Após o banho intenso e silencioso, Ana desligou o chuveiro. As gotas de água ainda escorriam por seus corpos, e a respiração pesada começava a se normalizar. Ela pegou uma toalha e começou a se secar, sentindo ainda o calor e a proximidade de Lucas atrás de si. Sem dizer uma palavra, ambos se vestiram rapidamente . Ana com sua camisola fina, que delineava suavemente seu corpo, e Lucas apenas com uma calça de moletom cinza, que deixava claro o quanto ele estava relaxado e à vontade. Quando Ana puxou o laço de cetim rosa pink do cabelo e soltou os fios úmidos sobre os ombros, Lucas quebrou o silêncio com uma voz baixa e suave: — Você já comeu? — Ele perguntou, enquanto ajeitava a calça. Ana, que havia acabado de puxar a fina alça da camisola, respirou fundo antes de responder, sentindo seu estômago revirar, não apenas de fome, mas da confusão emocional que ainda estava dentro dela. — Não. — Ana admitiu, olhando brevemente para ele. — Eu estou com fome. Não comi nada ainda. Lucas
Depois de terminarem o jantar e de Lucas trazer o chocolate prometido para Ana, o clima na casa estava mais calmo, mas a tensão ainda permanecia. ''Será que ele realmente vai me contar o que está acontecendo? Preciso descobrir mais.'' – Ana viajava em seus pensamentos, quando, de repente, o celular de Lucas vibrou encima da mesa. Lucas olhou para a tela do celular e seu semblante mudou imediatamente. Ele se levantou, pegou o telefone e saiu da sala de jantar sem dizer uma palavras, indo em direção à varanda na sacada. Ana notou a tensão em seu rosto. '' Ninguém faz Lucas reagir assim... a não ser... Nicolas?!'' – Ana pensou. Minutos depois, Lucas voltou à sala de jantar, claramente irritado. Ele passou a mão pelo cabelo e olhou para Ana. – Preciso resolver uma coisa. – Ele disse, secamente. – Nicolas vai passar aqui em alguns minutos. Ana revirou os olhos, ficando imediatamente em alerta. ''Nicolas... sempre ele.'' - pensou. Ela sabia que a presença de Nicolas só complicava as coi
— Você está bem? — Lucas perguntou suavemente, aproximando-se de Ana e tocando o braço dela de leve. Ana balançou a cabeça, ainda confusa e abalada. — Eu... eu não sei. — Ela admitiu, sua voz trêmula. — Isso... isso é loucura, Lucas. O que está acontecendo aqui? Lucas se aproximou de Ana com cautela, percebendo o turbilhão de emoções em seu olhar. Ana respirava com dificuldade, sentindo o peso da verdade que havia acabado de ouvir. Seu corpo estava tenso, e seu olhar, feroz. Ela precisava de respostas, precisava de Lucas, de todas as verdades. — Lucas... — ela começou, sua voz trêmula de indignação. — Então era verdade? Você... me seguiu? Me escolheu? Você fez tudo isso de propósito? — As lágrimas começaram a se formar em seus olhos, mas ela as segurou com força. — Como você pôde? Lucas deu um passo à frente, erguendo as mãos como se tentasse apaziguar a situação. Mas ele sabia que agora não havia mais volta. — Ana, ouve... — ele começou, a voz rouca, tentando se conter. — E
Após o beijo, a intensidade no ar entre Ana e Lucas se acalmou um pouco, mas a tensão não se dissipou completamente. A casa estava em silêncio, exceto pelas respirações ofegantes deles. Ana se afastou lentamente de Lucas, ainda tentando organizar seus pensamentos, confusa com o que sentia. Ela sabia que deveria confrontá-lo, resistir àquela atração, mas, de alguma forma, era difícil. Lucas observava cada movimento de Ana com atenção. Ele sentia a luta interna que ela estava enfrentando, mas também sabia que havia conquistado algo naquele momento, um passo em direção a uma conexão mais profunda entre eles. — Ana — Lucas falou suavemente, quebrando o silêncio. — Acho que... você deveria dormir na minha cama essa noite. Comigo. Ana piscou, surpresa com a sugestão. Seu coração disparou novamente. “Dormir com ele? Depois de tudo isso?”, pensou. — Lucas, eu... — Ela começou, mas foi interrompida pela expressão preocupada e sincera que ele carregava. — É tarde, você passou por muit
Ana acordou devagar, sentindo a leveza do corpo relaxado. As memórias da noite anterior estavam frescas em sua mente, e, por um momento, ela quase acreditou que tudo havia sido um sonho. Passou a mão pelo lado da cama e, ao não encontrar Lucas, franziu o cenho. Ele não estava ali.“Estranho” - ela pensou, sentindo uma leve preocupação ao perceber que ele não estava mais na cama, acordou e levantou sem que ela percebesse. Mas ao invés de deixar levar a preocupação, decidiu não ligar para isso. Ela se levantou da cama, ainda tentando reorganizar sua mente e suas emoções, indo até seu quarto.Ao entrar no banheiro, abriu o chuveiro e deixou a água quente escorrer sobre seu corpo, como se o calor pudesse aliviar a confusão interna. Seus pensamentos voltavam para Lucas. Algo nele atraía, mas ao mesmo tempo deixava em alerta. Sentia-se segura e desconfiada ao mesmo tempo. “Como ele consegue despertar tantas sensações conflitantes?” - ela pensava.Terminando o banho, Ana se secou e se vesti
Ana estava inquieta. Uma conversa com os residentes sobre o desaparecimento de Márcia a deixou ainda mais desconcertada.Embora Márcia fosse uma figura incômoda em sua vida, o desaparecimento era perturbador. Não era de seu feitio simplesmente sumir, ainda mais sem dar notícias. Os corredores do hospital, normalmente agitados, ficavam mais silenciosos, como se o próprio prédio estivesse em suspense. Ana sentindo os olhares dos colegas, todos compartilhando uma mistura de preocupação e incredulidade. A conexão entre Márcia e o passado sombrio de Lucas e Nicolas parecia inegável. "O que será que ela sabe?" – Ana se perguntou. Ela olhou o celular pela quinta vez, apenas para confirmar que, de fato, não havia nenhuma mensagem nova. Nenhum sinal de Márcia. Os outros médicos também tentaram contato, mas o telefone de Márcia estava sempre desligado ou fora de área. O mistério cresceu. Sofia, a residente com quem Ana mais tinha contato no hospital, estava ao seu lado, a expressão pálida ref
Ana saiu do hospital com a mente ainda girando em torno do desaparecimento de Márcia. A noite caiu sobre Nova York, a sensação de inquietação não a deixou em paz. Assim que saiu pela porta principal, avistou um dos carros de Lucas estacionado à sua espera. Cumprimentou o motorista com respeito, e ele abriu a porta para que ela entrasse. — Obrigada — disse ela, entrando no carro e se aconchegando no banco traseiro. O caminho para casa foi silencioso. Ana sentiu o peso dos acontecimentos, mas estava determinada a relaxar, nem que fosse por algumas horas. Ao chegar em casa, Betty, a empregada, estava na porta, pronta para recebê-la. — Boa noite, doutora Ana Steele! Como foi o dia? — Cansativo, Betty, como sempre — respondeu Ana com um sorriso, tentando esconder o cansaço. — Mas estou bem. Me chame somente de Ana. Ela se dirigiu até a sala e, para sua surpresa, encontrou Lucas a espera, com aquele olhar intenso que a deixava entre intrigada e excitada. Assim que ela entrou, L
A intensidade entre Ana e Lucas estava prestes a atingir novos níveis de desejo enquanto o carro acelerava pelas ruas da cidade. A atmosfera dentro do veículo era densa, quase sufocante, com a eletricidade dos olhares e toques trocados. Assim que Lucas parou o carro em um beco discreto, longe dos olhares curiosos, ele virou-se para Ana, seus olhos faiscando com uma mistura de desejo e algo mais profundo, algo incontrolável.— Lembra da nossa primeira vez bem aqui, nesse carro? — murmurou ele, a voz baixa e rouca, quase como um desafio.Ana, ainda ofegante do beijo intenso que haviam compartilhado minutos antes, sentiu um arrepio percorrer sua espinha.Como poderia esquecer? O calor, a paixão, a entrega total. Cada detalhe daquela noite estava gravado em sua memória como se fosse ontem. Ela olhou para Lucas, os olhos brilhando de excitação e uma leve provocação.— Como não lembrar? — sussurrou ela, um sorriso malicioso brincando em seus lábios. — Você me deixou louca naquela noite.L