Apaixonada Pelo Namorado da Minha Irmã
Apaixonada Pelo Namorado da Minha Irmã
Por: Agnes Sparks
Capítulo 1 • Brooke

— Não me olha assim — murmurei, sustentando seu olhar. Olhos verdes como as árvores, ou como a grama. Olhos verdes com bordas na cor castanho.

— Assim como? — questionou ele, com um sorriso ladino. Um sorriso que já dizia tudo. Eu não precisava dar continuidade na frase pois nós dois sabíamos o que aquele olhar significava. 

— Como se quisesse foder comigo — falei, em tom alto e claro. Sem medo dele, ou medo de alguém ouvir. 

— Ah — ele riu, como se estivesse zombando de mim. — É porque eu realmente quero — seus dedos estavam enrolando nos cachos de meus cabelos. E eu estava quase sem ar, quase com meu coração parando de bater, quase me entregando a ele. 

— Eu odeio você! — murmurei, lembrando do dia em que nos conhecemos. Estava tudo esquematizado. Nossos olhares se encontraram, tudo deu exatamente certo. Se tivéssemos conseguido fugir da multidão naquele dia, teríamos nos pegado muito. Mas não deu. 

Então continuamos fingindo, continuamos nos provocando. Continuamos com os olhares e brigas superficiais. 

— Odeia tanto que quer transar comigo — ele disse de volta, sua respiração estava perto demais. Seu sorriso sarcástico e ladino estava perto demais, seus olhos verdes e castanhos e profundos estavam pertos demais. E eu não conseguia manter minha respiração em um ritmo adequado ou ao menos convincente. 

Olhei para os lados, com medo de alguém ouvir nossa conversar. Com medo de alguém perceber o que realmente somos e o que realmente queremos. Tive medo de a verdade ser descoberta, medo dela me odiar para sempre, pois eu a amo demais para sentir seu ódio eterno.

— Era para você ter me conhecido primeiro... — sussurrei. 

— E eu conheci — ele respondeu, me alcançando o copo de bebida. Realmente, ele me conheceu primeiro. E a faísca surgiu assim que nos olhamos, nós dois pensamos na mesma coisa. Nós dois pensamos. 

— Mas ficou com ela — eu murmurei, esboçando um sorriso triste. Talvez fosse o álcool, ou a amargura. Talvez fosse a porra do meu noivado desmoronando. Talvez fosse inveja pois eu o queria muito, mais do que ela. 

Eu o queria tanto, e eu podia tê-lo. Pois a atenção dele foi roubada no momento em que seus olhos estavam em mim. Nós dois sabíamos que, nós dois queríamos a mesma coisa. Se eu não estivesse noiva, com certeza agora seria eu no lugar dela. 

— Você está noiva, o que queria que eu fizesse? — fez a pergunta, dando de ombros. Como se a culpa de toda essa bagunça não fosse dele também. Como se ele fosse apenas a vítima da história. 

Olha o que está me fazendo fazer, está fazendo com que eu seja uma m*****a vagabunda. Estou cobiçando o namorado da minha irmã, estou tendo fetiches e imaginando ele em cima de mim enquanto meu noivo me come, enquanto eu tento não gritar o nome do outro dentro das quatro paredes daquele quarto. Quando tudo o que penso é tentar ao menos sussurrar o nome do meu noivo, enquanto estou desejando outra pessoa. Meu cunhado.

Maldito senso de humor igual ao meu, maldito corpo perfeito, maldito sorriso arrogante e sarcástico, malditos pensamentos iguais e, maldito olhar. Estava tudo indo bem, nós estávamos bem até ele aparecer. Com toda essa marra e essa confiança, e foi por isso que me apaixonei. A confiança dele, a porra da confiança que diz "eu tenho qualquer vadia na minha cama a hora que eu quiser" e porra... Como eu queria ser essa vadia. 

Mesmo que ele tenha quase vinte anos a mais do que eu, mesmo que ele esteja namorando minha irmã. Mesmo que ele tenha quase a idade do meu pai, mesmo que eu esteja noiva.

Mesmo que ele tenha esse maldito sorriso que deixa qualquer mulher rendida. E eu tenho que engolir seus olhares, tenho que fingir não ligar quando ele encosta em mim na frente dela. Mas ele mente tão bem, ele coloca a mão na minha perna e ele ri, e fica me elogiando e dizendo o quão perfeita que eu sou. 

Uma vez ela disse "se acha ela tão perfeita, termina comigo e fica com ela então". Porra, eu senti meu coração parar de bater por alguns segundos. Mas eu realmente estava concordando. Não, não vale a pena perder minha irmã por causa dele. Mas como eu queria que ele não tivesse escolhido ela, como eu queria que ele tivesse apenas se afastado então tudo isso iria passar. Era apenas um flerte inocente, uma paixão passageira e, um tesão temporário. 

— Nada, nada que você fizesse iria mudar isso — eu disse as palavras, eu fui forte para dizê-las. Meu noivado está por um fio e eu ainda estou tentando mantê-lo, estou tentando ser a noiva perfeita. Mas há mais pessoas em jogo. Minha relação com minha irmã está em jogo, não posso colocar tudo a perder. 

— Está mentindo! Posso ver em seus olhos essa merda de mentira. Pode falar a verdade, Brooke... — ele se aproximou, roçando os lábios em meu ouvido. — Não tem ninguém olhando. 

Ah, porra, eu sei disso! E como eu sei. Sei que ela prefere dar atenção a outros caras do que a ele. E também sei que meu noivo é tão merda que não consegue nem me acompanhar em qualquer coisa que eu faça. Sim, hoje é meu aniversário de vinte anos e ele não está aqui. Bom, ele prometeu que estaria, mas quando liguei em seu celular deu caixa postal. Quando enviei mensagens pelo whats, ele recebeu todas e não respondeu nenhuma. Me pergunto o que ele está fazendo agora e, conhecendo-o bem, está esperando acabar "só mais essa partida" para vir ao meu encontro.

Para vir a essa merda de festa porque foi ele mesmo quem pagou metade dela. Não havia como Chris esquecer disso, não havia. E não, eu não acho que algo tenha acontecido com ele. Pois eu o o conheço bem. 

— Eu já disse o quanto eu odeio você? — sussurrei, engolindo em seco. Sentindo ele tão perto, e minha respiração tão ofegante. Sentindo o calor em meu rosto e, principalmente o calor entre minhas pernas. Isso é verdade, eu odeio Connor, odeio ele com todas minhas forças. Odeio ele por ter começado a namorar com minh

a irmã enquanto eu estava gamada nele.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo