Ariel Smith
Encaro os brutamontes e passo por meio deles tentando fazer o meu trabalho, alguns até tentaram impedir que eu me aproximasse. No entanto, ao ver o meu uniforme do hospital, deram o devido espaço para que eu prestasse os devidos cuidados necessários ao meu paciente. Após colocar minhas luvas, eu encarei o seu rosto. O homem era um colírio para os olhos, tinha cabelos pretos e um par de olhos azuis bebê, uma face séria que o deixava mais lindo, um verdadeiro Deus grego.
Um homem lindo desses acompanhado por diversos seguranças deve ser modelo, algum ator de cinema ou empresário, constato por ele usar roupas formais e elegante deixando-o mais atraente. Me apresento tímida e peço para que ele tire seu terno, alguns soldados se aproximam para ajudá-lo, mas algo estranho acontece. Meu paciente chamado Arthur Drummond, onde olhei seu nome na prancheta, lança um olhar intimidador para seus homens e retira o terno sozinho. Controlo meus olhos que desejavam passear por seu peitoral totalmente desnudo, respiro algumas vezes e encaro seu braço ferido por uma bala. Me aproximo mais dele e pouso a minha mão em sua pele. Vejo ele me encarando de uma forma estranha, surpreso em me ver, possa ser apenas uma impressão, afinal tive um dia muito agitado e estressante. Conforme eu avaliava o ferimento do seu braço, sentia os homens do meu paciente ainda sobre mim, estava começando a me sentir como um inseto, perto desses brutamontes, embora eu saiba que sou linda, jamais fiquei tão próxima de vários homens lindos e viril como esses. Para um homem que havia levado um tiro no braço e não se queixar de dor deveria ser muito forte. Encarei seus olhos, eles estavam a uma distância mínima dos meus, ele parecia irritado e não demorou para eu me certificar disso. — O que está esperando para sedar o local do ferimento? - perguntou com arrogância. Sua atitude me surpreendeu, meu dia havia sido exaustivo e não aceitaria ser tratada daquela maneira por um paciente, umedeci meus lábios e controlei minhas verdadeiras palavras — Senhor Drummond, estou avaliando seu ferimento, por favor, se tiver um pouquinho de paciência.. — Você é uma incompetente, faça-o direito! — Estou avaliando o seu braço, fazendo meu trabalho, agora fique quieto e de boca fechada! Fui rude da mesma forma, não conseguiria controlar minha boca em respondê-lo à mesma altura como falou comigo. Um frio intenso percorreu por todo meu corpo, meu instinto me dizia que fiz errado em falar daquela maneira com o paciente, mas pouco importava. O que a filha da mãe tinha de lindo ele tinha de grosseiro e arrogante, pouco mais importava sua aparência física, se um homem embora lindo seja arrogante, tudo perde o encanto. Anestesiei o local ferido e fiz a remoção da bala, depois de certificar que não havia nenhuma hemorragia eu costurei e respirei fundo para dialogar com esse ser grosseiro. Me livro das luvas e faço um som na garganta para que ele saia do celular que mexia com atenção na outra mão, ao olhar diretamente para a tela pensei ter visto alguma foto minha, mas logo ele olhou para mim esperando que eu falasse. — Acabei de fechar o seu braço, aconselho ficar no hospital, mas se quiser ir posso liberar. Falo educadamente deixando de lado sua grosseria, a forma que ele me olhava, me deixava envergonhada, quando resolvi que não esperaria ele me responder como um adulto maduro, dei-lhe as costas para me afastar arrogante. Mas antes que eu me retirasse, sinto meu pulso esquerdo ser agarrado. Assustada, viro-me para ver quem o fez, era ele, Arthur Drummond segurou meu braço com o seu que havia acabado de cuidar, o que me surpreendeu. — Eu não autorizei sua retirada. — Não preciso da sua autorização, solte-me! — o mais arrogante que já atendi me lança um olhar assustador, sinto pavor em sua expressão fechada, com isso, falo com a voz procurando firmeza; — Está liberado! Em passos largos eu saio do pronto socorro, vou para a minha sala e pego meus pertences, vou em direção ao estacionamento e entro no carro. Ponho a minha bolsa de lado e ponho as chaves no veículo, ligo o motor e antes de dar partida sinto estar sendo observada. Olho para os lados do estacionamento mas não vejo ninguém. Ignoro aquela sensação e ponho meu celular no suporte, abro a localização que Giovana havia me enviado, abro o GPS e me conduz para meu destino. Estacionei o carro no final de chegada, ainda dentro do veículo olho para o enorme prédio, ele era enorme e havia diversos andares, não sei se me perdi ou se estou no lugar certo. Saio do carro e caminho em direção à minha nova morada. No 12° andar, saio do elevador, indo para o número do apartamento e bato na porta, ao girar a maçaneta percebo que a madeira estava aberta. Entro nele e procuro por uma tomada de luz, apertei o primeiro botão na parede e algumas luzes se acendem. — Surpresa! Me assusto por Giovana e Noah terem gritado, nas mãos de Noah havia um enorme bolo de chocolate e nas mãos de Gio três latinhas de refrigerante. — Querem me matar de susto? Me aproximo deles e deposito minha bolsa no sofá da sala. — É seu novo cantinho Ariel, achou mesmo que a primeira vez que passasse por essa porta ia entrar sem alguma surpresa? Após eles me mostrarem todo o apartamento, fomos para a cozinha atacar o bolo, comemos e conversamos sobre o meu trabalho e o que aconteceu mais cedo, optei em não falar sobre o paciente de horas atrás, para mim era desnecessário falar de um homem grosseiro. Enquanto conversávamos, Giovana comentou sobre uma festa em alguma boate para comemorar a minha nova etapa de vida, mas sinceramente? Para mim as festas não me eram gratificantes, apenas uma velha conversa entre amigos e diversos lanches para mim já era uma festa ou comemoração. Às 21h da noite, Gio e Noah voltaram para suas casas, após fechar a porta do apartamento, viro-me e encaro a minha sala principal, estava sozinha, não ouvia sequer um barulho, aquilo era a paz que estava precisando. Após ver que a geladeira estava abastecida pela anja da Giovana, ponho os pratos para lavar na máquina e depois andei para as escadas subindo e indo para o quarto. Olhei para a cama, parecia extremamente confortável com seus edredons enfeitando o leito, me aproximo dela e me sento na borda da cama, olho para minhas malas e vejo-as prontas para serem desfeitas, mas deixei para amanhã, afinal será meu dia de folga e arrumar o closet em um horário desse só terminarei as 3h da manhã. Abro uma das malas e pego apenas uma camisola de dormir, caminho para o banheiro e me livro das roupas, tomo um banho e depois visto a peça limpa, volto para o quarto e encarei a cama, tão convidativa e tão minha. Apaguei as luzes do quarto e me deitei na cama, aos poucos sou tomada pelo cansaço e o sono acumulado.Arthur Drummond31 anos/ Russo/ Líder da Máfia RussaComo toda organização, a máfia tem sua hierarquia em forma de pirâmide. No topo temos o chefão, também os subchefes, os anciãos, conselheiros, soldados e os associados, tudo organizado. Fui nascido e criado na Rússia, dentro de uma organização criminosa conhecida como a máfia russa, os Bratva. Meu pai antes de mim foi líder deles, ele me ensinou que nenhum membro da organização deve demonstrar sentimentos, eu demorei para aprender essa lição, aprendi da pior forma.Quando jovem, fui considerado o mais perigoso da máfia, afinal eu fui o único homem que se envolveu nos negócios desde moleque, meu pai queria um impiedoso e ele teve o que tanto quis. Por anos fui apelidado como
Arthut DrummondQuando a limousine é estacionada no cassino eu desço, vou para o elevador e logo as portas se abrem dentro do local. Olhares, vários deles se cruzam nos meus, alguns assustados, outros surpresos e até maliciosos vindo de mulheres. Em passos largos ando para o próximo elevador, quero chegar o quanto antes na minha sala, enquanto ando vejo funcionários e clientes saírem do meu caminho.Sentado em minha poltrona, tirei um charuto do terno, acendo-o e fumo profundamente, solto a fumaça. Alguns minutos a porta bate, ordeno:— Entrem.Encaro os dois idiotas, eles se aproximam da minha mesa, estão assustados com a minha presença. Meros insetos, posso destruí-los facilmente. Controlo minha raiva, decidi brincar com eles.— Um viciado de merda invadiu o sistema do cassino, est&ati
Arthur DrummondNão sabia onde estava, mas provavelmente passou a noite na casa de alguma amiga. Queria rastreá-la e saber onde posso encontrá-la. Não conheço a pela mulher mas já me vejo tão fascinado por ela, ela era linda, tinha uma beleza que jamais surgiu diante de meu olhos, novamente encaro sua fotografia, um olhar jovial e puro, não me surpreenderia caso fosse virgem.Mas sinto que é improvável ela ser virgem, em pleno século 21 não existem tantas mulheres virgens, principalmente com 22 anos, talvez ela tenha algum namorado e o pai não esteja informado, talvez deva investigar a sua vida e dar um fim com quem esteja se envolvendo. Mas caso ela seja virgem, há a possibilidade de ser a mãe do meu herdeiro. Já tenho 31 anos e alguns conselheiros da máfia já me chamaram atenção sobre o casamento,
Ariel SmithSinto como se estivesse sendo observada, não sei, mas sei que o corpo reage quando alguém está nos observando, até mesmo quando estamos dormindo. Abro os olhos, com a visão embaçada vejo algo, levantei-me rapidamente da cama e liguei o abajur ao lado. Meus olhos estavam pesados e ainda sonolentos. Olhei para o relógio, marcava 1h30 da manhã, comemorei internamente por isso, embora hoje seja meu dia de folga terei de acordar mais ou menos às 8h da manhã, pretendo fazer a faxina na minha nova casa.Me levantei da cama, em passos lentos vou ao banheiro fazer minhas necessidades, depois volto para o quarto e novamente me desligo por completo. Mas pela segunda vez me sinto ser observada, mas tratei de dar importância, eu nunca morei sozinha e meu corpo está se acostumando com isso, irei me adaptar conforme o tempo.O sol ilum
Ariel ColucciAbro meus olhos com dificuldade para observar, aperto as pálpebras e as abro novamente. Encaro o local onde estou, não consigo ver direito, a luz fraca impossibilitava. Tento mover meu corpo, mas percebo estar amarrada em uma cadeira, mesmo ainda confusa tento me mexer, me soltar, mas estava impossível, a corda apertava firmemente meus pulsos. Arrasto meus olhos aonde estou, parecia uma espécie de galpão ou armazém, parecia estar em um filme de terror.Ouço gemidos de dor, levanto meus olhos para frente e vejo meu pai, amarrado em uma parede como um animal, olhei para a cena assustada, ele estava deplorável, era de partir o coração. Ele levanta os olhos e me encara, em um tom de voz preocupado, falou:
Ariel ColucciAbro os olhos, eles estão com um borrão, impedindo que observe com clareza. Volto a fechar, desta vez, se tornam lúcidos e pude observar melhor o local onde estou. Estava deitada no centro de uma cama, vaguei meus olhos para aquele quarto, me sentindo confusa, sentei-me na borda do colchão, bocejo e levantei. Sou atingida com uma forte vertigem, e desequilíbrio, mas logo passa, dou o primeiro passo pelo imenso quarto luxuoso.Observava cada centímetro do cômodo, aquele cômodo não era o meu quarto. Começo a recordar do pesadelo, não! Não pode ter sido real, devo estar sonhando, isso não pode está acontecendo.
Ariel ColucciOs gemidos e sussurros, ainda conseguia ouví-los na minha cabeça, me lembrando cada minuto da noite anterior, com ele, Arthur Drummond. Não consigo acreditar que tudo aconteceu, a morte do meu pai, ser sequestrada e agora, violada por esse homem. Me condeno das vezes que por um momento senti alguma coisa em seus braços, arrepios ou até lubrificação, mas eu sabia que tudo aquilo estava acontecendo, era porque ele queria.Toda noite me mantive imóvel, parecia uma boneca sexual embaixo do seu corpo. Não era capaz de participar, ele matou meu pai friamente, e agora, está me mantendo prisioneira em sua casa, em sua vida. Tenho 22 anos e sou capaz de decidir qualquer coisa por mim mesma, mas agora, não sou capaz de fazê-lo, ele não permitirá que eu volte para
Arthur DrummondMatar seu pai, fez meu corpo vibrar de puro êxtase, uma onda de adrenalina percorreu pelo meu corpo. Meus demônios internos insaciáveis, gostaram de vê-lo dar o último sopro de vida e a alma abandonar o corpo. Quando me certifiquei que aquele verme estava morto, olhei para ela, minha doce menina, com seu olhar vago e entristecido por ver seu pai morto, torturado até a morte.Me aproximo dela, levanto seu rosto, ela não me olha nos olhos, eles estão lacrimejando e vermelhos de tanto chorar, seu corpo está trêmulo e suado, ela era tão linda e tão perfeita. Retiro-a da cadeira e a coloco em meus braços, ela pousa a cabeça em meu peito como um cãozinho assustado.Ariel era perfeita para um hom