LorennaDesembarcamos em Salvador quase três horas da manhã. Saímos de São Paulo às onze e meia da noite, sinto cansaço e sono por conta da viagem, porém a presença do André junto a mim faz com que tudo passe no momento em que saímos do aeroporto em direção ao hotel. Quando decidimos em conjunto a viagem de lua de mel, optamos por escolher um motorista para nos acompanhar nas cidades juntamente com um guia turístico.— Meu amor, você está bem?André perguntou, enquanto enviava mensagem para Ian avisando da nossa chegada.— Estou bem amor, apenas um pouco cansada. Mesmo sendo uma viagem curta e um voo fretado, sinto as pernas doloridas e quero um banho quente agora.Respondi, bocejando de sono. O motorista puxou conversa com André, perguntando se era a nossa primeira vez na cidade. Meu marido disse que era a primeira vez minha mas que ele já esteve na cidade outras vezes.— A senhora vai gostar bastante do artesanato local. Vá até a Beira-Mar que lá irá encontrar roupas de artesanato m
André— Hora de acordar dorminhoco !Ouço a voz da Lorenna, enquanto sinto os lábios dela, beijando meu peito, suas mãos deslizando para o meio das minhas pernas, pressionando o meu membro por cima do short que uso.— Dez minutos e levanto — sussurrei baixinho, ao sentir os dedos dela, deslizando para dentro do short, massageando a cabeça do meu membro.— Nada de continuar dormindo. Passa das onze horas da manhã e você teve tempo suficiente para descansar.Abro os olhos, vendo Lorenna descendo a cabeça até o meu membro, ela remove o meu short com facilidade e só então eu percebo que minha mulher já se encontra nua, se esfregando em mim.— Como não tivemos a nossa noite de núpcias, podemos mudar para a manhã nupcial. Estou mais do que descansada, depois de uma boa noite de sono.Lorenna sorriu para mim, antes de abocanhar o meu membro, chupando-o da forma que ela sabe fazer. Seguro seu cabelo em um rabo de cavalo, para que eu possa ver seu lindo rosto, com os olhos fechados enquanto mi
Lorenna6 anos depoisHoje é um dia mais do que especial em nossa família. Laisa, minha irmã enfim será posta em liberdade definitiva. Foram anos de batalha, de tristeza, porém agora Laisa poderá recomeçar sua vida. Ela terá que usar a tornozeleira eletrônica por mais seis meses, até que seja liberada totalmente dos crimes cometidos. Em seis anos, tantas coisas aconteceram em minha vida. Umas boas e outras ruins. Sobre o meu casamento com André, o que tenho a dizer é que a cada dia que passa, nosso amor aumenta ainda mais. Aos cinquenta e um anos, André se tornou o presidente da construtora, agora que Antônio se aposentou de vez dos negócios, deixando todo o império nas mãos do filho e do sobrinho. Isabella, segue estudando nos Estados Unidos, minha enteada nos visita todos os anos, nos aproximamos com o passar do tempo e mesmo não sendo melhores amigas, respeitamos uma à outra e ela sabe que pode contar comigo para o que for. Vitória, minha filha caçula, cresce cada dia mais esperta
LorennaQuatro anos depois e enfim estou me formando. Foram meses e meses de dedicação, empregos temporários, estágios, enfim concluía o ensino superior. Para muitos era um curso tão desvalorizado. Afinal de contas, eu seria mais uma entre tantas pedagogas. Mais valia a pena, porque eu tinha um diploma, eu era uma futura professora primária e agora meu foco seria os concursos que muito em breve iriam acontecer.Vejo meu visual uma última vez e estou tão diferente com essa roupa. Vestido comprado no brechó, cabelo feito no salão da comunidade e sapatos emprestados da minha melhor amiga.Mamãe não parava de chorar de tanto orgulho da sua filha mais velha.— Lorenna meu amor, não sei se vou conseguir acompanhar a cerimônia até o final.Mamãe me diz enquanto me ajuda a arrumar o cabelo. Chorando desde a hora que acordou naquele dia.—Cadê a Laisa que não chegou ainda?Pergunto à minha irmã caçula. Laisa era mais nova que eu há quatro anos. Eu estava com 20 anos e ela completaria 17 anos e
LorennaMe encontro dentro do carro da paquera da minha amiga com meu coração quase saindo pela boca. A minha vontade é de pegar aquela pirralha pelos cabelos e passar um sermão para o resto da sua vida. Tive que inventar uma mentira para mamãe não desconfiar de nada. Carlos, o amigo da Juliana, me olhava pelo espelho com uma expressão triste. Ele não pensou duas vezes em me ajudar, e contou que trabalhava na secretaria de saúde do estado, porém conhecia algumas pessoas da Secretaria de Justiça e consequentemente alguns delegados e policiais. Sei que não era momento para prestar atenção nele, mas era realmente um homem muito charmoso. Claro que mais velho que a Juli que assim como eu não se envolvia com rapazes da nossa idade.Volto a me concentrar na situação em que Laisa se enfiou, pensando no que dizer quando voltasse para casa sem a pirralha. Minha mãe provavelmente surtaria, e temia pela saúde dela. Carlos parou o carro no estacionamento da DP e mal esperei ele desligar o veículo
LorennaAgradecia ao Carlos pela ajuda, por ter me emprestado o dinheiro que eu não tinha noção de como pagaria e por ser um ombro amigo no momento que precisei.Juliana brigou comigo, pedindo que eu parasse de me desculpar pelos erros da minha irmã. A pirralha, nem mesmo agradeceu ao homem, quando desceu do carro. Estava me sentindo envergonhada, uma caloteira, devendo vinte mil reais para um homem que conheci em uma noite. Eu parecia mesmo era uma dessas mocinhas de livros de romance, que se ferra e logo consegue encontrar a solução dos problemas.— Amiga é o seguinte, por mim você arrastava a cara daquele projeto de gente no asfalto. Porém, a tia Carmem te mataria e de quebra me mataria também. Então faz o seguinte? Não deixe que as ofensas que aquela palhaça vai fazer hoje a noite, ignore qualquer gracinha e tome um banho, tira a sujeira daquela delegacia do seu corpo, deite-se na sua cama e dorme o sono dos justos.Juliana me diz e começo a rir da forma que ela me fala.— Lorenna
LorennaTive uma noite péssima no pior sentido. Com Laisa ouvindo música. Fui dormir com o sol nascendo, após ter ficado a madrugada inteira ouvindo barulho de música. Mesmo usando fone de ouvido, conseguia o som irritante. Tudo isso era para me incomodar, conhecia bem a tática da minha irmã caçula e como Laisa sabia ser insuportável. Levantei-me da cama, peguei o meu celular conferindo a hora. Um pouco depois das dez da manhã. Mamãe, deveria estar preparando o almoço. Saí da cama com cuidado, sem fazer barulho para acordar a princesa. Mesmo não nos dando bem, não conseguia tratar Laisa da mesma forma que ela me tratava. No final de tudo, ela era minha única irmã. Peguei minha roupa de sair, minha bolsa e sandália. Assim não precisava entrar no quarto novamente. Fui para o banheiro, ouvindo do corredor o barulho das panelas. Tomei um banho demorado, frio que me animasse um pouco. Logo Juliana chegaria para sair comigo. Sem conseguir dormir, fiquei matutando na proposta maluca da minha
LorennaO dia ao lado da Juliana foi de diversão. Mesmo tentando convencer minha melhor amiga de que não conseguiria fazer o trabalho que ela me propôs, acabei aproveitando as compras, o salão e a conversa. Agora me arrumava no apartamento da amiga da Juliana que se chamava Jaqueline. Era um apartamento de dois quartos, sendo uma suíte, sala, cozinha e banheiro social. A garota era massagista e aos finais de semana trabalhava no mesmo lugar que Juliana.Tentava arrumar o comprimento do vestido que Juliana escolheu para mim, praticamente desistindo e deixando do jeito que estava mesmo.— Lô, estou pronta e você vai arrasar os corações na boate hoje — Juliana aparece na sala, usando uma minissaia de dourada, com um top preto, que deixava a barriga à mostra, o decote praticamente todo aparecendo.— Sua amiga não vai achar ruim, nós duas termos usado a casa dela para nos vestir e fazer toda essa bagunça?Aponto para as roupas espalhadas juntamente com as sacolas.— Jaque está bem preocupa