Daniel estava visivelmente atordoado, repleto de dúvidas, medo , relacionadas ao que acabará de ouvir de José Alfredo. Algumas dessas dúvidas que vagam pela mente de Daniel, era o porque de José ter escondido por todos aqueles anos, uma pista que supostamente poderia os levar ao assassino de Afonso, bem como, o porque do mesmo trazer a tona a revelar desse facto, aquela altura da vida e justamente para ele Daniel que sempre deixou claro, que pouco se interessava em saber quem era o assassino de seu pai.
E então em meio aos seus pensamentos, Daniel regressou a realidade, estufou o peito e prontamente indagou de olhos arregalados.
— O que foi que você
A última frase dita por Daniel, serviu de combustível para que Rimena tomasse Daniel para um abraço apertado, repleto de ternura e gratidão, por sua vez, Daniel retribuiu sem exitar, e em meio ao abraço ela chorava enquanto murmurava o quão grata séria,e o quão feliz ficaria por saber que o filho que teve na verdade estava vivo e saudável . Tais palavras elevaram os sentimentos de Daniel, fazendo com que voltasse a cair ao choro, e após alguns minutos, ambos se desvencilharam e então Daniel colocou suas mãos sobre o rosto de Rimena, sorriu e disse. — Trazer para você seu bem mas precioso é o mínimo que posso fazer.— Murmurou Daniel em meio às lágrimas.— Sabe eu não sou perfeito, eu erro e falho e muito, mas eu n
Enquanto o momento de revelações de Daniel acontecia, Constância Maria em seu casarão, estava com uma jara de água, em frente a cama de Rodolfo, que por sua vez dormia profundamente, depois da noite de bebedeira no dancing. A mesma não exitou em jogar a jara por cima de seu filho , e assim o fez, no que acabou por lhe despertar aos sobre saltos, pois o susto foi extremo.__ A senhora está louca?__ Indagou aos berros pulando da cama.__ O único louco aqui é você. __ A senhora me molhou inteiro.__ Exclamou indignado enquanto analisava o seu, e o estado da cama.__ Deveria ter feito pior, depois do que você fez na noite passada. Seu irresponsável. __ Eu?__ Você sim.__ Não me lembro de nada.__ Típico dos bêbados…aprontam e no fim colocam a culpa na bebida.Rhodolfo pós s
Algum tempo depois, Constância Maria chegava a casa de Heitor. A mesma estava sentada no banco traseiro do seu carro luxuoso daquela época, finais dos anos 40, o mesmo estava a ser dirigido pelo motorista, e este por sua vez desceu do mesmo, e foi logo abrir a porta traseira, para que Constância pudesse descer.Não demorou muito para que esta estivesse diante da porta da casa de Heitor, e com três toques ela despertou a atenção dos que estavam no interior da mesma, no que foi atendida por pela governanta. __ Senhora Constância.__ Afirmou a mulher assustada. __ Bom dia. Meu genro se encontra em casa? __ Há! o senhor Heitor acaba de sair e não deve demorar. A senhora gostaria de entrar para aguardar o seu retorno? __ Sim por favor. __ Exclamou Constância.E então a mulher Governanta cedeu-lhe passagem. Constância adentrou ao casarão, onde sentou-se em um dos sofás da sala enorme, no que a fez dep
José Alfredo virou-se para trás e de seguida disse. __ Por medo. Medo que de ser acusado, pois qualquer um pensaria assim, como eu iria explicar o facto de ter invadido uma casa ? __ A polícia colocaria à culpa em você. __ Sim. __ Era isso que você tinha para me dizer, que você encontrou Afonso já morto?….sinceramente eu acho que isso não muda nada nesse mistério. __ Muda sim…desde que eu te mosrtre isso aqui. Afirmou entregando um pequeno embrulho de papel que trazia em suas mãos. __ O que é isso?__ Indagou Daniel apreensivo enquanto pegava no embrulho. __ Abra e veja.E então Daniel abriu o embrulho e lá estava um lenço marrom, borrado de sangue. De imediato o mesmo tomou a atenção de José Alfredo._
O vento fresco passeava por todos os cantos, fazendo o cabelo de ambos esvoaçar como se fossem fios de cetim. Aquela altura o beijo estava mais intenso, calmo e apaixonado. Daniel estava feliz sorrindo em meio a tudo aquilo, bem como José Alfredo.De repente em algum momento, lapsos de memórias de um passado desconhecido por ambos começaram a surgir. Daniel viu-se naquele mesmo local com José Alfredo, e eles tinham roupas do século XIX, fazendo com que um forte sentimento indecifrável invadisse seu coração abruptamente. Naquele momento o beijo começou a cessar com leves estalos, José por sua vez tinha suas mãos colocadas às duas faces de Daniel, bem como sua testa grudada.E então os olhos de ambos se abriram. Dando espaço para o ar de suas respiraç&oti
Após alguns minutos, Rimena e Roberto se desvencilharam. Rimena por sua vez baixou a cabeça encabulada, no que fez, com que Roberto à erguesse pelo queixo. __ Nunca senti isso antes. __ Sussurrou, e um sorriso formou-se ao rosto de Rimena. __ Também não. __ Afirmou. __ Esta ciente de tudo que terá que enfrentar por nós…por mim? __ Sim, eu estou. Enfrentarei a sociedade, minha mãe e até mesmo Heitor caso tente nos separar. A partir de agora tenho certeza que sem você ao meu lado, nada fará sentido algum.Roberto sorriu e de seguida acariciou o rosto de Rimena. __ Enfrentaremos tudo isso juntos. Eu você e Ritinha seremos uma família.__ pausou após um suspiro de esperança.__ Uma família feliz.  
um cheiro familiar preencher o espaço. De imediato a mesma colocou a calça em seu nariz, para poder se certificar de uma possível alucinação. E não, ela não estava a ter uma alucinação.__ O que o perfume de Daniel faz nas roupas de José Alfredo? __ Questionou-se apreensiva.Naquele momento enquanto isto acontecia, Pedro continuava atônito, observando Daniel e José Alfredo aos beijos. Com malícia o mesmo sorriu e de seguida começou a afastar-se para trás em passos silenciosos, pois não lhe era conveniente que Daniel descobrisse que ele já sabia de toda à verdade.Daniel por sua vez impurou José Alfredo, após reunir forças para tal, pois seu coração o queria por perto, mas sua razão não.__ Saia daqui.__ Exclamou lacrimejando. __ isto não poderia ter acontecido novamente
O coração de José Alfredo havia disparado seus batimentos, sua boca ficou seca, e suas mãos começaram a suar freneticamente. Em sua mente o mesmo procurava alguma coisa que pudesse dizer, no entanto estava difícil pois, à tenção no lugar, estava maior que antes, isto é, a cada segundo que se passava. __ Responda minha questão.__ Exclamou Eva novamente. __ O que o perfume de Daniel faz em suas roupas?E então José Alfredo sorriu, suspirou e de seguida caminhou em direção a cama onde sentou-se à borda, Eva virou-se tomando sua atenção com a calça em suas mãos, a feição em seu rosto rosto continuava à mesma, à de quem aguardava por uma resposta. __ Por acaso falei alguma engraçada? __ Claro que sim.