Capítulo 93

Nicolas dirigia em silêncio, as mãos firmes no volante, enquanto eu encarava a paisagem noturna através da janela. Depois de tudo que aconteceu, ele insistiu em me tirar dali. Disse que eu precisava comer algo, esfriar a cabeça. Eu queria recusar, dizer que estava bem, mas a verdade era que a adrenalina ainda corria pelo meu corpo, e ficar sozinha com meus pensamentos parecia uma péssima ideia.

Estacionamos em um restaurante discreto, mas sofisticado, com luzes baixas e uma atmosfera acolhedora. Ele nos levou até uma mesa perto da janela, longe da movimentação, e enquanto eu olhava o menu, percebi que ele me observava.

— Você está bem? — A voz dele era calma, mas havia uma preocupação genuína.

Forjei um sorriso, tentando parecer tranquila.

— Estou bem. Já passei por coisa pior.

Ele arqueou uma sobrancelha, claramente não convencido.

— Parece que sim.

Nossos pedidos chegaram, e ele pegou a taça de vinho com a elegância despreocupada de alguém acostumado a jantares refinados. Girou o lí
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