O processo de adaptação é difícil.

Perdi a noção do tempo, sobretudo porque já estava no segundo cateterismo quando recebi a mensagem da enfermeira de que meu tio me aguardava no refeitório. Terminado o procedimento, cheguei ao local e tirei a touca da cabeça. Ele estava de costas, tomando um suco.

— Oi, titio lindo.

Ele me olhou e acompanhei seu olhar especulativo.

— Estranhou a vestimenta? A vida de um médico é assim. Estava no centro cirúrgico. Estou com roupa apropriada, não tive tempo de tirar, desculpe.

— Você está com sangue respingado na roupa.

— Ah, isso é normal.

— Tem como se trocar para almoçar comigo, por favor?

— Não sei se quero almoçar, temos muitos pacientes hoje — respondi com um sorriso radiante, por estar fazendo o que amo.

— Agora, Min-Ji.

Murchei e não disse mais nada. Em um bom português, saí com o rabinho entre as pernas. Ele sabia mandar sem ser grosso.

Saí e retornei pouco depois com a roupa normal e jaleco branco. A comida já estava na mesa.

— Por que está bravo comigo?

— Porque no primeiro
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