Sinto braços rodearem minhas pernas e costas. Sem abrir os olhos, sinto o perfume masculino doce, cheiro de bebida e loção pós barba. Sinto o tecido da camiseta encostar em meu rosto, meu corpo é erguido e levado lentamente. Ouço a porta do carro, depois a porta de casa, e logo estamos no meu quarto. Finjo estar dormindo, continuo com os olhos fechados. Continuo sentindo meu estômago embrulhado, minha cabeça girando e a boca seca.
— Só apaga a luz e fecha a porta, vou arrumar a cama pra nós — ouço a voz de minha irmã assim que entramos no cômodo. Passos se afastam do quarto. Ela foi para o dela no andar de cima, no final do corredor.
Connor me solta no colchão macio, cuidadosamente tirando seus braços debaixo de mim. Afastando-se em silêncio. Eu resmungo, como se estivesse acordando agora. Abro lentamente meus olhos, piscando algumas vezes. Vendo seu rosto bem perto do meu.
— O que tá fazendo aqui? — sussurrei, abrindo um sorriso ladino. Segurando-o pela gola da camisa.
— Sua irmã está me esperando — sussurrou de volta, seu hálito quente em meu rosto. Consigo sentir o cheiro do uísque, misturado ao cheiro de chiclete de canela. — Só vim deixar você na cama, adormeceu no carro e sua irmã não conseguiu te acordar.
Eu estava acordada, mas queria sentir os braços dele. Queria que ele me pegasse no colo, me levasse pra cama. Deu certo, nós estamos aqui agora.
— Ainda não me deu meu presente de aniversário — fiz beicinho. Estou bêbada, completamente bêbada e sem pensar direito. Só quero sentir seus lábios, sentir seu cheiro, sentir seu corpo quente junto ao meu. Ainda estou com os dedos presos na gola de sua camisa, mantendo-o perto o bastante.
— Qual foi seu pedido de aniversário quando assoprou as velas? — sussurrou ao pé do meu ouvido, fazendo com que eu mordesse o lábio inferior. Ele olhou para a porta do quarto, certificando-se de que Blanca estava lá em cima ainda.
— Eu pedi você — minto. Diria qualquer coisa agora para tê-lo comigo. Foda-se Blanca, Foda-se Chris, foda-se todos eles. Eu conheci Connor primeiro, era comigo que ele deveria estar.
— Pedido inusitado — sorriu de lado, aproximando-se mais. Roçando devagar nossos lábios. O cheiro dele acaba por se misturar com o meu, parecendo criar um novo perfume. Eu tento permanecer calma, mesmo com toda impaciência, desejando ter Connor em cima de mim.
Engulo em seco, nossos olhos estão fechados. Nossos lábios entreabertos. Eu aperto nossas bocas, selando-as. Seguro em seus cabelos, sem dar a ele tempo para se afastar. Dou a primeira investida, passando minha língua por seus lábios. Ele abre a boca, e então nossas línguas se encontram. Consigo sentir o sabor, sabor de álcool e bolo de chocolate. Sua mão está em minha cintura, apertando delicadamente.
Connor e eu trocamos de lado, tento puxá-lo para mais perto, tento aprofundar nosso beijo. Ele está com uma mão em minha cintura e a outra em meu rosto, acariciando minha bochecha com seu polegar. Ele age como se eu fosse feita de porcelana, como se eu fosse quebrar a qualquer momento.
Mordisco seu lábio inferior, puxando-o devagar. Nós mal respiramos e já voltamos a nós beijar. Nossas línguas se encontram novamente, uma faísca percorre todo meu corpo. Sinto minha buceta latejar, quero senti-lo dentro de mim. Quero me ajoelhar e colocar seu pau em minha boca, sugando até fazê-lo gozar em minha boca.
Mas apenas levo minha mão até o volume de sua calça, sentindo o quanto ele me deseja. Sentindo o quanto seu pau está duro e pulsando em minha mão.
— Eu quero — sussurro, masturbando-o. Tentando trazê-lo até mim, enquanto abri minhas pernas esperando por ele. Esperando para que se entre em mim e esqueça que minha irmã está no andar de cima. Provavelmente apagada, de certo foi arrumar a cama, deitou e dormiu. Eu conheço Blanca, ela está dormindo agora.
— Eu já te dei teu presente de aniversário. E além do mais, você está bêbada. Vai se arrepender disso amanhã — disse ele, lutando contra si mesmo para se afastar de mim. Afastando minhas mãos do seu corpo.
Sorri maliciosamente, vendo o desenho de seu pau duro. A calça marca tudo, se Blanca estivesse acordada ele se meteria em problemas por causa disso.
— Qual é, Connor... Sabe que ela está dormindo. Ela dorme tão rápido, e tem o sono tão pesado — murmurei, levantando meu vestido e deslizando a calcinha rosa de fio dental, deslizando até jogá-la em sua direção. Ele engoliu em seco, olhando novamente para as escadas. Depois olhando para mim, descendo os olhos por todo meu corpo. Parando em minhas mão, ou, em meus dedos brincando com meu clitóris.
— Garota m*****a — ele praticamente rosnou, segurando-me pelo pescoço. Enquanto deixo um sorriso malicioso nos lábios. Connor desceu sua mão até minha buceta molhada e aprofundou dois dedos, usando o polegar para esfregar meu clitóris. Enquanto ele apertava devagar meu pescoço. Gemi, sentindo seus dedos me tocarem. Ele me beijou, e logo mordeu meu lábio inferior sem tirar os olhos do meu.
— Eu preferia que fosse seu pau, não seus dedos — murmurei, ainda mantendo um sorriso no rosto.
— Quando estiver sóbria, a gente transa — avisou. Saindo de cima de mim. Revirei os olhos, não acredito que ele não vai transar comigo por causa disso. Temos mais de dez motivos para não transarmos, mas o único que ele usou nesse momento foi minha embriaguez.
Connor saiu do quarto e encostou a porta, olhei no relógio e eram quase 09h da manhã. Se eu não estivesse caindo de sono agora, provavelmente eu iria chorar por ele não ter me fodido. Mas estou esgotada, já chorei demais por um babaca que nem me merece. Que nem estava comigo hoje. E não me arrependo de ter traído ele, me arrependo de ter traído Blanca. Mas jamais Christopher. Se eu pudesse, jogaria isso na cara dele. Jogaria na cara dele que ele não consegue ao menos me deixar excitada, já outro homem, me deixa ensopada e delirando de tesão.
Preciso terminar meu noivado, nós estamos apenas empurrando com a barriga. Agora eu vejo isso. Eu não amo Christopher.
Empurrei a porta do quarto, encontrando Blanca desmaiada na cama. Ela chega a roncar, está em um sono profundo. O que me faz desejar descer essas escadas agora e entrar naquele quarto. Mas o que eu falei era sério, não vou transar com ela bêbada. Já começamos errado, ela está noiva, eu sou namorado da irmã dela. Blanca quer se casar comigo, eu ainda não sei o que quero por causa de Brooke. Eu me lembro do dia em que nos conhecemos, lembro da faísca, a atração. Eu coloquei uma bermuda jeans branca, acompanhada de uma camiseta estampada com desenhos do Bob Esponja. Tênis Air Force branco, meias uma amarela com a cara do Bob Esponja e outra rosa, com a cara do Patrick estrela. Eu sei, não sou muito adulto. Deixei meus cabelos com gel em um topete meio bagunçado, mas charmoso. Entrei no carro e dirigi até aquele aniversário na casa de meu amigo, nós sempre fomos bons amigos. Mas o tempo nos afastou. Eu segui minha vida, ele a dele. Eu me casei, tive minhas filhas. Carter e eu temos apen
Braços rodearam minha cintura, depois desceram até meus seios. Deixando um aperto suave. Ele voltou atrás e veio correndo pra mim. Me virei devagar, ainda sonolenta. O sorriso em meus lábios desmanchou-se. — O que tá fazendo aqui? — perguntei, enquanto Christopher passava a mão pelo meu corpo, indicando que queria sexo. — Eu sou seu noivo, tenho a chave de casa. Não era para eu estar aqui? — revirei os olhos. Ontem, em um dia importante, ele não estava. Não se importou se era meu noivo no dia de ontem. Poxa, eu estava fazendo vinte anos. Todos aniversários são importantes, mas só Chris sabe o quanto eu planejei essa merda de aniversário. Eu fiquei três meses focada só nisso, planejamos tudo, desde os copos, à canudos personalizados e lembrancinhas. Ele me ajudou, ele quem escolheu o tema da festa. — Só queria passar o dia com minha Barbie — disse ele. — Bebeu ontem? — questionei, sentindo o cheiro forte de álcool. Apenas não sei de qual de nós é o cheiro. — Não, mas você não me ob
O tempo não passava, e mesmo depois do café permanecemos à mesa conversando. Brooke e Blanca eram as que mais tinham assunto, estão o tempo todo falando mal de alguém. Essa é a única diversão delas. — Como assim você não sabia que ela está grávida? Ela já está quase ganhando! — Blanca praticamente gritou, fazendo a irmã mais nova dar risada. Carter conversa comigo, mesmo eu não prestando muita atenção em suas palavras. Seu assunto é o mesmo de sempre, futebol e jogadores de futebol e jogos de futebol. — Sim!! Ele se casou de novo! Já é a terceira vez! — Agora era Brooke quem falava.que mania que elas tem de ficar falando da vida dos outros. Christopher revirava os olhos, ficava bufando e tamborilando os dedos na mesa, deixando bem claro que não queria estar ali. Encarei seu semblante impaciente, olhando para Brooke e depois para Blanca. Ele não consegue nem fingir pela namorada, não se esforça o mínimo por ela. Ele afasta a cadeira bruscamente e se levanta, avisando Brooke que est
Passei o dedo indicador por seus lábios carnudos, depois toquei seus cabelos ruivos. Deixei um sorriso desenhado em meus lábios, não mostrando os dentes para ele. Connor apertou minhas coxas, apertando mais a medida que ia deslizando suas mãos para cima, fazendo-me arfar. - Você gosta de jogar, não é? - ele deixou um beijo molhado em meu pescoço. Balancei a cabeça em afirmação, sem tirar o sorriso do rosto. - Eu gosto dos jogadores. É divertido - sussurrei, mordendo o lóbulo de sua orelha. - Garota maldita... - sinto sua ereção entre minhas pernas. Ele segura firme meu cabelo, selando nossos lábios com força, sugando minha língua, mordendo meu lábio inferior. - Adoro quando me chama assim. - Puxo devagar seus cabelos que tem uma mistura de vermelho e laranja, estão arrumados em um topete para direita. Connor tem sardas no rosto, às vezes tem olhos castanhos, às vezes tem olhos verdes. Hoje seus olhos estão tão verdes que se assemelham a uma floresta. Suas mãos percorrem meu corpo
Brooke está descendo as escadas, com uma roupa tão curta e justa que consigo imaginá-la sem essa peça.Tento ignorar sua roupa, tento ignorar seus olhos buscando por qualquer sinal de aprovação da minha parte.Olho para Blanca, atrás dela. Com uma saia e uma blusa decotada. Muito mais simples e decente. Blanca é uma mulher linda, e eu a acho maravilhosa. Mas digamos que seu corpo mudou bastante após a maternidade, pelas fotos que vi dela antes, ela era magra e com seios grandes. Agora está um pouco acima do peso, mas com seios e bunda e pernas fartas. Mas sua personalidade supera qualquer aparência física. Ela tem inúmeras qualidades, e eu não saberia listar todas elas. Mas realmente, escolher uma roupa que fique bem nela... Não é uma de suas qualidades. Não quando estou comparando-a com Brooke. Acho que estou sendo maldoso, Brooke acabara de sair da adolescência e ainda tem um corpo perfeito. Com uma cintura fina e barriga chapada, com coxas grossas e seios durinhos. Ainda tem a pel
Peguei Blanca no colo, fazendo uma força quase inexistente em mim. Notei que suas calças estavam molhadas, ela mijou no banco de trás do meu carro. Bufei, tentando ignorar o que ela fez pois está muito bêbada e brigar não irá adiantar nada. Brooke abriu a porta de casa, logo entrei e levei Blanca para a banheira. A irmã mais nova me ajudou a dar banho na mais velha, enquanto nós dois seguravamos a risada ao ouvir ela resmungar e chorar por conta da água morna. — Você tá passando vergonha — disse Brooke para a irmã. Que parece estar meio acordada mas com a quantidade de bebida que está em sua cabeça ela nem parece se importar. Vestimos a garota de cabelos loiros acobreados, logo a coloquei na cama. Joguei um lençol por cima de Blanca e sai para levar Brooke em casa. O que não me parece ser minha melhor decisão, mas sim a única opção. Não vou deixá-la ir sozinha de Uber essa hora. Precisamos acabar com isso, não posso mais sentir nada pela Brooke. E ela também não pode mais sentir n
Abri a porta do quarto, joguei os saltos pro lado e tirei o vestido apertado. Deitei ao lado de Chris e logo ele se virou sonolento, abriu um dos olhos e pegou seu celular. Conferiu o horário e guardou novamente. — Estava com Blanca e Connor até agora? — perguntou ele, balancei a cabeça em afirmação. Poupando minhas explicações inúteis, ele não se importa. — Podia ao menos ter me avisado que iria voltar tarde, estou até agora sem jantar. — Mamãe não te chamou pra jantar? — perguntei, ainda com os olhos fechados. — Sim, mas você sabe que eu tenho vergonha de jantar com seus pais. Pode ir servir alguma coisa pra mim comer? — ele perguntou. Dei uma risada irônica. Isso só pode ser brincadeira. Ele realmente está cagando para onde passei a noite, está se importando apenas com seu estômago. O mesmo egoísta de sempre. — Claro, amor — murmurei, levantei da cama e coloquei uma camisa dele. Fui até a cozinha e peguei um prato. Fiz omelete com bacon, servi macarrão e frango assado. Coloquei
— Posso dormir aqui hoje? — perguntou Brooke para a mais velha, Blanca deixou um beijo no topo de sua cabeça e balançou a cabeça em afirmação. Logo Blanca colocou sua filha para dormir com nós e arrumou a cama da pequena para Brooke, que se aconchegou nas cobertas cor de rosa da Barbie. — Tenta acalmar ela, eu já volto — avisou minha namorada, fiz uma careta insinuando que não queria ter que acalmar sua irmã mais nova porque ela simplesmente terminou um relacionamento. — Foram três anos — sussurrou Brooke assim que a irmã saiu do quarto. Me sentei na beirada de sua cama e peguei o celular das mãos de Blanca. A tela estava aberta em um vídeo deles, revirei os olhos e desliguei o aparelho. — Não acredito que tudo acabou assim. Ele não tinha esse direito! — Qual é a sua, Brooke? — eu quis saber, não entendendo todo seu drama. — Você saiu para uma festa e ficou com umas dez pessoas no mínimo, ficou comigo, ficou só me provocando a noite toda e ainda por cima ficou a noite inteira fala