Ana estava inquieta. Uma conversa com os residentes sobre o desaparecimento de Márcia a deixou ainda mais desconcertada.Embora Márcia fosse uma figura incômoda em sua vida, o desaparecimento era perturbador. Não era de seu feitio simplesmente sumir, ainda mais sem dar notícias. Os corredores do hospital, normalmente agitados, ficavam mais silenciosos, como se o próprio prédio estivesse em suspense. Ana sentindo os olhares dos colegas, todos compartilhando uma mistura de preocupação e incredulidade. A conexão entre Márcia e o passado sombrio de Lucas e Nicolas parecia inegável. "O que será que ela sabe?" – Ana se perguntou. Ela olhou o celular pela quinta vez, apenas para confirmar que, de fato, não havia nenhuma mensagem nova. Nenhum sinal de Márcia. Os outros médicos também tentaram contato, mas o telefone de Márcia estava sempre desligado ou fora de área. O mistério cresceu. Sofia, a residente com quem Ana mais tinha contato no hospital, estava ao seu lado, a expressão pálida ref
Ana saiu do hospital com a mente ainda girando em torno do desaparecimento de Márcia. A noite caiu sobre Nova York, a sensação de inquietação não a deixou em paz. Assim que saiu pela porta principal, avistou um dos carros de Lucas estacionado à sua espera. Cumprimentou o motorista com respeito, e ele abriu a porta para que ela entrasse. — Obrigada — disse ela, entrando no carro e se aconchegando no banco traseiro. O caminho para casa foi silencioso. Ana sentiu o peso dos acontecimentos, mas estava determinada a relaxar, nem que fosse por algumas horas. Ao chegar em casa, Betty, a empregada, estava na porta, pronta para recebê-la. — Boa noite, doutora Ana Steele! Como foi o dia? — Cansativo, Betty, como sempre — respondeu Ana com um sorriso, tentando esconder o cansaço. — Mas estou bem. Me chame somente de Ana. Ela se dirigiu até a sala e, para sua surpresa, encontrou Lucas a espera, com aquele olhar intenso que a deixava entre intrigada e excitada. Assim que ela entrou, L
A intensidade entre Ana e Lucas estava prestes a atingir novos níveis de desejo enquanto o carro acelerava pelas ruas da cidade. A atmosfera dentro do veículo era densa, quase sufocante, com a eletricidade dos olhares e toques trocados. Assim que Lucas parou o carro em um beco discreto, longe dos olhares curiosos, ele virou-se para Ana, seus olhos faiscando com uma mistura de desejo e algo mais profundo, algo incontrolável.— Lembra da nossa primeira vez bem aqui, nesse carro? — murmurou ele, a voz baixa e rouca, quase como um desafio.Ana, ainda ofegante do beijo intenso que haviam compartilhado minutos antes, sentiu um arrepio percorrer sua espinha.Como poderia esquecer? O calor, a paixão, a entrega total. Cada detalhe daquela noite estava gravado em sua memória como se fosse ontem. Ela olhou para Lucas, os olhos brilhando de excitação e uma leve provocação.— Como não lembrar? — sussurrou ela, um sorriso malicioso brincando em seus lábios. — Você me deixou louca naquela noite.L
Ana mal conseguia dormir depois da intensidade da noite. Mesmo deitada em sua cama, as lembranças das mãos de Lucas, os toques ardentes e os olhares eletrizantes ainda estavam presentes, fazendo sua mente girar. Ela se remexeu na cama, tentando encontrar uma posição confortável, mas o calor do corpo e a excitação ainda queimavam dentro dela."Como ele consegue fazer isso?" – pensou, frustrada consigo mesma por não conseguir se controlar.Enquanto o silêncio da noite envolvia a casa, ela ouviu o som distante de trovões. Uma tempestade estava se formando, e logo os primeiros pingos de chuva começaram a bater contra a janela do quarto. A escuridão do céu foi rompida por um raio, iluminando o cômodo por um breve instante.Ana se levantou devagar, o sono escapando por completo, e decidiu que precisava de um chá para se acalmar. Colocou um robe sobre o pijama e saiu do quarto, descendo silenciosamente as escadas.Na cozinha, pegou a chaleira, enchendo-a de água e esperando que fervesse enqu
Ana estava no hospital, tentando se concentrar em meio à sua rotina, mas as memórias da noite anterior com Lucas ainda persistiam. No entanto, sua atenção foi interrompida quando seu telefone vibrou. Era uma mensagem em grupo de suas amigas Gabi, Elen e Renata. Elas diziam que estavam com saudades e queriam se encontrar.Ana: Amigas, eu também estou com saudades e tenho MUITA coisa para contar a vocês! - Ana respondeu animada. – Que tal um jantar hoje à noite, às 21 horas, no apartamento onde estou morando?As amigas acharam o endereço um pouco estranho, mas aceitaram sem questionar.Amigas: Ok, vamos estar lá! Mal podemos esperar para te ver! - elas responderam.Logo depois de confirmar o encontro, Ana ligou para Lucas. Embora já tivesse feito o convite, queria sua autorização formal. Quando ele atendeu, sua voz rouca e provocante fez o coração de Ana acelerar.— Lucas, eu já convidei minhas amigas para jantar hoje à noite lá em casa... Mas queria sua permissão — disse ela, com uma le
— Você já tomou banho hoje, maridinho? — Perguntou, com uma voz rouca e provocativa, mordendo o lábio. — Ou precisa de ajuda? Ela entrou no box, sem esperar pela resposta. O vapor e a água quente criaram um ambiente quase de sonho. Lucas ficou paralisado por um segundo, o desejo correndo como fogo por suas veias. Ele não esperou mais. Ainda vestido, atrás dela, a água encharcando sua roupa em segundos, mas ele não se importava. Ele avançou sobre Ana, agarrando-a com urgência, como se precisasse dela naquele momento mais do que qualquer coisa.Os lábios de Lucas roçavam seu pescoço, deixando um rastro de beijos molhados que faziam sua pele arrepiar. Ele murmurava contra a pele dela, a voz grave e rouca de desejo.— Você me enlouquece, Ana — ele sussurrou, suas mãos deslizando pelas curvas do corpo dela, apertando-a como se precisasse lembrar-se de que ela estava ali, que ela era dele, pelo menos naquele momento.Os dedos de Lucas exploravam sua pele úmida, descendo lentamente pe
Ana e Lucas estavam terminando de se arrumar para a noite. Depois do momento intenso no banheiro, o clima entre os dois parecia mais leve, mas ao mesmo tempo carregado de uma tensão implícita, como se ambos soubessem que a conexão deles havia ficado mais profunda. Ana se olhou no espelho do quarto enquanto ajustava o vestido de lã justo ao corpo. A escolha das botas de cano alto lhe dava um ar elegante e sensual, algo que ela, mesmo sem perceber, queria transmitir naquela noite.Lucas, por outro lado, vestia-se com uma elegância despreocupada. Ele combinava um blazer preto com uma camisa aberta no colarinho, mostrando um pouco do peito, e calças escuras. A confiança que exalava não era algo que ele precisava forçar; vinha naturalmente, o que só aumentava a química entre os dois.Ana observou Lucas pelo espelho, e um sorriso involuntário se formou em seus lábios. Era difícil para ela acreditar o quanto havia mudado desde que o conhecera. Ela desceu as escadas e viu Betty, a empregada,
Ana e Lucas tinham seus próprios quartos, mas naquela noite, depois de tudo o que tinham vivido juntos, ela decidiu que seria melhor dormirem no mesmo quarto. Apesar das dúvidas iniciais, Ana aceitou o convite de Lucas para compartilhar a cama com ele. O clima entre os dois ainda estava carregado de uma mistura de leveza e tensão, mas, ao se deitar ao lado dele, ela sentiu o corpo relaxar, e as preocupações do dia começarem a desaparecer.Lucas adormeceu rapidamente, a respiração calma e profunda, enquanto Ana ainda se mexia, os pensamentos vagando entre os acontecimentos do jantar e o momento íntimo que tinham compartilhado. Ela observava o rosto dele à luz suave que entrava pelas cortinas, e, apesar da confusão em sua mente, havia algo reconfortante em estar ali. Depois de algum tempo, o cansaço finalmente a venceu, e seus olhos começaram a pesar até que ela adormeceu.No meio da madrugada, porém, o silêncio da casa foi interrompido pelo som insistente do celular de Ana. O toque eco