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Ana finalmente chegou à porta do prédio, ofegante, a respiração embaçando o ar frio ao seu redor. A chuva martelava em seu capuz, encharcando suas roupas e fazendo seus sapatos deslizarem na calçada. Tudo dentro dela gritava para ir embora, mas algo mais forte a empurrava para frente. Talvez fosse a preocupação, talvez fosse o fato de que, por mais irritante e teimoso que Lucas fosse, ela não conseguia simplesmente deixá-lo. "Ele está mal... ou é só mais uma jogada dele?" – Ana pensava, rangendo os dentes enquanto tocava a maçaneta da porta. Ela bateu com força na porta do apartamento, sentindo uma mistura de ansiedade e raiva. "Se ele estiver bem e eu tiver corrido para cá no meio dessa tempestade por nada, ele vai ouvir!" – pensou, impaciente. Lucas enviou a última mensagem para Ana: Lucas: "Entre. A porta está destrancada." Ela abriu a porta lentamente, e a cena que encontrou do outro lado fez seu coração apertar. Lucas estava sentado no chão, encostado contra a parede, o ros
A chuva batia forte nas janelas do pequeno apartamento, ecoando pelo cômodo escuro. Lucas, já um pouco melhor, sentou-se mais ereto na cama, mas ainda ofegava levemente, recuperando-se do episódio de hipoglicemia. Ana, por outro lado, estava visivelmente desconfortável, encharcada da cabeça aos pés. Ela cruzou os braços, tremendo de frio, enquanto olhava para a chuva incessante lá fora.— Você está tremendo — Lucas observou, tentando soar casual, mas claramente preocupado.— Estou bem. — Ana respondeu automaticamente, mas sua voz saiu um pouco trêmula, traindo a verdade.Lucas se inclinou, puxando sua mala que trouxe consigo do hospital que estava jogada no canto do quarto. Ele remexeu no interior até encontrar um agasalho. Era grande, meio surrado, mas ainda assim muito mais seco do que as roupas de Ana.— Toma, veste isso. — Lucas disse, estendendo o agasalho para ela.Ana olhou para o agasalho com ceticismo, arqueando uma sobrancelha. — Eu não vou vestir suas roupas, Lucas. Esto
Enquanto Ana se ajeitava na beirada da cama, Lucas não conseguia deixar de observar cada movimento dela, notando como ela tentava se manter distante, mesmo que a cama de solteiro fosse pequena demais para isso. O calor do agasalho dele parecia aquecer mais do que o corpo de Ana — mexia com sua cabeça também. E o som da chuva torrencial só fazia a tensão no ar crescer. — Tá confortável aí? — Lucas perguntou, com aquele tom preguiçoso e provocativo que só ele tinha. — Mais do que eu gostaria — Ana retrucou, de forma afiada, sem olhar para ele. Mas, por dentro, seu coração batia mais rápido. O agasalho de Lucas carregava o cheiro dele, e isso não ajudava em nada a manter o foco. Ela virou-se um pouco de costas para ele, como se estivesse tentando criar uma barreira invisível. No entanto, o espaço era apertado demais, e qualquer movimento parecia aproximá-los mais do que ela queria admitir. — Acho que você fica bem com minhas roupas. — Lucas disse de repente, o sorriso malicioso evide
O barulho da chuva intensa que batia violentamente nas janelas, os acordou no meio da madrugada.A tempestade parecia ter piorado, com trovões ecoando à distância e o vento uivando como se quisesse arrancar o pequeno apartamento do chão.Ana abriu os olhos lentamente, piscando no escuro, tentando entender onde estava. Ao seu lado, Lucas também se mexeu, despertando com a mesma inquietação.— Que barulho é esse? — Ana murmurou, ainda meio sonolenta, sentindo o coração acelerar com o som ameaçador da chuva.— Parece que o mundo está desabando lá fora — Lucas respondeu, a voz rouca de sono. Ele se levantou ligeiramente, tentando enxergar algo pela janela, mas a escuridão era quase total.A luz havia acabado minutos antes, deixando o apartamento mergulhado em uma penumbra. O som da tempestade parecia ainda mais alto, mais violento, na escuridão.— Não vai parar tão cedo — disse Ana, suspirando. — Ótimo. Mais uma coisa pra lidar.Ela se mexeu na cama, ainda desconfortável com o espaço aper
A tempestade lá fora havia passado, mas Ana ainda sentia o eco da noite agitada em sua mente.O apartamento estava em silêncio agora, com apenas os respingos da chuva batendo nas janelas.Ana se levantou da cama com cuidado, tentando não fazer barulho, e começou a organizar as coisas para Lucas.Pegou a insulina, deixou os remédios preparados e separou algo para ele comer.Lucas acordou aos poucos, os olhos ainda pesados de sono, mas logo os abriu, sentindo o peso do olhar de Ana sobre ele.— Você já vai? — Ele disse, com a voz rouca e ainda cheia de sono— Sim, preciso voltar para o hospital. — Ana respondeu, sem olhar diretamente para ele, tentando manter o tom profissional, como se a noite anterior não tivesse acontecido. — Já deixei tudo o que você precisa aqui. Tente descansar e siga as instruções.Ela começou a caminhar em direção à porta, mas, antes que pudesse dar mais um passo, sentiu a mão dele segurar firme seu braço. Ana parou de repente, o coração acelerando. Ela sabia
Ana entrou no hospital sentindo o peso da madrugada e das palavras de Lucas ainda gravadas em sua mente.''Vou tentar caminhar rápido pelos corredores, na esperança de não ser notada, mas sei que não vai adiantar muito. Márcia, com certeza vai estar me esperando'' – Ana pensou.Assim que virou o corredor principal, lá estava ela. Encostada na parede, braços cruzados, com aquele sorriso cínico e desdenhoso que só Márcia soubia fazer.— Ah, doutora Ana, finalmente de volta ao mundo real? — A voz de Márcia cortou o ar como uma faca afiada. — Acha que pode simplesmente aparecer quando quiser e tudo ficará bem?Ana sentiu o estômago revirar.''Tente respirar fundo, mantenha a calma e não deixe a Márcia perceber que suas palavras estão te afetando.'' – Ana pensou.— Eu tive um imprevisto, mas estou aqui agora e pronta para trabalhar — respondeu Ana, mantendo o tom profissional.Márcia riu, um som curto e cheio de desprezo.— "Pronta para trabalhar"? — repetiu ela, imitando o tom de Ana com
Era uma manhã cinzenta e úmida quando Lucas, ainda no apartamento de fuga, sentou-se à mesa, o apartamento pequeno e úmido era um refúgio temporário, mas ele sabia que precisava se mover rapidamente para garantir sua segurança.Ele retirou o celular descartável da bolsa e, com um olhar preocupado, discou o número de seu contato mais confiável.A linha estava carregada de uma eletricidade nervosa quando a voz do outro lado finalmente atendeu. — Sim? — a voz do interlocutor era baixa e controlada. — O que você precisa?Lucas respirou fundo. — Preciso de um novo apartamento, um que seja seguro e discreto. O lugar onde estou não é mais adequado. Estou sendo seguido e não posso ficar.— Entendido. — A voz respondeu com uma eficiência calma. — Pode me dizer o que você tem em mente para a nova localização? Alguma preferência?Lucas olhou pela janela, observando a cidade molhada e cinza. — Deve ser em um local reservado, longe da agitação. Preciso de algo com segurança reforçada e que passe
Ao chegar no apartamento de Lucas, Ana se viu diante de um edifício moderno. A arquitetura era uma combinação de vidro e aço, com um design arrojado que exalava luxo e descrição ao mesmo tempo. O porteiro, em um uniforme impecável, a cumprimentou com um aceno de cabeça e um sorriso cortês. — Senhor Lucas, Doutora Ana. — balançou a cabeça em sinal de cumprimento e abriu o portão para eles. Ana entrou no prédio e imediatamente foi recebida com muita elegância e segurança. O ambiente era decorado com móveis sofisticados e obras de arte contemporânea, tudo cuidadosamente escolhido para refletir um padrão de vida elevado. No saguão, alguns funcionários estavam ocupados organizando caixas e alguns móveis. Lucas, vestido de maneira casual porém sofisticada, estava ao lado de uma das recepcionistas, que rapidamente se afastou para dar passagem a Ana. — Bem-vinda ao meu novo lar, Ana. — Lucas disse, com um sorriso que mesclava alívio e cordialidade. — Espero que o lugar seja do seu agrad