Capítulo 411
— Sílvio, não dá pra deixar pra amanhã? — Lúcia perguntou, imaginando que ele viera para brigar.

Sempre que ele a procurava, parecia ser só para isso. Não tinha atendido as ligações dele, nem respondido às mensagens. Ele devia estar ali para cobrar satisfações.

Só de pensar nisso, Lúcia sentia um cansaço enorme. Como a vida podia ser tão exaustiva?

A primavera já devia ter chegado, mas a neve continuava a cair, e cair forte, a ponto de embaçar sua visão. Ela olhava para longe, mas não conseguia enxergar nada com clareza.

O Natal estava logo ali. Por que as coisas não podiam ser mais leves, mais felizes?

Lúcia suspirou, exausta:

— Estou muito cansada hoje. Podemos conversar amanhã?

O tom dela só fez o rosto de Sílvio ficar ainda mais sombrio.

Afinal, ele tinha salvado a vida dela e de sua família naquele dia. Se ele não tivesse jogado o carro para cima, a van desgovernada teria atingido o carro em que Lúcia estava.

Agora, ele estava ali, com a testa enfaixada, tendo saído às pressas do
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