Ariel Smith
Estava em um dos quartos de hóspedes na casa de Giovana. Era 2h da manhã, me encontrava sentada na janela do quarto admirando a vista que era me proporcionado. Quando me tranquilizei contei o que havia acontecido, e claro, eles me entenderam perfeitamente.
O homem cujo bateu meu rosto era um desconhecido que carregava vestígios de DNA em meu sangue, não era igual ao que cuidou de mim quando criança, não era o mesmo quem me ensinou a cantar todas as músicas do meu ídolo favorito. Não dava para acreditar que eram a mesma pessoa. Sinto falta da mamãe, era tudo diferente quando ela estava aqui, cuidando de mim, cuidando de nós. Meu pai vivia para ela, ele a idolatrava, eu era a metade deles e quando o câncer a levou fez papai e eu tornar-se estranhos, dois desconhecidos. Eu não estava contente por ter feito o que fiz antes de sair, mas suas palavras ofensivas e carregadas de ódio ecoavam na minha cabeça, ele não me considerava sua filha. Novamente as lágrimas descem pelo meu rosto, meu coração estava despedaçado, não conseguia acreditar, isso me deixava angustiada impossibilitando que pudesse dormir. Porém, não terei de dirigir por quase uma hora, de manhã posso acordar sem a preocupação em me atrasar ao trabalho, o que foi reconfortante. Giovana estava dormindo em seu quarto, Noah estava no quarto ao lado, escutava seu ronco alto e horroroso sem nenhum problema, o que me tomou um sorriso pequeno. Embora ela tenha me convidado a morar em sua casa, eu não posso me aproveitar da situação e ficar aqui, eu preciso encontrar uma nova casa para mim, começar do zero longe daquele homem. Durante anos eu trabalhei dois turnos em trabalhos diferentes para pagar futuramente pagar a faculdade, nos finais de semana cheguei a trabalhar em shopping como atendente temporária. Acumulei uma boa grana e poderia facilmente comprar um apê pequeno para mim, isso apenas seria questão de quando, quanto e onde. Precisaria de ajuda para procurar um apartamento, eu não podia sair do trabalho no meio do expediente e sair a procura, pedirei para Giovana ou a Noah para que façam isso por mim, eles conhecem muito bem Los Angeles. Às 6h da manhã me espreguiço da cama ainda sonolenta, meus olhos ainda pesam para que eu volte a dormir, mas não posso fazer isso, embora minha vontade seja fazer o que meu corpo deseja e tirar todo o acúmulo de sono durante esses anos de má descanso, se eu fizesse isso até a bela adormecida se preocuparia. Ao me levantar abro as cortinas da janela, olho através do vidro tendo a vista de Los Angeles às seis da matina, o nascer do sol deixava a vista mais bela pela manhã. Me dirijo até a mala tirando objetos e utensílios que eu iria usar e vou para o banheiro do quarto me livrando da roupa anterior, o que me surpreendeu, não tive nem a capacidade de tirar a roupa para dormir. Faço minhas necessidades matinais e logo entro no box, a temperatura estava ótima para me despertar aos poucos, ainda era cedo para ir trabalhar, já que estava mais perto do que longe do meu trabalho. Saio do banheiro com a toalha enrolada no meu corpo e vou até a borda da cama a roupa que separei e vestindo-as, arrumo toda a minha bagunça que havia feito e logo depois saio do quarto com a bolsa que sempre levava para o trabalho. Era a primeira vez que não era despertada com gritos ou chutes nas portas, mas pelo sol ultrapassar brechas das cortinas e iluminar o meu rosto. Nada se comparava em acordar com os gritos daquele homem, isso me parecia um sonho. Chegando próxima a cozinha escuto música alta acompanhada com a voz de Giovana, sorri fraco acompanhado com uma expressão desgostosa, ela era péssima em cantar, literalmente. Ela não foi feita para ser cantora. Entro na cozinha vendo Giovana assando ovos e bacon. Noah estava sentado na bancada comendo cereais diretamente da caixa com a cara sonolenta. — Bom dia. — Bom dia meu sol da manhã. - Gio me cumprimenta. — Como passou a madrugada? - Noah pergunta. — Na medida do possível sim, e vocês? — Mal! Dá pra acreditar que Gio ronca? — Mas que mentira! - ela se defende. — Se eu fosse você procuraria um médico, graças a Deus não tenho problemas com isso. — Jura? - perguntei com ironia. — Senta aí ruivinha, tome seu café, fiz especialmente para você. Ela estendeu um copo de café escorrendo na xícara, logo após, colocou ovos mexidos com o bacon sobre um prato ao lado do café, antes eu levasse o café sobre a boca, Noah segurou meu braço e perguntou questionando: — Vai mesmo arriscar? — O que tem?— Ela é péssima cozinheira. — Noah! - Gio o repreende. — O quê? Estou mentindo? — Creio que você esteja exagerando. — Lembre-se, é por sua conta e risco. — Ela se esforçou e deve está uma delícia. - digo. — Isso aí valente! Levo os ovos mexidos na boca junto com o bacon, estava sentindo o gosto de tudo, menos do ovo e bacon. Faço uma expressão e Noah sorrateiro começou a rir, engulo vendo todas as cores do arco-íris e para que desça rapidamente tomo o café, porém para meu azar o café estava salgado, ao invés de açúcar Giovana pôs sal. Não aguentei e corro para a pia. Escuto a risada alta de Noah enquanto bate palmas. — Está tão ruim assim? - ela pergunta aborrecida. — Não é por mal, mas você é um perigo na cozinha. — Eu disse.. — Cala a boca, idiota. - Gio pede zangada. Noah olha para ele com ar de ofendido e joga cereais nela. Assumo o posto de Gio fazendo o café da manhã para nós três, os dois se retiram da cozinha para se arrumarem para o trabalho. Eu já estava pronta, apenas coloquei o avental e comecei o preparo para o café da manhã. Um tempo depois de feito os dois retornaram sentindo o cheiro do café. — O cheiro está maravilhoso! - Gio diz. — Um de meus dons. Noah se aproxima de mim, segura minhas mãos e leva aos lábios depositando diversos beijos. — Deus abençoe essas mãos tão preciosas, se você desse um pouco do seu dom para Gio, seria perfeito. — Cala boca seu idiota. - Gio fala lançando um olhar mortal para ele. Com todo o alimento feito por mim sobre a mesa, sirvo aos dois e me sento sobre a mesa, ao me servir e por um tempo depois comendo em silêncio, lembro-me da minha repentina decisão de morar sozinha. — Preciso conversar com vocês. — Do que se trata? - Gio pergunta. — Preciso que me ajudem a procurar um apartamento. Ao falar, eles me encararam surpresos pelas palavras saídas da minha boca, não acreditaram no que acabara de ouvir.Ariel Smith— O quê? - Noah questiona.— Mas por quê? - Gio pergunta.— Sei que a intenção de me querer aqui é boa, mas não posso aproveitar da situação e morar na sua casa.— Mas você pode morar aqui ruivinha, eu quero que você fique aqui. - Gio insiste.Nesse momento, Noah me olhou com ternura e pousou a sua mão encima da minha, perguntou:— É isso que quer?— Sim.— Mas.. Valente. - Gio tenta intervir.— Está na hora de ter a minha primeira experiência de morar sozinha, de ser independente mais do que já sou, eu preciso disso.Algumas lágrimas inundam meus olhos,porém seguro para que não caiam em meu rosto, Noah olha para Gio e a convence de entender minha decis&a
Ariel SmithEncaro os brutamontes e passo por meio deles tentando fazer o meu trabalho, alguns até tentaram impedir que eu me aproximasse. No entanto, ao ver o meu uniforme do hospital, deram o devido espaço para que eu prestasse os devidos cuidados necessários ao meu paciente. Após colocar minhas luvas, eu encarei o seu rosto. O homem era um colírio para os olhos, tinha cabelos pretos e um par de olhos azuis bebê, uma face séria que o deixava mais lindo, um verdadeiro Deus grego.Um homem lindo desses acompanhado por diversos seguranças deve ser modelo, algum ator de cinema ou empresário, constato por ele usar roupas formais e elegante deixando-o mais atraente. Me apresento tímida e peço para que ele tire seu terno, alguns soldados se aproximam para ajudá-lo, mas algo estranho acontece. Meu paciente chamado Arthur Drummond, onde olhei seu nome na pranche
Arthur Drummond31 anos/ Russo/ Líder da Máfia RussaComo toda organização, a máfia tem sua hierarquia em forma de pirâmide. No topo temos o chefão, também os subchefes, os anciãos, conselheiros, soldados e os associados, tudo organizado. Fui nascido e criado na Rússia, dentro de uma organização criminosa conhecida como a máfia russa, os Bratva. Meu pai antes de mim foi líder deles, ele me ensinou que nenhum membro da organização deve demonstrar sentimentos, eu demorei para aprender essa lição, aprendi da pior forma.Quando jovem, fui considerado o mais perigoso da máfia, afinal eu fui o único homem que se envolveu nos negócios desde moleque, meu pai queria um impiedoso e ele teve o que tanto quis. Por anos fui apelidado como
Arthut DrummondQuando a limousine é estacionada no cassino eu desço, vou para o elevador e logo as portas se abrem dentro do local. Olhares, vários deles se cruzam nos meus, alguns assustados, outros surpresos e até maliciosos vindo de mulheres. Em passos largos ando para o próximo elevador, quero chegar o quanto antes na minha sala, enquanto ando vejo funcionários e clientes saírem do meu caminho.Sentado em minha poltrona, tirei um charuto do terno, acendo-o e fumo profundamente, solto a fumaça. Alguns minutos a porta bate, ordeno:— Entrem.Encaro os dois idiotas, eles se aproximam da minha mesa, estão assustados com a minha presença. Meros insetos, posso destruí-los facilmente. Controlo minha raiva, decidi brincar com eles.— Um viciado de merda invadiu o sistema do cassino, est&ati
Arthur DrummondNão sabia onde estava, mas provavelmente passou a noite na casa de alguma amiga. Queria rastreá-la e saber onde posso encontrá-la. Não conheço a pela mulher mas já me vejo tão fascinado por ela, ela era linda, tinha uma beleza que jamais surgiu diante de meu olhos, novamente encaro sua fotografia, um olhar jovial e puro, não me surpreenderia caso fosse virgem.Mas sinto que é improvável ela ser virgem, em pleno século 21 não existem tantas mulheres virgens, principalmente com 22 anos, talvez ela tenha algum namorado e o pai não esteja informado, talvez deva investigar a sua vida e dar um fim com quem esteja se envolvendo. Mas caso ela seja virgem, há a possibilidade de ser a mãe do meu herdeiro. Já tenho 31 anos e alguns conselheiros da máfia já me chamaram atenção sobre o casamento,
Ariel SmithSinto como se estivesse sendo observada, não sei, mas sei que o corpo reage quando alguém está nos observando, até mesmo quando estamos dormindo. Abro os olhos, com a visão embaçada vejo algo, levantei-me rapidamente da cama e liguei o abajur ao lado. Meus olhos estavam pesados e ainda sonolentos. Olhei para o relógio, marcava 1h30 da manhã, comemorei internamente por isso, embora hoje seja meu dia de folga terei de acordar mais ou menos às 8h da manhã, pretendo fazer a faxina na minha nova casa.Me levantei da cama, em passos lentos vou ao banheiro fazer minhas necessidades, depois volto para o quarto e novamente me desligo por completo. Mas pela segunda vez me sinto ser observada, mas tratei de dar importância, eu nunca morei sozinha e meu corpo está se acostumando com isso, irei me adaptar conforme o tempo.O sol ilum
Ariel ColucciAbro meus olhos com dificuldade para observar, aperto as pálpebras e as abro novamente. Encaro o local onde estou, não consigo ver direito, a luz fraca impossibilitava. Tento mover meu corpo, mas percebo estar amarrada em uma cadeira, mesmo ainda confusa tento me mexer, me soltar, mas estava impossível, a corda apertava firmemente meus pulsos. Arrasto meus olhos aonde estou, parecia uma espécie de galpão ou armazém, parecia estar em um filme de terror.Ouço gemidos de dor, levanto meus olhos para frente e vejo meu pai, amarrado em uma parede como um animal, olhei para a cena assustada, ele estava deplorável, era de partir o coração. Ele levanta os olhos e me encara, em um tom de voz preocupado, falou:
Ariel ColucciAbro os olhos, eles estão com um borrão, impedindo que observe com clareza. Volto a fechar, desta vez, se tornam lúcidos e pude observar melhor o local onde estou. Estava deitada no centro de uma cama, vaguei meus olhos para aquele quarto, me sentindo confusa, sentei-me na borda do colchão, bocejo e levantei. Sou atingida com uma forte vertigem, e desequilíbrio, mas logo passa, dou o primeiro passo pelo imenso quarto luxuoso.Observava cada centímetro do cômodo, aquele cômodo não era o meu quarto. Começo a recordar do pesadelo, não! Não pode ter sido real, devo estar sonhando, isso não pode está acontecendo.