— Realmente é uma questão de vida ou morte!O tempo é vida!Nos preciosos três minutos de ouro para o resgate, cada segundo de atraso poderia significar a morte de Vitor ali mesmo.Karina exclamou ansiosa:— Mesmo que você vá chamar um médico agora, quanto tempo levaria? Me dê dois minutos! Eu garanto que ele ficará bem!Um segundo, dois segundos.Karina estava com a testa coberta de suor:— Rápido! Não há tempo para pensar!No momento crítico, Ademir decidiu confiar nela.Ele não sabia explicar por quê.— Certo. — Ademir soltou as mãos.Karina ficou aliviada e estendeu a mão para ele:— Me dê uma faca! Tem uma na mesa!— Certo.Ademir, automaticamente, agiu como assistente dela, pegou a faca da fruteira na mesa e entregou a ela.— Ademir, você ficou louco? — Pedro estava assustado, seu rosto ficou pálido. Ele segurou Ademir. — Quem é Sr. Barreto? Você vai deixar essa mulher fazer o que quiser? Se algo acontecer com o Sr. Barreto...— Cala a boca!Ademir não tinha tempo para ouvir suas
— Ademir.Karina estava um pouco nervosa, encostada no peito de Ademir, podia até ouvir as batidas do coração dele. Isso a deixava desconfortável:— Me coloque no chão, estou bem.— Está bem? — Os olhos de Ademir estavam cheios de uma fria profundidade. — Com essa cara de quem vai desmaiar?Karina riu. Ela entendeu e pena que um cara bonito, tinha um temperamento ruim e uma língua afiada. — Eu realmente estou bem, só estou... com fome, hipoglicemia, minhas pernas estão um pouco fracas.— Então vamos comer!O hospital ficava perto das Montanhas Rochosas, voltar para a mansão seria muito trabalhoso, então Ademir encontrou um restaurante nas proximidades. Devido à localização remota, o restaurante estava quase vazio e a comida era comum.Ademir estava claramente irritado:— Não tem nada de bom aqui, vamos improvisar uma refeição.— Para mim está ótimo. — Karina disse com doce que tinha pedido ao garçom na boca. — Só quero encher o estômago.— Você não é exigente. — Ademir serviu dois co
Karina não se sentia triste. Ademir estar acompanhando a namorada era algo natural. No entanto, já que Ademir tinha ido ficar com Vitória e desligado o telefone, ele não iria cuidar dela. Pelo visto, ela teria que ir sozinha.Karina se levantou e saiu do restaurante. Assim que atravessou a porta, ficou atordoada. Era a primeira vez que vinha para a região das Montanhas Rochosas, e ela não tinha percebido antes o quão isolado era o lugar. Não havia estações de ônibus por perto, nem metrô. As pessoas que vinham até aqui geralmente dirigiam seus próprios carros, então também não havia táxis à vista.Karina pegou o celular, se preparando para chamar um carro de aplicativo. No entanto, o local era tão remoto que ninguém aceitava a corrida.— Vou caminhar um pouco.Sem outra opção, Karina teve que contar com suas próprias pernas, na esperança de chegar até uma estrada principal onde pudesse encontrar um carro. No entanto, ao sair do perímetro do restaurante, percebeu que quase não hav
— Solte, solte já!Karina estava prestes a chorar de tanta dor. A mão daquele homem a apertava como um alicate.— O que você está se mexendo à toa?Ademir não soltou Karina. Ele sabia que o que fez naquela noite estava errado. Porém, algo dentro dele o incomodava profundamente. Embora sentisse culpa e preocupação, ao vê-la rindo e conversando com um estranho em um carro esportivo, uma raiva incontrolável tomou conta dele.Ele abriu levemente os lábios, querendo se desculpar:— Eu...— Eu não quero falar com você!Karina, porém, não queria ouvir. Ele a abandonou e ainda estava zangado com ela. Com que direito?Ela se esforçou para se soltar, mas no momento em que conseguiu, perdeu o equilíbrio, recuando várias vezes, o que fez a dor em seu pé latejar intensamente. Gritou de dor:— Ah...A situação deixou Ademir surpreso, e ele franziu a testa:— O que você está tramando agora?Karina exclamou com raiva:— Você é um cego! Não é como se eu estivesse tramando algo para você ver!Ele penso
Karina olhou para Ademir, com uma expressão tranquila:— Isso é macarrão instantâneo, estou esperando ficar pronto.Que tipo de explicação era essa?Aquela mulher estava brincando com ele?Ademir conteve sua irritação. Embora o relacionamento entre eles não fosse dos melhores, ela tinha acabado de ajudá-lo bastante.Ele não podia ver isso e simplesmente ignorar.Ademir tinha dado a ela um cartão de banco, e ainda assim ela estava procurando emprego e comendo macarrão.Ele decidiu resolver o problema imediato:— Não coma isso! Macarrão instantâneo não tem nada de bom. Vou comprar algo para você.— Não precisa, eu... — Mas Ademir a puxou diretamente para a seção de alimentos do supermercado. — O que você quer comer?Karina o olhou friamente, sem dizer uma palavra.— Não vai falar? — Ademir franziu as belas sobrancelhas espessas. — Então eu escolho.Dizendo isso, Ademir pegou sushi de salmão, leite fresco e ovos cozidos no vapor. Foi direto pagar e entregou a Karina:— Coma.Karina aperto
— Sim. — Respondeu o médico, tremendo, enquanto observava o rosto nublado de Ademir. — Mas, a gravidez está ainda muito no início, apenas três semanas. Ela desmaiou por causa da hipoglicemia, o que provocou os sintomas iniciais de gravidez, caso contrário, seria difícil detectar com tão pouco tempo...Ademir, com uma expressão indiferente e sombria, soltou um leve riso frio.De repente, ele se virou e puxou a cortina separadora:— Karina, você ouviu tudo?Karina, se sentindo fraca, acenou suavemente com a cabeça:— Sim.— E o que você pretende fazer? — Ademir engoliu em seco, mantendo um tom indiferente, como se não se importasse.— Eu... — Karina apertou a gola da roupa, incapaz de responder de imediato.Na verdade, ela estava muito chocada ao descobrir que estava grávida!Foi naquela noite no Hotel Dynasty!Naquela noite, ela estava tão nervosa que não prestou atenção se o homem havia tomado precauções.Parece que não tomou.Como médica, Karina se sentiu incrivelmente negligente por
Por causa da gravidez, Karina estava preocupada ultimamente, sem ânimo para fazer qualquer coisa. Até os bicos que fazia eram todos encontrados online. Estando sozinha, ela acabava pensando demais, então, na maior parte do tempo, ficava na casa de Patrícia.Quando Patrícia chegava, Karina resmungava:— Até que enfim você voltou! Se demorasse mais, seu bebê ia morrer de fome.— Me deixe ver. — Patrícia respondeu, sorrindo, enquanto acariciava o peito de Karina. — Ai, meu Deus, já está até mais magro de tanta fome!— Hahaha... — Karina ria, rolando pela cama. — Patrícia, você é uma pervertida!— Levanta, vamos sair para comer!— Combinado.As duas irmãs foram para a rua atrás da Universidade J, que ficava movimentada à noite. Havia de tudo, desde churrasco ao ar livre e carrinhos de comida até restaurantes cinco estrelas.Enquanto decidiam o que comer, alguém bateu no ombro delas.— Patrícia, Karina, que coincidência!Era um colega do ensino médio e também da universidade.Karina sorriu
Karina não disse nada, mas Patrícia lançou um olhar feroz:— Você fala demais!Bernardo deu um sorriso despreocupado:— Isso é falar demais? Eu só estou dizendo a verdade. Naquela época, vocês dois faziam inveja a todos os meninos e meninas da escola!— Cala a boca! Já falou o suficiente?— Ainda não. — Bernardo parecia fazer de propósito, e perguntou novamente. — Por que vocês terminaram? Vocês pareciam tão bem juntos que todos nós achávamos que vocês ficariam juntos para sempre, da escola até o casamento.— Isso você precisa perguntar para a Karina. — Túlio, que estava calado até então, de repente falou, com os olhos fixos nela. — Foi ela que não me quis mais.Karina estava comendo uma costela, que caiu na mesa.Ela ficou sem reação.O que Túlio disse? Que ela não o quis mais? Literalmente, parecia correto, mas será que era verdade?— É mesmo? — Bernardo segurou Karina, querendo saber tudo. — Karina, por quê? O que há de errado com o Túlio?O coração de Karina foi tomado por uma tris