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Término De Namoro

As duas senhoras ficaram indignadas e foram embora. Muitas pessoas que viram tudo, nos xingaram chamando a gente de boiolas e viados, mas várias outras pessoas nos deram parabéns e falaram que a gente tinha dado um tapa no recalque da sociedade e ficamos muito felizes com os comentários positivos.

Alguns dias depois, eu estava em casa, almoçando com meus irmãos e minha mãe, papai tinha ido viajar naquele dia bem cedinho, não sabia quando ele voltaria, mas confesso que estava torcendo pra ele não voltar nunca mais, pois só assim pra gente ter paz.

- E o Vincenzo? - Perguntou mamãe.

- Ah, está bem. - Falei dando de ombros.

- Talvez você devesse convidar ele pra fazer algo, é bom pra você sair um pouco.

- É, talvez eu passe na casa dele mais tarde. - Falei.

Ah, esqueci de contar... Por diversas vezes, Kate me ligou e mandou mensagens, mas eu não a atendia e nem a respondia, minha sorte que ela não apareceu em minha casa. Mas na verdade, eu estava sem coragem de terminar com ela, nem sabia como faria isso, mas depois de pensar muito sobre tudo isso, eu resolvi que estava na hora de eu ter uma conversa muito séria com ela. Eis, que eu resolvo ir até a casa de Kate, afinal, Vi já havia terminado a tempos com sua namorada, e eu sentia que agora era a minha vez de fazer o mesmo.

- Você? - Ela perguntou ao me ver. - Bom saber que você ainda está vivo.

- Posso entrar? - Perguntei.

Ela apenas deu de ombros, e entramos. Não tinha ninguém em sua casa, e logo Kate se dirigiu para seu quarto, e eu apenas a segui. Nos sentamos em uma cama, peguei em suas mãos, e logo fui dizendo:

- Vim aqui para me desculpar contigo. Sei que tenho pisado na bola, não tenho sido nada legal.

- Que bom que você sabe. - Ela disse.

- Acontece que eu estava com uns problemas aí, nada com você, mas apenas estava precisando ficar sozinho. Será que você pode me desculpar?

Kate baixou a cabeça, deu um sorrisinho, e se pondo a olhar para mim, ela disse:

- Acho que sim.

Kate então me beijou, dificultando tudo. Eis que enquanto Kate me beija, ela coloca sua mão dentro de minha calça, e põe meu pênis pra fora e então se ajoelha, começando a me chupar.

''Coragem, Michael, coragem.'' - Pensei.

- Escuta Kate, precisamos conversar. É sério. - Falei ao afastá-la e me pondo a guardar meu pênis.

- Aconteceu algo? - Ela perguntou.

- Não, mas vai acontecer. - Falei.

- Que houve, amor?

- Bom, é que... Eu gosto muito de ti, mas não da forma que você merece.

- O que você quer dizer com isso?

- Que eu quero terminar.

Ok, essa foi a parte que Kate começou a surtar, não entendeu o porquê de eu querer terminar com ela. E minha vontade era de contar tudo, dizer que eu sou gay, mas eu não podia.

- Eu conheci outra pessoa.  -Falei.

Kate ficou mais louca ainda, queria porque queria saber quem era a garota, ah, se ela soubesse que não era garota... mas nada do que ela pudesse dizer ou fazer, faria eu mudar de ideia, eu estava certo de minha decisão.

Mais tarde passei na casa de Vincenzo, tia Stef que me atendeu e já foi logo mandando eu ir ao quarto dele, onde Vi se encontrava.

- Oi. - Falei ao entrar no quarto dele.

- Oi. Hey, não bate mais na porta? Eu poderia estar nu. - Brincou.

- Eu não veria problema nisso. - Falei com um largo sorriso.

Me sentei a seu lado e sem conter a minha alegria, falei:

- Tenho algo pra te contar, agora eu sou um homem livre.

Ele apenas me olhou sem fazer a mínima ideia do que eu estava falando, e ao perceber que ele não havia entendido, eu disse que havia terminado com a Kate, e Vi nem conseguiu esconder o sorriso.

- Então agora você é só meu?

- Todinho teu. - Falei.

E então começamos a nos beijar, beijo muito intenso, beijo que nos deixara sem fôlego, eis, que pouco depois, Vi ao parar de me beijar, diz:

- Caralho!

- O que foi? - Questiono.

-Tá duro.

Queria muito poder fazer amor com Vincenzo, mas não podíamos, afinal, a mãe dele estava em casa. E por falar na mãe dele, escutamos passos se aproximando.

Até quando teríamos que esperar para podermos fazer amor? A vontade já estava acabando comigo, mas devo confessar que por mais vontade que eu tivesse, ainda me dava um pouco de medo de pensar nisso, afinal, eu nunca tinha transado com homem antes, quer dizer somente a força, o que acho que não conta muito, e as vezes até sentia como se eu ainda fosse virgem, por conta do medo e da insegurança, mas o que me confortava um pouco era saber que Vi também nunca tinha transado com nenhum outro cara e talvez por isso eu não devesse me preocupar tanto, pois assim ele não poderia comparar.

- Meu pai foi viajar hoje. - Falei.

- Sério? Que legal.

- Quer dormir lá em casa hoje? - Perguntei.

- Bah amor, eu adoraria, mas não posso. Estou de castigo, não posso sair de casa até a segunda ordem, porque minha mãe pegou eu me masturbando.

- Porra, mano, que merda. Mas quantos anos ela acha que você tem?

- Pois é, mas vai dizer isso pra ela.

- Então, como ela não falou nada de eu vir aqui? - Perguntei.

- É porque o castigo é pra eu não sair de casa, a não ser pra escola.

- Que porra! - Falei.

Bah, fiquei imaginando a cena, tia Stef pegando o Vi se masturbando e só de imaginar, cai na gargalhada, queria muito ter visto a cena e a cara de minha tia, devia ter ficado mais branca do que ela já era.

- Mas não se preocupa, amor, nós vamos ter muito tempo pra isso. - Falou Vi se pondo a me beijar.

Gente, sério, se existe um ser humano melhor que Vincenzo, eu desconheço. Oh bichinho maravilhoso esse. Incrível a sensação que te dá quando você está do lado do teu crush, teu coração acelera, você começa a suar, indeendente de ser verão ou inverno, a garganta fica seca, o pau endurece, é um misto de sensações.

Era noite, mamãe e eu estávamos vendo TV, e Kim ficou brincando com suas bonecas perto da gente. Já Noah havia saído, tinha ido pra casa da namorada, sim, por incrível que fosse, ele tinha namorada, tem gosto pra tudo, né?

Estávamos vendo Malhação, quando de repente terminou bem na cena que dois personagens, dois garotos se beijaram. E para nossa surpresa, Kim que estava na sala, acabou vendo a cena do beijo.

- Mãe, eles se beijaram na boca. - Falou Kim.

- Sim, querida. - Respondeu mamãe.

- Mas os dois são meninos. - Disse minha irmã.

- São sim. - Falou minha mãe.

- Eu não sabia que menino podia beijar na boca de menino.

Fiquei só olhando toda a cena, queria só ver como mamãe sairia dessa, e eu imaginava que minha mãe fosse dizer qualquer coisa, mas jamais o que ela disse.

- Filha, você não sabia porque você ainda é pequena, tem muita coisa que você ainda não sabe.

- Mas é certo ou errado?

- Errado é roubar, matar, machucar outras pessoas e os animais, tudo o que você faz para prejudicar a si ou ao outro é errado, mas o amor nunca é.

- Então, quando eu crescer, se eu quiser me casar com a Malu, eu posso? - Perguntou Kim se referindo a sua melhor amiga.

- Meu amor, você ainda é criança, não tem que pensar nisso, você terá muitos anos para decidir com quem se casar, mas quando você crescer, se quiser se casar com a Malu, eu vou fazer gosto, porque ela é uma boa menina.

Jesus, tô passado! Que foi isso, gente? Alguém me explica o que acabou de acontecer na sala de minha casa? Meu Deus! Mamãe era mais surreal do que eu imaginava.

Kim voltou a brincar como se nada tivesse acontecido, incrível como as crianças aceitavam e entendiam melhor essas coisas, do que alguns adultos.

Eu, por minha vez, dei um abraço e um beijo apertado no rosto de minha mãe e fui para meu quarto. E naquele momento, eu tive a certeza de que eu tinha a melhor mãe do mundo, Deus não poderia ter me dado mãe melhor, ela era perfeita, parecia ter sido feito sobre medida para mim. Obrigado, meu Deus, por ter me dado esse presentão em formato de mãe.

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