Bruno Ricci

Depois de alguns minutos eu encontrei o armazém, era um prédio grande de um andar ao longo da costa, havia um furgão na frente dele. Luzes brilhavam de dentro.

Tinha que ser aqui, mas será que eu cheguei a tempo?

Desliguei o motor do meu carro e pulei para fora em um instante, o cascalho rangia sob meus sapatos enquanto eu corria para as portas do armazém. Elas foram abertas, com a luz vazando ao pátio externo.

Carlos estava certo, eu não sabia o que me esperava lá dentro, mas também não importava mais.

Não havia tempo pra isso.

Com os olhos semicerrados pela forte luz sintética, passei pela porta do armazém vasculhando o ambiente em uma velocidade vertiginosa.

E lá estava ele: Rafael com roupas manchadas de sangue e as mãos manchadas de vermelho, ele estava sobre um corpo. Abaixo dele, mole no chão de concreto, estava Patrícia, com seda do seu vestido e sangue carmesim acumulando-se ao seu redor.

Não...

Não pode ser.

Não estou muito atrasado.
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