Ao final do seu expediente Bella olhava preocupada para fora do restaurante, caia uma chuva nada branda logo pensou na sua casa, sempre que chovia ficava inundada só que dessa vez não saberia o que fazer pois sempre quando isso acontecia dormia na casa do ex namorado e sua amiga estaria trabalhando até de manhã. Desta vez teria que dormir no molhado, sua vontade de mudar daquele lugar era grande porém nunca conseguiu achar um aluguel mas em conta, então acabava deixando de lado.
"Irei me molhar toda, pior que o dia estava ensolarado. Se mamãe tivesse aqui iria ouvir poucas e boas, como "a gente sempre precisa ter uma sombrinha dentro da bolsa, faça chuva ou faça sol" e que irônico hoje é "faça chuva"
Bem feito, agora aprende e na próxima não cometa a mesma burrada"Bella estava saindo para fora quando sua chefe a chamou:
- Anabella amanha chegue duas horas antes, libero você mais cedo.
- Sim Camille, até amanhã.
A gerente apenas assentiu e terminou de fechar o caixa, porem estava preocupada com Bella mesmo não querendo admitir para si mesma. Notou que a menina estava sem blusa de frio, e nenhum guarda chuva.
Passados 30 minutos estava saindo do restaurante ja fechado, e caminhando em direção seu carro quando viu no ponto de ônibus uma jovem toda molhada e conhecida aos seus olhos.
"O que essa menina quer, ficar doente?" falou baixo para si.Entrou no veículo, dando a volta parou perto de Bella, essa ignorou por não conhecer o carro, mas após a dona abaixar o vidro se tranquilizou.- Anabella venha vou te dar uma carona - Camille disse com a voz um pouco alta para que a jovem ouvisse.
- Obrigada, mas meu ônibus já deve estar vindo - Bella convicta falou, mas não sabia que por causa da chuva aquela região não passaria mais nenhum ônibus.
- Venha logo menina, antes que piore.
Bella não querendo fazer disfeita, ou não querendo irritar sua chefe aceitou. Dentro do carro a menina tremia de frio, Camille percebendo pegou sua blusa de frio no banco de trás onde tinha sua garrafa de vinho preferida e entregou a Bella, que mesmo relutante para não aceitar por estar muito molhada, acabou vestindo a blusa sob os protestos de Camille. Era uma discussão onde as duas queriam ter voz, mas foi ganho pela mais velha visto que a jovem estava totalmente em desvantagem.
O trajeto foi de puro silêncio, quebrado apenas para o endereço que a jovem passou de sua casa, e pelo barulho dos trovões que a cada minuto se fazia ouvir. No portão Bella braguejou baixo ao ver a agua saindo de sua casa inundada- Que droga, o que faço? - falou baixo ainda olhando pelo vidro do carro
- O que houve?- Camille perguntou vendo a jovem inquieta
- Quando chove tudo molha, e a casa enche, deve ter coteira ate na minha cama. - Bella falou retirando o casaco da chefe e ameaçando sair do carro quando as maos de Camille tocou seus braços impedindo.
- E o que você pretende fazer? - indagou curiosa
- O de sempre, tirar o excesso de água e tentar dormir, para que amanhã eu tire o resto se não estiver chovendo mais.
- E seu namorado? - depois de saber mais sobre a jovem, Camille estava atenta.
- Aquele rapaz não é meu namorado, já foi, só que fica atrás de mim querendo voltar. Mais uma vez desculpa pela cena que causei. - Bella falava olhando para Camille, que também mantinha seus olhos na jovem.
- Certo, e sua família? - Ao ouvir essa pergunta Bella desviou seus olhos para frente e vendo a agua cair sobre o vidro declarou:
- Eu não tenho família Camille, minha mãe é falecida, e o meu pai, bom, não sei dele. - seus olhos temia cair uma lágrima mas logo a secou e novamente tentou sair do carro, porem a mais velha o trancou.
- Sinto muito - e de fato ela sentia, não conseguia ter empatia tão rápido, quanto teve por Bella, e isso deixava-a assustada. - como sua casa esta em decadência, você ira para a minha, e não aceito reclamações.
A mais nova prendeu os lábios na tentativa de conter sua ousadia para reclamar, porem no fundo agradeceu por Camille lhe ajudar naquele momento.
- Sim senhora - disse e um olhar de reprovação foi lançado a ela, mas ambas permaneceram caladas ate a casa da gerente.
Ao entrar no apartamento Bella ficou surpresa com a decoração viva que o ambiente tinha, para ela o perfil que Camille passava era de uma mulher séria, sem muitos dilemas, mas seu apartamento falava o contrário disso, era organizado porem despojado de cor, jarros e quadros. Na sala a mais velha pediu para que Bella a esperasse, levou tempo suficiente para que a jovem encarasse os portas retratos na mesa de centro, em um deles era Camille e mais uma mulher, ambas sorriam uma para outra felizes."Será que é irmã dela?" se perguntou.Camille entregou para Bella um conjunto de dormir e indicou o banheiro para que ela tomasse banho.
- Depois que terminar me entrega essas roupas molhadas, vou colocar na máquina para que você use amanhã - completou a gerente.
Assim que a jovem entrou no banheiro, Camille retirou a foto que estava na sala pois notou a curiosidade de Bella, e seria difícil falar algo relacionado ao momento da foto.
Estava na cozinha quando a menina apareceu com os cabelos molhados e as roupas em mãos, Camille parou de encher sua taça de vinho e se aproximou:
- Você quer comer alguma coisa? - perguntou tirando as roupas molhadas da mao de Bella.
- No momento não estou com fome, só dor de cabeça
- Vou te dar um comprimido, tem alergia algum medicamento?
- Não - respondeu Bella.
Ambas ficaram em silêncio, não sabia como agir na presença uma da outra, Bella ficou encarando sua chefe que incomodada perguntou:
- Algum problema? -
- Onde irei dormir?
- Claro! Desculpa, venha.
Camille levou ate o quarto de hóspedes, e que se precisasse de algo era só chama-la.
Mas tudo que Bella precisava era dormir, e descansar do dia agitado que teve, então ela apenas se deixou ser vencida pelo cansaço.(...)
" Bella e Camille entraram em um bar para que a gerente comprasse o seu vinho pois tinha esquecido seu preferido no restaurante, Bella que estava atrás passou seus olhos pelo local e em um ato impulsivo abraçou Camille com força e começou a dizer "não,não" várias vezes. A gerente surpresa com o que a jovem fez tratou de olhar para ver o que estava acontecendo, então ela viu um homem barbudo beirando quase os 50 anos, em sua mão ele trazia o cinto que tirou de suas calças e quando estava perto demais profanou bêbado:- Hoje você vai aprender
Bella ainda chorava dizendo não, e pedindo para que Camille não deixasse nada acontecer.
Foi nessa hora que ela sentiu o seu corpo ser chacoalhado várias vezes até que despertou assustada e suando."(...)AnabellaAbro os olhos com camille me chamando- Anabella, acorda - sua voz denunciava calma, e seu hálito vinho.E após verificar o local olhar de um lado para o outro e saber que eu estou no quarto, levo meu corpo ao abraço de Camille, não me importei se existe ou não intimidade porque assim como no sonho eu encontrei segurança no calor de tal ato.Ela não parece se importar, suas mãos passeiam pelas minhas costas sobre o tecido fino que me cobre em um vai e vem lento, muito lento que se der continuidade seria capaz de adormecer de novo. Meu rosto esta entre a curva de seu pescoço e o único perfume que sou capaz de inalar é o de sua pele. Seu cheiro é doce, me trazendo junto com as carícias relaxamento.Agradeço mentalmente por estar segura, a frequência de meus sonhos, melhor dizer, pesadelos tem me deixado em estado de pura agonia. Sei q
AndoMeio desligadoEu nem sintoMeus pés no chãoPela caixinha de som soava Marisa Monte - Ando meio desligado - enquanto Camille arrumava casa.OlhoE não vejo nadaEu só pensoSe você me querEu nem vejo a horaDe te dizerAquilo tudoSua voz acompanhava o ritmo da cançãoQue eu decoreiE depois do beijoQue eu já sonheiVocê vai sentir masPor favorNão leve à malEu só quero que você me queiraNão leve à malEstava tão dispersa que não notou a presença de Bella avaliando a mulher a sua frente. Parecia intocável, mas ali na sua frente era só mais um ser humano qualquer, dividindo a melancolia de uma canção que transpirava sentimentos.Camille ao sentir ser vigiada pausou a musica ainda de costas para Bella, e em uma girada rápida captou os olhos castanhos da jovem em si. Sorriu fraco ao perceber que a deixou envergonhada.- Imagino que esta ai tempo suficiente para me ouvir taga
- Eu preciso terminar essa bagunça, por favor vai embora, não temos mais nada para conversar.Bella falava irritada com seu ex namorado, duas horas depois que a jovem foi deixada em casa, Diogo bateu em sua porta. Como se não bastasse a chuva para lhe estressar com todo o estrago feito na noite anterior, se deparava com um homem pegajoso em seus pés, o rapaz desconhecia a palavra não.- Você não pode me expulsar - falou segurando firme os dois braços da jovem - olhe para mim. - gritou.- Eu não sei mais quem é você, ou o que se tornou para ser tão bruto com uma mulher - Bella dizia tentando se desvencilhar das mãos brutas do ex, porem esse transtornado pela raiva apertava mais.- Você me respeite, sempre disse me amar e agora não quer mais? - falou irônico - voce acha que eu sou bobo, quem é a pessoa pela qual me trocou?- Me solta, n&
CamilleEu estou literalmente cansada, como pode estender um aniversário e faze-lo virar noivado? Sem nenhum comunicado antes. Odeio essa falta de comprometimento, de responsabilidade.Meus funcionários não iriam precisar trabalhar tanto, eu mesma adiantaria bastante coisa.Esses últimos dias tem sido meio agitados, quando Mônica deu aquele telefonema senti que estava em meu antigo trabalho, e não posso negar eu amava ser uma agente do FBI, eu amo! Porém o peso no passado, ou a desculpa que eu uso para me colocar como vítima, não me permite voltar para meu ramo, não definitivamente.Eu amava uma mulher que foi tudo para mim. Uma mulher que era simplesmente tudo, tudo que eu já tive de bom nessa vida. Na sacada com minha taça de vinho lembranças vêm e vão, tenho certeza que eu estaria apanhando de Malu se ela me visse nessa situação, uma mulher que é dona de um
Naquela manhã de domingo Bella acordou Se sentindo um pouco indisposta, levou as mãos nas têmporas massageando na tentativa de amenizar o desconforto que sentia. De frente para o espelho se encarava, tinha olheiras, a pele um pouco desidratada, e os cabelos sem o brilho que amava. Decidiu que precisava voltar a ser mais vaidosa, todo o acontecimento do relacionamento a deixou um pouco descuidada, Diogo nunca gostou que ela se arrumasse muito dizia que era para chamar atenção de outros homens, para evitar brigas maiores fazia a vontade dele. E agora uma imagem refletida de si mesma a fazia se sentir envergonhada por tal atitude. Ela mais nova batia de frente com seu pai, e com Diogo baixava a guarda, pensava no quanto o amor poderia ser cruel, se todos falam que o amor é lindo, então ela desconhecia esse sentimento. Única amor que aqueceu seu coração foi o maternal de sua mãe.Pois a caminhar ate a cabeceira da cama e pegar seu celular, várias ligações de Diogo, e mensagens um
A semana estava passando voando, estava sendo cansativo porem satisfatório para Bella. A jovem ficou mais relaxada percebendo que seu ex finalmente estava entendo as coisas sobre eles, e parou de ficar lhe enchendo com ligações e mensagens.Outro ponto que estava sendo bom para ela, era o comportamento de Camille, podia não ser nada para alguns porem para Bella, ter a chefe mais aberta com ela, menos grossa, e sorrindo as vezes em sua direção, significava muito para ela. E mesmo acanhada devolvia os sorrisos que ganhava, fazendo assim ambas criarem uma bolha discreta.Estava dispersa na recepção quando um casal chegou fazendo sua atenção voltar a eles. Ao perceber quem era sorriu, não era um casal e sim o trisal Cavalcanti que sempre jantava no restaurante juntos, ora as duas mulheres, ora o marido e uma de suas esposas, e juntos como agora.- Boa noite Anabella - disse o homem educado.- Boa noite - Bella falou direcionando o olhar para os três em sua frente
Eu sentia sua mãos passeando pelo meu corpo, era macia, firme, e delicada. Nossos corpos estavam febris parecia chamas do inferno a cada toque, sua boca passeava pelo meu pescoço deixando ali sua marca, certamente estaria roxo amanhã, mas eu não me importaria de ter mais se caso a sensação fosse tão boa quanto essa. Eu estava vendada, apenas sentia cada passear de dedos que se atrevia em sair da minha boca lubrificados, e sendo levados até minha intimidade totalmente despida de peça íntima, eu estava completamente nua e entregue.Eu poderia conhecer outros beijos, mas nenhum ia ser capaz de chegar perto aos lábios que me toca, e adentra minha boca com tamanha volúpia e paixão, sua língua não precisava de permissão para entrar e dançar com a minha, estávamos no mesmo ritmo, eu podia jurar ouvir as batidas do seu coração, o meu não estava diferente de uma escola de samba.- Eu vou te amar de todas as maneiras que você merece menina - a rouquidão de sua voz só fez me ace
No carro Bella olhava inquieta pelo retrovisor, tinha a sensação de estar sendo seguida como das outras vezes, vezes essas que não contou a Monica para não a preocupar. Sabia que sua amiga ficaria no seu pé. Sempre quando pegava uber e ia embora notava um carro preta atrás até o fim do seu trajeto e depois passava direto quando ela descia. Talvez ela só estava ficando paranoica.— Quero te levar em um lugar, se importa? - perguntou Camille fazendo a atenção de Bella cair sobre ela.— Não, porem está tarde não?— Está cansada? tem compromisso? podemos voltar.— Não, pode seguir. Não me importo.O percurso foi curto, as vezes o silêncio era quebrado com uma conversa e outra relacionado ao trabalho. Por mais estranho que fosse Bella não estava desconfortável na presença da sua chefe. Ao estacionar o carro a jovem olhou em volta, depois voltou seu olhar para Camille.— Praia? - perguntou confusa.— Sim, gostaria de passear um pouco na areia em sua presença. -