Os primeiros raios do sol atravessavam o Véu, projetando feixes de luz iridescente sobre o vilarejo. O ambiente estava em paz, mas os corações dos guardiões sabiam que essa tranquilidade era uma ilusão passageira. A luta contra a entidade do caos havia deixado marcas invisíveis, não apenas no Véu, mas também em cada um deles.Um Chamado do VéuCelina foi a primeira a perceber que algo havia mudado. Enquanto caminhava pelas bordas do vilarejo, os cristais emitiram um som sutil, quase como um sussurro.— Vocês ouviram isso? — perguntou, reunindo-se com Arian e Eshara.— Não ouvi nada, mas... — Eshara parou, colocando a mão no coração. — É como se o Véu estivesse tentando falar conosco.Arian olhou para o céu, onde as cores do Véu pareciam formar padrões efêmeros, como mensagens codificadas.— Talvez a restauração tenha despertado algo adormecido por eras. Precisamos entender o que isso significa.A Reunião dos GuardiõesOs guardiões se reuniram no centro do vilarejo, onde Elias aguardav
Os primeiros raios do sol atravessavam o Véu, banhando o vilarejo em uma luz suave e iridescente. Era como se o próprio universo quisesse lembrar aos habitantes de sua vastidão e mistério. Apesar da tranquilidade aparente, os guardiões sabiam que o caos nunca dormia. A restauração do Véu havia trazido um equilíbrio momentâneo, mas suas almas carregavam cicatrizes invisíveis das batalhas recentes. Celina acordou com um peso no peito. O som de sussurros a despertara no meio da noite, mas ela não conseguira entender suas palavras. Agora, enquanto caminhava pelas bordas do vilarejo, os cristais emitiam um som distinto, um murmúrio constante. — Vocês ouviram isso? — perguntou ela, chamando Arian e Eshara. — Não ouvi nada — disse Arian, franzindo a testa. — Mas sinto algo. O ar parece... mais denso. Eshara colocou a mão sobre o coração, seus olhos se enchendo de uma luz suave. — O Véu está falando conosco, mas não em palavras. É como uma melodia distante, que ainda não conseguimos en
Os guardiões avançavam pela floresta ao redor do vilarejo, seguindo as linhas douradas e prateadas do mapa que o Véu lhes apresentara. Cada passo parecia guiado por uma força invisível, como se o próprio universo conspirasse para levá-los ao seu destino. Apesar disso, o ar estava carregado de tensão. A jornada prometia tanto revelações quanto desafios.Arian liderava o grupo, com Lira logo atrás. Celina e Eshara observavam os arredores, alertas a qualquer sinal de perigo. O som do vento entre as árvores lembrava o sussurro do Véu, um lembrete constante de que o equilíbrio estava sempre em jogo.— Vocês sentiram isso? — perguntou Eshara, parando abruptamente.O grupo congelou. O chão sob seus pés vibrava levemente, como se uma força profunda estivesse se movendo abaixo da superfície.— Não é daqui — respondeu Lira, olhando para o céu. — É como se algo além desta dimensão estivesse tentando se conectar.A Porta Entre MundosPouco tempo depois, chegaram a uma clareira. No centro dela, um
O retorno ao vilarejo foi marcado por um silêncio incomum. O Véu parecia mais denso, mais presente, como se tivesse se aprofundado na própria essência do mundo. Os guardiões estavam exaustos, mas a missão cumprida trouxe uma paz temporária, uma sensação de que algo maior estava em movimento.Ao atravessarem o portal de volta, uma sensação inquietante os envolveu. O vilarejo parecia intocado, mas algo no ar estava diferente, como uma sombra invisível pairando sobre eles.— O que aconteceu? — murmurou Arian, olhando para os cristais que circundavam o vilarejo. Eles estavam mais opacos, suas cores menos vibrantes.Eshara, com os sentidos aguçados, sentiu a energia distorcida ao seu redor. — Algo não está certo. O Véu… ele mudou.Lira, sempre perceptiva, olhou para o horizonte. O céu, antes claro e pacífico, agora parecia obscurecido por uma névoa escura que se aproximava.— Não é possível — disse Celina, o olhar fixo no que parecia ser uma figura se erguendo entre as sombras.A figura pa
Após a vitória sobre o Guardião do Caos, o vilarejo começou a se recuperar, mas uma sensação de inquietação pairava no ar. O Véu, embora restaurado, parecia estar guardando algo, algo que estava além do que os guardiões podiam perceber. Cada passo que davam no vilarejo parecia ecoar nas profundezas do universo, como se o Véu estivesse se esticando, aguardando algo mais. Celina estava no centro do vilarejo, olhando para o céu. O mapa estelar que Elias havia revelado anteriormente ainda permanecia lá, mas agora ele parecia em constante movimento, como se estivesse se expandindo. O Véu não era mais apenas um tecido entre as realidades; ele estava se tornando uma porta, uma conexão entre dimensões, e elas pareciam estar se aproximando. — Algo está acontecendo — disse Celina, em voz baixa, quase para si mesma. Arian, que estava próximo, olhou para o céu também. — O Véu está chamando. Ou, talvez, está sendo chamado. Eshara se aproximou, seu olhar sério. — Vocês sentem isso também, nã
O confronto diante da criatura fragmentada não demorou a se intensificar. A esfera de luz negra pulsava em um ritmo frenético, como se estivesse viva, alimentando-se da energia que a rodeava. Cada movimento da criatura era acompanhado por uma onda de distorção, alterando o espaço e o tempo ao seu redor. Era uma manifestação pura do caos, um reflexo daquilo que o Véu estava tentando conter. Celina deu um passo à frente, sentindo o peso do momento. Seus olhos brilharam com a determinação de alguém que já havia enfrentado o desconhecido, mas nunca com uma gravidade tão profunda. — Precisamos entender o que essa criatura representa — ela disse, sua voz clara e firme. — O caos não é apenas destruição. É também transformação. O Véu nos ensinou isso. A criatura os observava com um olhar que parecia atravessar suas almas. Ela parecia saber o que os guardiões estavam pensando, seus olhos refletem o vazio de inúmeras realidades esquecidas. Quando ela falou, sua voz ecoou como um coro dista
O vilarejo estava em silêncio profundo. O Véu havia se acalmado, mas o ar ainda pulsava com a energia das transformações recentes. A paz que parecia ter retornado ao lugar era, na verdade, uma tranquilidade precária, como se o universo estivesse em um estado de espera, aguardando algo definitivo para mudar o rumo das coisas.Os guardiões se reuniram novamente no centro, onde a antiga árvore do saber se erguia, suas raízes profundas conectadas ao núcleo da terra, e seus galhos tocando o céu. A árvore, que antes parecia ser apenas um ponto fixo no vilarejo, agora emanava uma energia que ressoava com a própria essência do Véu. O que aconteceria a seguir? Ninguém sabia, mas todos sentiam que um novo ciclo estava prestes a começar.Celina, com os olhos fixos no tronco da árvore, sentiu uma leve vibração em suas mãos. A pedra que ela carregava, um fragmento do Véu, estava pulsando, como se tentasse comunicar-se com ela. Era algo novo, algo que ela não havia experimentado antes. Era como se
O sol mal se erguia no horizonte, e o vilarejo ainda estava imerso na calma que precede algo grandioso. O Véu, com suas cores profundas e mutantes, parecia pulsar como um organismo vivo, como se estivesse consciente da presença dos guardiões que se aproximavam. Algo havia mudado na essência do Véu, e aqueles que estavam em sintonia com ele podiam sentir sua energia, sua ansiedade, sua força crescendo.Celina, Arian, Eshara, Lira e Elias estavam reunidos diante do grande cristal, agora resplandecente em tons de azul profundo e dourado. A pedra, que antes estava coberta por fissuras e fragmentos, agora brilhava com uma luz interna que parecia refletir não apenas a energia do Véu, mas também o destino de todos que estavam ali.— O Véu nunca esteve tão vivo — disse Celina, sua voz baixa e carregada de compreensão.Eshara observou o cristal com um olhar atento, sentindo uma pressão crescente no peito. — Nunca imaginei que o Véu pudesse ser mais do que o que já conhecíamos. Ele se estende,