— Mãe cheguei com uma visita surpresa. - Laura gritou assim que abriu o portão.
— Trouxe minha farinha? Quem é essa gente Laura? - Isaura questionou.
— É Belinha mãe, filha do seu Osvaldo, sua memória tá ruim mesmo hein, essa moça aqui é noiva dela. Vou lá buscar a farinha quando vi o carro parando em frente à casa dele, fiquei olhando já que o homem não recebe ninguém. - Laura disse e saiu.
— Anabella, quanto tempo minha filha, vem cá me dá um abraço - Isaura pediu tirando o avental do corpo.
— Muito tempo, saudades da senhora. - A jov
Sinto uma mão alisar meu braço, meus olhos estavam pesados demais para conseguir abri-los, minha cabeça lateja tanto de dor quanto de informação com tudo o que aconteceu. Se eu bem conheço essa família me deram calmante, mas eu nunca gostei do efeito desse medicamento por deixar meu corpo molengo. Por outro lado, me fez bem eu estava muito fora de mim.Me viro para Camille ficando de frente pra ela, abro meus olhos para vê-la e os seus me encaram preocupados.— Que horas são? - Pergunto baixo, vejo minha noiva levar o braço perto do rosto e olhar seu relógio de pulso para me responder.— Cinco e vinte. - respondeu baixo. Sinal vermelho, poucas pessoas na rua, ônibus lotado, não importa se o dia ainda está amanhecendo, o Rio de Janeiro já está acordado há muito tempo e junto seu ar tórrido. Sair de casa antes das seis nunca foi tão difícil desde que Bella mora comigo, me despedir é a parte que menos gosto mesmo sabendo que no fim do dia ao chegar nos veríamos.Uma ligação chama minha atenção, fazendo meu foco voltar para o trânsito.— Oi Mônica, Bom dia. — Falo atendendo via bluetooth.— Bom dia tia. — Deseja e sinto uma hesitação em sua voz. — Você tem um tempo para conversarmos?~40~ Camille
1 ano e 6 meses depois.&&&Camille e Anabella estavam na correria com os preparativos do casamento, faltava menos de duas semanas para que tudo acontecesse como planejado. Optaram por fazer a cerimônia e a festa na praia, então a maior preocupação era com o tempo. Mesmo sendo verão e sem nenhum sinal de chuva para o mês de março, isso não diminuía o medo das noivas.—Filha fique parada antes que a moça te fure com alfinete – Sônia
Estava em casa de folga lavando roupa, reparei que uso muita roupa preta, já Bella usa colorida. Se eu pudesse jogava tudo na máquina por preguiça, mas fazer isso me rende dois prejuízos, ter as roupas manchadas e minha menina reclamando quase um ano todo, acredite ela faria isso. Da lavanderia posso ouvir a porta bater e uma voz me chamar com uma certa empolgação.— Amor cadê você?— Nos fundos. — Digo quase saindo da lavanderia para ver o que ela quer quando sinto seu corpo pulando sobre o meu me abraçando fazendo dar uns passos pra trás.
Camille revirava os olhos enquanto ouvia Castro e Piazzi bater boca sobre o comando da operação. Tudo que ela queria era que o assunto fosse resolvido para ir embora e conversar com Bella. Queria se acertar pessoalmente, mesmo que elas tivessem conversado por mensagem algumas vezes, Camille não achava o suficiente.- Eu ficarei a frente, vocês se entendam pois irá trabalhar em equipe. - Disse o diretor.- Eu posso carregar a cruz, agora ela não sei. -- Mônica concluiu olhando Piazzi desafiadora.- O que está insinuando com isso? -- A delegada questionou se aproximando de Castro e mantendo o olhar preso ao dela. Diferente das outras vezes o silêncio no carro é incômodo, o som encontra-se desligado e Camille quieta. Notei sua postura mudar quando saímos da família Castro, não perguntei o que houve, mas pelo tempo de convivência sei que tem algo incomodando-a talvez eu já saiba o que é.Volto a fechar meus olhos e pensar no dia de hoje, ver os olhos da minha esposa brilhar ao saber que seria mamãe também não tem explicação, mesmo diante a atitude impensada que cometi.Sinto o carro parar, ouço as portas serem destravadas, continuo do mesmo jeito e percebo Camille soltar~44~ Anabella
Chegamos ao fim!Obrigada a todos que acompanharam❤❤<~~~><~~~><~~~><~~~><~~~>Camille tateou com as mãos o lado em que Bella dormia, vendo que sua esposa não estava ali virou seu corpo para ver melhor, esperou alguns minutos deitada pensando que a jovem poderia estar no banheiro, mas não retornando para o quarto se levantou e saiu pela casa procurando-a ouviu barulhos vindo da cozinha e guiou seu corpo até lá.— Bella o que você está fazendo? — Camille perguntou vendo a pia suja de chocolate e sua esposa com uma colher de silicone na mão sentada em uma cad
Anabella tomava seu café da tarde na pequena cozinha, depois de ter ido na padaria comprar um real de pão e um pacote pequeno de pó de café."Esse pão parece que é de manhã, duro e seco" pensava a jovem enquanto terminava seu café da tarde.Ouviu batidas na porta e uma voz conhecida fez com que revirasse os olhos."Não acredito nisso"— Pois não, senhor Joaquim — referiu-se ao dono da casa onde morava de aluguel.— Anabelle você pode adiantar do mês que vem? — de longe Bella conseguiu observar seus olhos vermelhos, certamente estava drogado como das outras vezes.— Não posso, faz duas semanas que paguei o aluguel deste mês. - disse direta ignorando a cara de contragosto que Joaquim fez.— Está bem menina, estava precisando.— Claro! E a propósito é Anabella, com licença.Fechou a porta sem dar tempo de o senhor responder."Mais era só o que me faltava, se nã