Capítulo 85

A música reverberava pelas paredes do camarim enquanto eu esperava Teri se apresentar. A batida eletrônica ecoava, preenchendo cada canto da boate com uma energia pulsante e sedutora.

O espaço era quase idêntico àquele que eu conhecia tão bem, e, ao mesmo tempo, completamente diferente. Eu nunca tinha estado ali naquela linha do tempo, nunca tinha pisado naquele chão ou sentido o cheiro da mistura de perfume barato e fumaça de cigarro, mas meu corpo reconhecia cada detalhe como se pertencesse àquele lugar.

A familiaridade era inquietante.

Era como se duas versões da realidade colidissem dentro de mim, me deixando suspensa entre o passado e o presente. O sofá de couro vermelho no canto, as luzes piscando de forma irregular no teto, o espelho manchado que refletia a movimentação apressada das dançarinas se arrumando… eu conhecia tudo aquilo. Eu vi tudo aquilo se esvair em fogo, cinzas e fumaça.

Mas, ao mesmo tempo em que tudo era estranhamente familiar, eu me sentia quase como uma estra
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