Bella limpava a casa ao som de - Roxette - tinha gosto pelas músicas da cantora, assim como de outros que são dessa época, quando soube da morte passou semanas ouvindo dia e noite as musicas preferidas.
Estava fazendo almoço para deixar tudo pronto antes de sair para trabalhar, optou por fazer um strogonoff, então se deu conta de que não tinha batata palha e resolveu ir no mercadinho para comprar. No bairro só ouvia falar do estado de seu Joaquim, que passou mal de madrugada de tanto que usou droga. "Infelizmente, é triste" pensou.Quando retornou colocou a comida para esquentar novamente, pegou um prato fundo e se serviu com pouca comida, Bella comia muito pouco fazendo se perceber que estava abaixo do peso, porém isso nada mais era do que seu estado psicológico abalado.
Estava distraída almoçando quando seu celular tocou, lhe chamando atenção e pausando a música que tocava via bluetooth, por não esperar nenhuma ligação ficou surpresa ao ver o nome de sua amiga no visor.- Sabia que é feio ligar para alguém na hora do almoço e interromper?
- Delícia! Vim na hora certa então - falou Mônica ignorando a fala de Bella.
- Como assim veio?
Neste momento a jovem ouviu batidas na porta e sorriu imaginando quem era, desligou o telefone e foi atender.
- Sua doida, e se eu não tivesse em casa o que você faria? - indagou Bella puxando Mônica para um abraço, e fazendo entrar para dentro da casa em seguida.
— você sempre esta Bella - disse lhe dando um beijo estalado no rosto. - e eu quero almoçar
- Fiz strogonoff, modesta parte esta maravilhoso.
Mônica saiu para cozinha e arrumou o seu prato, voltando a se sentar na mesa de dois lugares que tinha na cozinha.
- Amiga isso aqui tá bom mesmo hein , deveria se especializar. Não é de hoje que reparo, mas você manda muito bem na cozinha.
- Sabe que é meu hobby preferido, mas levar profissionalmente não está nos meus planos.
- Ainda quer fazer psicologia, e sei la mais o que voltado para essa área? - perguntou Mônica, com a boca suja de caldo.
- Claro! Estou aguardando os resultados, se eu for aceita a gente sai para comemorar onde você quiser - Bella concluiu sorrindo para sua amiga, sabia que isso iria anima-la
- Sério? Voce esta me dando carta branca? - indagou surpresa.
- Branquissima
Depois que almoçaram ficaram no sofá de três lugar que ocupava o cômodo quase todo, em meio as conversas Bella contou sobre seu ex ter a procurado. Mônica que nunca foi a favor do relacionamento por sempre ter enxergado o quanto escroto o rapaz era, ficou vermelha de raiva.
- Bella, eu juro se ele te encostar a mão, ou ele vai pra cadeia, ou para debaixo da terra, vai depender do grau. Mas ele que não se meta a besta.
- Ei Moni, deixa disso. Sem violência, ele não vai fazer nada, ja dei um passa fora nele.
- Ai amiga voce é muito boba, homem daquele tipo não consegue aceitar "não" de mulher, se deixar nem mãe respeita.
- Só agora eu consigo ver melhor, e te entender quando fala assim - disse Bella pensativa por nunca ter notado o comportamento do rapaz.
- Claro amiga, a maioria das pessoas que estão em relacionamento abusivo não consegue ver, e quando vêem não consegue sair por estar muito envolvida, e quando sai igual voce fez , algumas não tem sorte.
- Nem fala disso, eu espero que ele fique na dele. - Bella terminou a frase lembrando da ameaças que Diogo fez.
- Enfim... Vamos parar de falar coisa negativa, vamos? - perguntou Mônica para descontrair, porem a jovem não deixaria isso barato, pediria a sua tia por parte de pai que colocasse um segurança protegendo Bella. Ela tinha ciência do quanto agressivo poderia ser o ex namorado de sua amiga, visto que tinha ouvido rumores de vítimas que passaram por um relacionamento com ele. - Como esta o serviço?
- Ótimo, porem aquela mulher me da medo, fora a grosseria - disse Bella lembrando do comportamento da chefe.
- Sabe, vocês se parecem muito precisam ganhar confiança uma da outra, e não reclama que você é grossa que nem ela.
- Eu sou direta, é diferente
- Aham, bela justificativa
- Igual eu, Bella.
Sorriram em seguida, ficaram conversando até o horário de cada uma seguir para o trabalho, Mônica deu carona para Anabella, porem parou um pouco afastado do restaurante, a jovem se despediu da amiga e entrou no estabelecimento.
Mônica por sua vez pegou o celular e discou um numero privado
- Qual é a queixa da vez? - uma voz feminina porem firme perguntou
- Estou bem também tia, obrigada - brincou.
- Desculpa querida, mas você me ligou privado, então diga logo que preciso trabalhar.
- Esta bem! Irei precisar de um ou dois de seus seguranças, caso de agressão temo que o nível se altere e seja pior. Se eu colocar a mão posso me ferrar.
- Já ouve denúncias? Quem é a vítima? Mônica eu não posso fazer muito se a própria pessoa não querer ajuda
- É para uma amiga, ela acha que o ex não fará nada, mas ele é aquele tipo desgraçado que sonda até agir. E ela já tem seus traumas com o pai, não quero que ela passe por algo parecido de novo.
- Vou precisar da ficha dessa menina, e então eu te retorno caso mande um dos meus seguranças.
- Em 3 horas te envio o arquivo.
- Vou aguardar.
Assim que Mônica desligou o telefone suspirou aliviada, ficaria feliz se pudesse ajudar a amiga. Olhou as horas e seguiu rumo ao Departamento de Polícia.
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Bella ficou na recepção, o que a deixou nervosa pois teria que trabalhar ao lado de Camille, essa que não tinha a melhor cara do mundo no momento.— Olá, boa noite sejam bem vindos - Bella sorriu ao cumprimentar um casal que acabara de chegar no restaurante.
— Boa noite, reserva no nome Cavalcanti
— Claro, me acompanhe por favor.Quando Bella retornou a recepção Camille lhe encarava desconfiada, a jovem se sentindo incomodada perguntou:
— Algum problema senhora Camille?
— Senhora me faz parecer velha! Apenas Camille. E não, não tem nenhum problema, apenas observei que você tem jeito para lidar com os clientes, é simpática e sociável. - Depois de concluir desviou o olhar, pois Bella manteve os dela fixado nos da gerente.
— Meu trabalho exige esse comportamento, apenas cumpro.
— Muito bem! Com licença. - disse a gerente.
Ao se retirar Camille pode respirar um pouco melhor, como sempre sua intuição gritava "cuidado, cuidado" apenas não entendia o porquê de tanto se sentir estranha na presença da jovem. Última vez que algo desse tipo lhe ocorreu fazia 4 anos e acabou da pior maneira possível.
E o que ela não queria era acreditar que o mesmo estava acontecendo agora. Mais uma coisa não poderia negar a jovem chamava sua atenção, deixando um misto de confusão em si própria."Não misture as coisas Camille" ponderou após dissipar os pensamentos e voltar para a recepção.
Ao final do seu expediente Bella olhava preocupada para fora do restaurante, caia uma chuva nada branda logo pensou na sua casa, sempre que chovia ficava inundada só que dessa vez não saberia o que fazer pois sempre quando isso acontecia dormia na casa do ex namorado e sua amiga estaria trabalhando até de manhã. Desta vez teria que dormir no molhado, sua vontade de mudar daquele lugar era grande porém nunca conseguiu achar um aluguel mas em conta, então acabava deixando de lado."Irei me molhar toda, pior que o dia estava ensolarado. Se mamãe tivesse aqui iria ouvir poucas e boas, como "a gente sempre precisa ter uma sombrinha dentro da bolsa, faça chuva ou faça sol" e que irônico hoje é "faça chuva"Bem feito, agora aprende e na próxima não cometa a mesma burrada"Bella estava saindo para fora quando sua chefe a chamou:- Anabella amanha chegue duas horas antes, libero você mais cedo.- Sim Camille, até amanhã.A gerente apenas assentiu
AnabellaAbro os olhos com camille me chamando- Anabella, acorda - sua voz denunciava calma, e seu hálito vinho.E após verificar o local olhar de um lado para o outro e saber que eu estou no quarto, levo meu corpo ao abraço de Camille, não me importei se existe ou não intimidade porque assim como no sonho eu encontrei segurança no calor de tal ato.Ela não parece se importar, suas mãos passeiam pelas minhas costas sobre o tecido fino que me cobre em um vai e vem lento, muito lento que se der continuidade seria capaz de adormecer de novo. Meu rosto esta entre a curva de seu pescoço e o único perfume que sou capaz de inalar é o de sua pele. Seu cheiro é doce, me trazendo junto com as carícias relaxamento.Agradeço mentalmente por estar segura, a frequência de meus sonhos, melhor dizer, pesadelos tem me deixado em estado de pura agonia. Sei q
AndoMeio desligadoEu nem sintoMeus pés no chãoPela caixinha de som soava Marisa Monte - Ando meio desligado - enquanto Camille arrumava casa.OlhoE não vejo nadaEu só pensoSe você me querEu nem vejo a horaDe te dizerAquilo tudoSua voz acompanhava o ritmo da cançãoQue eu decoreiE depois do beijoQue eu já sonheiVocê vai sentir masPor favorNão leve à malEu só quero que você me queiraNão leve à malEstava tão dispersa que não notou a presença de Bella avaliando a mulher a sua frente. Parecia intocável, mas ali na sua frente era só mais um ser humano qualquer, dividindo a melancolia de uma canção que transpirava sentimentos.Camille ao sentir ser vigiada pausou a musica ainda de costas para Bella, e em uma girada rápida captou os olhos castanhos da jovem em si. Sorriu fraco ao perceber que a deixou envergonhada.- Imagino que esta ai tempo suficiente para me ouvir taga
- Eu preciso terminar essa bagunça, por favor vai embora, não temos mais nada para conversar.Bella falava irritada com seu ex namorado, duas horas depois que a jovem foi deixada em casa, Diogo bateu em sua porta. Como se não bastasse a chuva para lhe estressar com todo o estrago feito na noite anterior, se deparava com um homem pegajoso em seus pés, o rapaz desconhecia a palavra não.- Você não pode me expulsar - falou segurando firme os dois braços da jovem - olhe para mim. - gritou.- Eu não sei mais quem é você, ou o que se tornou para ser tão bruto com uma mulher - Bella dizia tentando se desvencilhar das mãos brutas do ex, porem esse transtornado pela raiva apertava mais.- Você me respeite, sempre disse me amar e agora não quer mais? - falou irônico - voce acha que eu sou bobo, quem é a pessoa pela qual me trocou?- Me solta, n&
CamilleEu estou literalmente cansada, como pode estender um aniversário e faze-lo virar noivado? Sem nenhum comunicado antes. Odeio essa falta de comprometimento, de responsabilidade.Meus funcionários não iriam precisar trabalhar tanto, eu mesma adiantaria bastante coisa.Esses últimos dias tem sido meio agitados, quando Mônica deu aquele telefonema senti que estava em meu antigo trabalho, e não posso negar eu amava ser uma agente do FBI, eu amo! Porém o peso no passado, ou a desculpa que eu uso para me colocar como vítima, não me permite voltar para meu ramo, não definitivamente.Eu amava uma mulher que foi tudo para mim. Uma mulher que era simplesmente tudo, tudo que eu já tive de bom nessa vida. Na sacada com minha taça de vinho lembranças vêm e vão, tenho certeza que eu estaria apanhando de Malu se ela me visse nessa situação, uma mulher que é dona de um
Naquela manhã de domingo Bella acordou Se sentindo um pouco indisposta, levou as mãos nas têmporas massageando na tentativa de amenizar o desconforto que sentia. De frente para o espelho se encarava, tinha olheiras, a pele um pouco desidratada, e os cabelos sem o brilho que amava. Decidiu que precisava voltar a ser mais vaidosa, todo o acontecimento do relacionamento a deixou um pouco descuidada, Diogo nunca gostou que ela se arrumasse muito dizia que era para chamar atenção de outros homens, para evitar brigas maiores fazia a vontade dele. E agora uma imagem refletida de si mesma a fazia se sentir envergonhada por tal atitude. Ela mais nova batia de frente com seu pai, e com Diogo baixava a guarda, pensava no quanto o amor poderia ser cruel, se todos falam que o amor é lindo, então ela desconhecia esse sentimento. Única amor que aqueceu seu coração foi o maternal de sua mãe.Pois a caminhar ate a cabeceira da cama e pegar seu celular, várias ligações de Diogo, e mensagens um
A semana estava passando voando, estava sendo cansativo porem satisfatório para Bella. A jovem ficou mais relaxada percebendo que seu ex finalmente estava entendo as coisas sobre eles, e parou de ficar lhe enchendo com ligações e mensagens.Outro ponto que estava sendo bom para ela, era o comportamento de Camille, podia não ser nada para alguns porem para Bella, ter a chefe mais aberta com ela, menos grossa, e sorrindo as vezes em sua direção, significava muito para ela. E mesmo acanhada devolvia os sorrisos que ganhava, fazendo assim ambas criarem uma bolha discreta.Estava dispersa na recepção quando um casal chegou fazendo sua atenção voltar a eles. Ao perceber quem era sorriu, não era um casal e sim o trisal Cavalcanti que sempre jantava no restaurante juntos, ora as duas mulheres, ora o marido e uma de suas esposas, e juntos como agora.- Boa noite Anabella - disse o homem educado.- Boa noite - Bella falou direcionando o olhar para os três em sua frente
Eu sentia sua mãos passeando pelo meu corpo, era macia, firme, e delicada. Nossos corpos estavam febris parecia chamas do inferno a cada toque, sua boca passeava pelo meu pescoço deixando ali sua marca, certamente estaria roxo amanhã, mas eu não me importaria de ter mais se caso a sensação fosse tão boa quanto essa. Eu estava vendada, apenas sentia cada passear de dedos que se atrevia em sair da minha boca lubrificados, e sendo levados até minha intimidade totalmente despida de peça íntima, eu estava completamente nua e entregue.Eu poderia conhecer outros beijos, mas nenhum ia ser capaz de chegar perto aos lábios que me toca, e adentra minha boca com tamanha volúpia e paixão, sua língua não precisava de permissão para entrar e dançar com a minha, estávamos no mesmo ritmo, eu podia jurar ouvir as batidas do seu coração, o meu não estava diferente de uma escola de samba.- Eu vou te amar de todas as maneiras que você merece menina - a rouquidão de sua voz só fez me ace