Camille revirava os olhos enquanto ouvia Castro e Piazzi bater boca sobre o comando da operação. Tudo que ela queria era que o assunto fosse resolvido para ir embora e conversar com Bella. Queria se acertar pessoalmente, mesmo que elas tivessem conversado por mensagem algumas vezes, Camille não achava o suficiente.
- Eu ficarei a frente, vocês se entendam pois irá trabalhar em equipe. - Disse o diretor.
- Eu posso carregar a cruz, agora ela não sei. -- Mônica concluiu olhando Piazzi desafiadora.
- O que está insinuando com isso? -- A delegada questionou se aproximando de Castro e mantendo o olhar preso ao dela.
Diferente das outras vezes o silêncio no carro é incômodo, o som encontra-se desligado e Camille quieta. Notei sua postura mudar quando saímos da família Castro, não perguntei o que houve, mas pelo tempo de convivência sei que tem algo incomodando-a talvez eu já saiba o que é.Volto a fechar meus olhos e pensar no dia de hoje, ver os olhos da minha esposa brilhar ao saber que seria mamãe também não tem explicação, mesmo diante a atitude impensada que cometi.Sinto o carro parar, ouço as portas serem destravadas, continuo do mesmo jeito e percebo Camille soltar
Chegamos ao fim!Obrigada a todos que acompanharam❤❤<~~~><~~~><~~~><~~~><~~~>Camille tateou com as mãos o lado em que Bella dormia, vendo que sua esposa não estava ali virou seu corpo para ver melhor, esperou alguns minutos deitada pensando que a jovem poderia estar no banheiro, mas não retornando para o quarto se levantou e saiu pela casa procurando-a ouviu barulhos vindo da cozinha e guiou seu corpo até lá.— Bella o que você está fazendo? — Camille perguntou vendo a pia suja de chocolate e sua esposa com uma colher de silicone na mão sentada em uma cad
Anabella tomava seu café da tarde na pequena cozinha, depois de ter ido na padaria comprar um real de pão e um pacote pequeno de pó de café."Esse pão parece que é de manhã, duro e seco" pensava a jovem enquanto terminava seu café da tarde.Ouviu batidas na porta e uma voz conhecida fez com que revirasse os olhos."Não acredito nisso"— Pois não, senhor Joaquim — referiu-se ao dono da casa onde morava de aluguel.— Anabelle você pode adiantar do mês que vem? — de longe Bella conseguiu observar seus olhos vermelhos, certamente estava drogado como das outras vezes.— Não posso, faz duas semanas que paguei o aluguel deste mês. - disse direta ignorando a cara de contragosto que Joaquim fez.— Está bem menina, estava precisando.— Claro! E a propósito é Anabella, com licença.Fechou a porta sem dar tempo de o senhor responder."Mais era só o que me faltava, se nã
Bella limpava a casa ao som de - Roxette - tinha gosto pelas músicas da cantora, assim como de outros que são dessa época, quando soube da morte passou semanas ouvindo dia e noite as musicas preferidas.Estava fazendo almoço para deixar tudo pronto antes de sair para trabalhar, optou por fazer um strogonoff, então se deu conta de que não tinha batata palha e resolveu ir no mercadinho para comprar. No bairro só ouvia falar do estado de seu Joaquim, que passou mal de madrugada de tanto que usou droga. "Infelizmente, é triste" pensou.Quando retornou colocou a comida para esquentar novamente, pegou um prato fundo e se serviu com pouca comida, Bella comia muito pouco fazendo se perceber que estava abaixo do peso, porém isso nada mais era do que seu estado psicológico abalado.Estava distraída almoçando quando seu celular tocou, lhe chamando atenção e pausando a música que tocava via bluetooth, por não esperar nenhuma ligação ficou surpresa ao ver o nome
Ao final do seu expediente Bella olhava preocupada para fora do restaurante, caia uma chuva nada branda logo pensou na sua casa, sempre que chovia ficava inundada só que dessa vez não saberia o que fazer pois sempre quando isso acontecia dormia na casa do ex namorado e sua amiga estaria trabalhando até de manhã. Desta vez teria que dormir no molhado, sua vontade de mudar daquele lugar era grande porém nunca conseguiu achar um aluguel mas em conta, então acabava deixando de lado."Irei me molhar toda, pior que o dia estava ensolarado. Se mamãe tivesse aqui iria ouvir poucas e boas, como "a gente sempre precisa ter uma sombrinha dentro da bolsa, faça chuva ou faça sol" e que irônico hoje é "faça chuva"Bem feito, agora aprende e na próxima não cometa a mesma burrada"Bella estava saindo para fora quando sua chefe a chamou:- Anabella amanha chegue duas horas antes, libero você mais cedo.- Sim Camille, até amanhã.A gerente apenas assentiu
AnabellaAbro os olhos com camille me chamando- Anabella, acorda - sua voz denunciava calma, e seu hálito vinho.E após verificar o local olhar de um lado para o outro e saber que eu estou no quarto, levo meu corpo ao abraço de Camille, não me importei se existe ou não intimidade porque assim como no sonho eu encontrei segurança no calor de tal ato.Ela não parece se importar, suas mãos passeiam pelas minhas costas sobre o tecido fino que me cobre em um vai e vem lento, muito lento que se der continuidade seria capaz de adormecer de novo. Meu rosto esta entre a curva de seu pescoço e o único perfume que sou capaz de inalar é o de sua pele. Seu cheiro é doce, me trazendo junto com as carícias relaxamento.Agradeço mentalmente por estar segura, a frequência de meus sonhos, melhor dizer, pesadelos tem me deixado em estado de pura agonia. Sei q
AndoMeio desligadoEu nem sintoMeus pés no chãoPela caixinha de som soava Marisa Monte - Ando meio desligado - enquanto Camille arrumava casa.OlhoE não vejo nadaEu só pensoSe você me querEu nem vejo a horaDe te dizerAquilo tudoSua voz acompanhava o ritmo da cançãoQue eu decoreiE depois do beijoQue eu já sonheiVocê vai sentir masPor favorNão leve à malEu só quero que você me queiraNão leve à malEstava tão dispersa que não notou a presença de Bella avaliando a mulher a sua frente. Parecia intocável, mas ali na sua frente era só mais um ser humano qualquer, dividindo a melancolia de uma canção que transpirava sentimentos.Camille ao sentir ser vigiada pausou a musica ainda de costas para Bella, e em uma girada rápida captou os olhos castanhos da jovem em si. Sorriu fraco ao perceber que a deixou envergonhada.- Imagino que esta ai tempo suficiente para me ouvir taga
- Eu preciso terminar essa bagunça, por favor vai embora, não temos mais nada para conversar.Bella falava irritada com seu ex namorado, duas horas depois que a jovem foi deixada em casa, Diogo bateu em sua porta. Como se não bastasse a chuva para lhe estressar com todo o estrago feito na noite anterior, se deparava com um homem pegajoso em seus pés, o rapaz desconhecia a palavra não.- Você não pode me expulsar - falou segurando firme os dois braços da jovem - olhe para mim. - gritou.- Eu não sei mais quem é você, ou o que se tornou para ser tão bruto com uma mulher - Bella dizia tentando se desvencilhar das mãos brutas do ex, porem esse transtornado pela raiva apertava mais.- Você me respeite, sempre disse me amar e agora não quer mais? - falou irônico - voce acha que eu sou bobo, quem é a pessoa pela qual me trocou?- Me solta, n&