um cheiro familiar preencher o espaço. De imediato a mesma colocou a calça em seu nariz, para poder se certificar de uma possível alucinação. E não, ela não estava a ter uma alucinação.
__ O que o perfume de Daniel faz nas roupas de José Alfredo? __ Questionou-se apreensiva.Naquele momento enquanto isto acontecia, Pedro continuava atônito, observando Daniel e José Alfredo aos beijos. Com malícia o mesmo sorriu e de seguida começou a afastar-se para trás em passos silenciosos, pois não lhe era conveniente que Daniel descobrisse que ele já sabia de toda à verdade.
Daniel por sua vez impurou José Alfredo, após reunir forças para tal, pois seu coração o queria por perto, mas sua razão não.
__ Saia daqui.__ Exclamou lacrimejando. __ isto não poderia ter acontecido novamenteO coração de José Alfredo havia disparado seus batimentos, sua boca ficou seca, e suas mãos começaram a suar freneticamente. Em sua mente o mesmo procurava alguma coisa que pudesse dizer, no entanto estava difícil pois, à tenção no lugar, estava maior que antes, isto é, a cada segundo que se passava. __ Responda minha questão.__ Exclamou Eva novamente. __ O que o perfume de Daniel faz em suas roupas?E então José Alfredo sorriu, suspirou e de seguida caminhou em direção a cama onde sentou-se à borda, Eva virou-se tomando sua atenção com a calça em suas mãos, a feição em seu rosto rosto continuava à mesma, à de quem aguardava por uma resposta. __ Por acaso falei alguma engraçada? __ Claro que sim.
Algum tempo depois Eva estava mas calma, e aquela altura sentada à borda da cama com um copo de água em suas mãos. Daniel por sua vez, puxou a cadeira que ficava em frente a escrivaninha e colocou à passos em frente dela, sentando de seguida com feição de apreensividade. Eva tomou sua atenção e nada disse. A tristeza estava evidente em seu rosto. __ A senhora está mas calma agora? __ Perguntou em tom de compreensão. __ Sim. __ E não vai me contar o que aconteceu para fazê-la chorar daquela maneira. Aliás eu até sei que têm haver com José Alfredo, resta saber o motivo.Eva suspirou. __ Ele não é o mesmo de antes__ Afirmou.__ e de uns tempos para cá, ele mudou
Momentos podem representar ou ter significados diferentes, eles podem ser intensos ou não, e para Eva aquele estava a ser um momento feliz extremamente intenso, bem diferente da óptica de José Alfredo em meio a tudo aquilo. Aquele altura José se encontrava atordoado, com um misto de sentimentos em seu coração, pois o filho que tanto almeijou, veio no momento mais impróprio de sua vida, porém ele não deixava de ser seu filho. Por outro lado, Eva continuava sorridente e cheia de esperança, como se aquela criança a caminho, fosse a solução para a reconstrução de seu casamento, uma luz ao fim do túnel, ou até mesmo a magia necessária ao qual se perdeu consoante o tempo foi passando, no entanto Daniel estava com a feição em meio a alegria e tristeza pois, por um lado ele ganharia um irmão,
Após a saida de Pedro, José Alfredo ficou pensativo, tentando decifrar às insinuações de Pedro, pois o medo que este pudesse saber de sua história com Daniel era enorme. "Será que ele sabe de alguma coisa…não, é improvável que isso aconteça e se ele soubesse com certeza contaria toda a verdade para Eva" __ José, José,José aonde você foi com sua cabeça?__ indagou Eva. __ Me…me desculpe, estava pensando na ideia de ser pai pela primeira vez. __ mentiu. __ Você será um pai maravilhoso. __ Você acha? __ Não só acho, como tenho a certeza. E por isso acabo de ter uma ideia. __ Qual ideia? __ Amanhã é sábado, daremos um almoço no jardim do casarão , com toda a família, a sua e minha, assim contaremos a todos que estamos esperando por nosso primeiro filho. __ Tudo bem, que seja como você quiser. Agora vou para fábrica.__ Concluiu dando-lhe beijo na testa. No topo das escadas Pe
Tempos depois Pedro estava em seu quarto com todas às cortinas fechadas. E Diante do mesmo estava uma bacia de alumínio ao qual ele usava para lavar o rosto, nela continha água e as fotografias submersas que aos poucos começavam a ganhar forma e traços em preto e branco. Lentamente e com cuidado, Pedro mergulhou às mãos na bacia, e de seguida retirou o primeiro retrato de Daniel e José Alfredo aos beijos. Naquele instante os olhos de Pedro brilharam como se aquele pedaço de papel fosse um diamante cintilante. __ Você destruiu minha vida Daniel, tirando meu pai de mim , o único nessa família que se importava comigo de verdade. Agora eu é que vou destruir a sua vida, tirando o amor de nossa mãe de você. __ Afirmou em tom de ódio. * * * Aquela altura Daniel e
Após alguns minutos Daniel cessou os beijos, se desvencilhando dos braços de José de forma abrupta enquanto sorria. Aquela altura o mesmo levatou-se, começando a correr pelo campo, José Alfredo no entanto sorriu ao entender aquilo como um jogo, o que fez-lhe colocar-se em pé, com às mãos em sua cintura.__ Eu vou pegar você.__ Gritou determinado.__ Eu duvido.__ Respondeu Daniel a metros de distância respirando ofegantemente.José Alfredo por sua vez começou a correr em sua direção , e aquela altura Daniel desviava entre os arbustos, ao mesmo momento em que sorria. Na mente de ambos todos os problemas desapareceram, como se somente eles existissem no universo, tudo tornou-se fácil, claro ou até mesmo simples.Com isso, Daniel acabou perdendo para José Alfredo, que o fez cair na grama, e não demorou para ambos começarem a rebolar pela grama, como se fossem duas crianças sapecas. Até que Jos
Roberto estava completamente atordoado com tudo o que acabará de ouvir. No entanto Rimena chorava, pois tirar para fora seu passado tão doloroso, foi como mexer em feridas não cicatrizadas, com isso abertas.__ Co..como…que história é essa Rimena. Você está me dizendo que o pai do Daniel, aquele que morreu misteriosamente, estuprou você?Durante o tempo em que se passou, Roberto havia conhecido Daniel, bem como tomado conhecimento do mistério da morte de Afonso no passado, porém a história ao qual acabará de ouvir lhe era, extremamente inacreditável.__ Sim Roberto ele mesmo, Afonso Azarova esse homem maldito que destituiu minha vida. __ Exclamou em tom de ódio.__ Conte-me essa história direito, preciso saber de tudo. Eu preciso Rimena, pois se esse homem não estivesse morto, eu juro que que o matava…Por Deus como ele pode, como. __ Exclamou expressando sua indignação.E não demorou pa
Ao amanhecer.20 de setembro de 1948.Aquele dia amanheceu ensolarado, pássaros cantarolando por todos os cantos, ar fresco entrando pelas janelas da Fazenda.No entanto Daniel aquela altura estava pensativo diante da janela de seu quarto, contemplando a paisagem além do horizonte, quando de repente escutou a voz de Pedro. __ É engraçado o quanto você consegue ser hipócrita ao ponto de dormir todos os dias sem sentir peso na consciência.De imediato Daniel virou-se para trás enfurecido.__ O que você faz aqui Pedro, eu já não disse para você não chegar perto de mim, muito menos entrar em meus aposentos?__ Brevemente você pagará por tudo o que fez, e seu Castelo de cartas será destruído assim como você. __ Afirmou se aproximando lentamente, enquanto se expressa em