quiser!

— Você é linda... e cheirosa...

O homem começou a beijá-la, mas, de repente, a porta foi arrombada com um estrondo.

O barulho da porta batendo contra a parede e voltando foi seguido por uma onda de tensão e ameaça no ar. Num instante, os seguranças de Zeus invadiram a sala e jogaram o homem no chão.

O homem ficou furioso, gritando:

— Me soltem! O que estão fazendo, seus imbecis?!

Diya, assustada com a entrada repentina dos homens de preto, se enrolou rapidamente em um xale, cobrindo sua camisola. Ao levantar a cabeça, viu Zeus parado na porta, cercado como se fosse uma estrela entre os seguranças. Ela soltou uma risada sarcástica:

— Zeus? O que você está fazendo aqui? Diga aos seus homens para soltarem meu namorado!

Zeus estava de pé na entrada da suíte, imponente e ameaçador. Ele vestia um terno preto, com um casaco de lã por cima, e suas pernas longas estavam cobertas por calças sob medida. A luz das costas iluminava seu rosto severo, seus lábios estavam apertados numa linha fina.

A temperatura do quarto caiu bruscamente. Os olhos de Zeus percorreram o corpo de Diya, demorando-se nos lábios vermelhos antes de ele sorrir friamente e avançar para dentro do quarto.

O hotel fazia parte do Grupo Santos, e a chegada do grande chefe fez com que o gerente e toda a equipe do hotel se mobilizassem imediatamente.

Zeus caminhou em direção ao homem loiro, seus passos pesados como um sino anunciando a morte. Os seguranças forçaram o homem a levantar a cabeça.

Zeus, com um olhar gelado, perguntou:

— Qual foi a mão que tocou nela?

— Quem é você? Não tem nada a ver com isso! — Disse o homem.

O segurança deu um tapa no rosto do homem, deixando-o com o rosto inchado.

— Eu sou o tal ex-marido inútil. — Respondeu Zeus.

Em seguida, Zeus pisou com força na mão do homem.

— Ah!

Diya ouviu o som dos ossos quebrando e correu para tentar ajudar:

— Zeus, seu lunático! Solte-o agora!

Antes que pudesse tocar no homem, Zeus agarrou sua cintura e a puxou para trás. Ela caiu em seus braços fortes como pedra. Com raiva, Diya começou a socar e chutar Zeus, mas ele a segurou pelo queixo, seus olhos cheios de desprezo:

— Diya, você está mesmo tão desesperada por homem que aceita qualquer coisa?

Diya, ainda mais fria, tentou se soltar:

— Qualquer coisa? Ele é jovem, bonito, bem-dotado e muito melhor que você, um ex-marido fracassado e sujo!

— É mesmo? — Zeus olhou para o homem no chão com desdém e ordenou, sem remorso. — Patrick, quebre ele!

— Zeus! Já chega!

Zeus riu friamente ao ver como Diya defendia o homem que acabara de conhecer.

— Você me chama de inútil e sujo! — Disse Zeus enquanto lentamente desabotoava os punhos da camisa, puxando a gravata com impaciência enquanto se aproximava de Diya. — Quem diria que você estava tão frustrada nesses dois anos sozinha!

Zeus a segurou pelo queixo, pressionando-a contra a parede:

— Já está traindo antes mesmo do divórcio ser finalizado! Seu advogado não te avisou? Quem trai não ganha nada no divórcio! Sem dinheiro, você nem vai conseguir pagar o advogado. Você acha que esse homem ainda vai querer algo com você?

Os olhos de Zeus vagaram pelo rosto dela, impecavelmente maquiado, e pela lingerie ainda mais provocante que a da noite anterior. As coxas estavam cobertas por meias sensuais...

Sua expressão ficou tão sombria quanto o fundo do mar.
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo