Ana mal conseguia dormir depois da intensidade da noite. Mesmo deitada em sua cama, as lembranças das mãos de Lucas, os toques ardentes e os olhares eletrizantes ainda estavam presentes, fazendo sua mente girar. Ela se remexeu na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o calor do corpo e a excitação ainda queimavam dentro dela."Como ele consegue fazer isso?" – pensou, frustrada consigo mesma por não conseguir se controlar.Enquanto o silêncio da noite envolvia a casa, ela ouviu o som distante de trovões. Uma tempestade estava se formando, e logo os primeiros pingos de chuva começaram a bater contra a janela do quarto. A escuridão do céu foi rompida por um raio, iluminando o cômodo por um breve instante.Ana se levantou devagar, o sono escapando por completo, e decidiu que precisava de um chá para se acalmar. Colocou um robe sobre o pijama e saiu do quarto, descendo silenciosamente as escadas.Na cozinha, pegou a chaleira, enchendo-a de água e esperando que fervesse enqu
Ana estava no hospital, tentando se concentrar em meio à sua rotina, mas as memórias da noite anterior com Lucas ainda persistiam. No entanto, sua atenção foi interrompida quando seu telefone vibrou. Era uma mensagem em grupo de suas amigas Gabi, Elen e Renata. Elas diziam que estavam com saudades e queriam se encontrar.Ana: Amigas, eu também estou com saudades e tenho MUITA coisa para contar a vocês! - Ana respondeu animada. – Que tal um jantar hoje à noite, às 21 horas, no apartamento onde estou morando?As amigas acharam o endereço um pouco estranho, mas aceitaram sem questionar.Amigas: Ok, vamos estar lá! Mal podemos esperar para te ver! - elas responderam.Logo depois de confirmar o encontro, Ana ligou para Lucas. Embora já tivesse feito o convite, queria sua autorização formal. Quando ele atendeu, sua voz rouca e provocante fez o coração de Ana acelerar.— Lucas, eu já convidei minhas amigas para jantar hoje à noite lá em casa... Mas queria sua permissão — disse ela, com uma le
— Você já tomou banho hoje, maridinho? — Perguntou, com uma voz rouca e provocativa, mordendo o lábio. — Ou precisa de ajuda? Ela entrou no box, sem esperar pela resposta. O vapor e a água quente criaram um ambiente quase de sonho. Lucas ficou paralisado por um segundo, o desejo correndo como fogo por suas veias. Ele não esperou mais. Ainda vestido, atrás dela, a água encharcando sua roupa em segundos, mas ele não se importava. Ele avançou sobre Ana, agarrando-a com urgência, como se precisasse dela naquele momento mais do que qualquer coisa.Os lábios de Lucas roçavam seu pescoço, deixando um rastro de beijos molhados que faziam sua pele arrepiar. Ele murmurava contra a pele dela, a voz grave e rouca de desejo.— Você me enlouquece, Ana — ele sussurrou, suas mãos deslizando pelas curvas do corpo dela, apertando-a como se precisasse lembrar-se de que ela estava ali, que ela era dele, pelo menos naquele momento.Os dedos de Lucas exploravam sua pele úmida, descendo lentamente pe
Ana e Lucas estavam terminando de se arrumar para a noite. Depois do momento intenso no banheiro, o clima entre os dois parecia mais leve, mas ao mesmo tempo carregado de uma tensão implícita, como se ambos soubessem que a conexão deles havia ficado mais profunda. Ana se olhou no espelho do quarto enquanto ajustava o vestido de lã justo ao corpo. A escolha das botas de cano alto lhe dava um ar elegante e sensual, algo que ela, mesmo sem perceber, queria transmitir naquela noite.Lucas, por outro lado, vestia-se com uma elegância despreocupada. Ele combinava um blazer preto com uma camisa aberta no colarinho, mostrando um pouco do peito, e calças escuras. A confiança que exalava não era algo que ele precisava forçar; vinha naturalmente, o que só aumentava a química entre os dois.Ana observou Lucas pelo espelho, e um sorriso involuntário se formou em seus lábios. Era difícil para ela acreditar o quanto havia mudado desde que o conhecera. Ela desceu as escadas e viu Betty, a empregada,
Ana e Lucas tinham seus próprios quartos, mas naquela noite, depois de tudo o que tinham vivido juntos, ela decidiu que seria melhor dormirem no mesmo quarto. Apesar das dúvidas iniciais, Ana aceitou o convite de Lucas para compartilhar a cama com ele. O clima entre os dois ainda estava carregado de uma mistura de leveza e tensão, mas, ao se deitar ao lado dele, ela sentiu o corpo relaxar, e as preocupações do dia começarem a desaparecer.Lucas adormeceu rapidamente, a respiração calma e profunda, enquanto Ana ainda se mexia, os pensamentos vagando entre os acontecimentos do jantar e o momento íntimo que tinham compartilhado. Ela observava o rosto dele à luz suave que entrava pelas cortinas, e, apesar da confusão em sua mente, havia algo reconfortante em estar ali. Depois de algum tempo, o cansaço finalmente a venceu, e seus olhos começaram a pesar até que ela adormeceu.No meio da madrugada, porém, o silêncio da casa foi interrompido pelo som insistente do celular de Ana. O toque eco
Ana aguardou a porta se abrir, o coração batendo forte no peito enquanto o silêncio do subsolo parecia amplificar o som de sua respiração. Depois de alguns segundos, ouviu um leve ranger da maçaneta. A porta se abriu lentamente, revelando Márcia, envolta por sombras que a faziam parecer ainda mais enigmática. Os olhos de Márcia brilhavam intensamente, refletindo uma mistura de urgência e dor.— O que aconteceu, Márcia? — Ana perguntou, sua voz baixa e tensa, enquanto tentava decifrar o motivo de ter sido chamada ali no meio da madrugada.Márcia fez um gesto com a mão, indicando para que Ana entrasse.— Entre, feche a porta e sente-se — a voz dela, fria e calculada, dava a sensação de que algo muito grave estava prestes a ser revelado.Ana hesitou por um momento, mas a curiosidade e o sentimento de desconfiança a impulsionaram. Ela entrou na sala pequena e desordenada, cheia de caixas de arquivos antigos. Havia apenas uma cadeira de metal, na qual Ana se sentou devagar. Márcia, em pé,
[…]Lucas acordou no meio daquela noite, a cama ao seu lado fria e vazia. Ele imediatamente soube que algo estava errado. Ana não era de sair sem avisá-lo, especialmente no meio da madrugada. Sua mente, sempre alerta, rapidamente começou a trabalhar. Sentou-se na cama, pegou o celular e verificou as mensagens, mas não havia nada dela. Algo definitivamente não estava certo.Levantou-se em um salto e começou a procurar pistas. Andou pelo apartamento silenciosamente, checando cada cômodo como se ela pudesse estar escondida em algum canto. Quando a realidade de sua ausência se consolidou, ele começou a sentir um aperto no peito. Onde ela poderia ter ido a essa hora?Sem perder tempo, Lucas se dirigiu ao computador que mantinha no escritório do apartamento. Ele sabia que Ana às vezes gostava de dirigir sozinha, algo que ele considerava perigoso, especialmente depois dos segredos que descobriu sobre seu próprio passado e o perigo que cercava ambos. Por isso, alguns meses atrás, Lucas instal
Ana suspirou profundamente, aliviada por ter se afastado de Lucas sem levantar suspeitas. Ele havia voltado para o apartamento, deixando-a sozinha no hospital, mas a conversa ainda ecoava em sua mente. Agora, com ele longe, ela tinha mais espaço para pensar e formular seu próximo passo. O colar. Enquanto andava pelos corredores, colocou o colar e o pingente pendurado em seu pescoço parecia pesar mais a cada minuto, carregado de segredos que ela ainda não havia desvendado. O presente que Márcia lhe deu não era um simples acessório, aquilo estava profundamente ligado ao passado de Lucas e, talvez, à morte do filho de Márcia. Ela sabia que precisava ser cautelosa. Lucas, embora obcecado por ela, era perspicaz e controlador. Qualquer movimento errado poderia causar uma reação imprevisível. Como ela poderia confrontá-lo sem levantar suspeitas? A pergunta rodava em sua mente como uma corrente de ansiedade. Ana entrou na sala de descanso do hospital, buscando um pouco de silêncio e solid