Após retornarem de Kaladros, o grupo sentiu o peso da próxima etapa. Ísis observava o Orbe da Harmonia, que agora pulsava com uma energia mais forte, iluminando o salão do Círculo das Estrelas. O brilho revelava fragmentos de símbolos antigos nas paredes, como se a própria estrutura do vilarejo estivesse se conectando ao Véu.— Estamos mais perto, mas ainda há muito a fazer, — disse Elias, sentado em um dos bancos de pedra. — O próximo fragmento estará ainda mais protegido, e Akharon certamente estará à espreita.Rhydan concordou com um aceno.— Cada vez que avançamos, ele sente o impacto no equilíbrio. Precisamos agir rápido.A Voz do VéuEnquanto o grupo discutia seus próximos passos, o Orbe começou a emitir um som diferente, algo como uma melodia distante. Ísis se aproximou, instintivamente tocando-o. No momento em que seus dedos entraram em contato com a superfície, ela foi envolvida por uma luz intensa e sua mente foi transportada para um espaço infinito, onde vozes sussurravam e
O Coração do Véu pulsava diante deles, como uma estrela aprisionada em um casulo de energia vibrante. Ísis, Celina, Elias e Rhydan permaneceram em silêncio, sentindo a magnitude do que estava por vir. A sala onde se encontravam parecia existir fora do tempo, suas paredes refletindo todos os mundos conectados pelo Véu.— Este é o ponto de origem, — murmurou Elias. — O lugar onde o Véu nasceu.A Presença de AkharonAntes que pudessem avançar, a energia na sala mudou. Uma sombra começou a se formar, e Akharon surgiu, envolto em uma aura negra e densa. Seus olhos brilhavam como estrelas mortas, e sua voz reverberou como um trovão.— Vocês chegaram longe, mas não irão mais além, — declarou ele, sua presença preenchendo o espaço. — O Véu pertence a mim agora, e com o Coração, controlarei todos os mundos.— O Véu não é propriedade de ninguém, — retrucou Ísis, sua voz carregada de firmeza. — Ele é equilíbrio, não poder.Akharon riu, um som frio que fez o ar vibrar.— Você acredita mesmo que e
O grupo havia retornado ao vilarejo depois de sua última jornada ao Éter Musical. Ísis, Celina, Elias e Rhydan reuniram-se na biblioteca antiga para estudar os textos deixados pelos guardiões anteriores. Apesar da harmonia restaurada no Véu, uma inquietação pairava no ar.— Não parece que terminamos, — comentou Celina, enquanto folheava um livro com runas brilhantes. — O Véu está... diferente.Elias, sempre atento, inclinou-se sobre o mapa dos Nexus. Ele apontou para uma marca apagada, quase imperceptível.— Este ponto, — disse ele. — Não estava aqui antes.Rhydan franziu o cenho.— Um Nexus oculto? Por que nunca ouvimos falar dele?O Chamado do VéuNesse momento, o Véu pulsou ao redor deles, preenchendo a sala com uma luz etérea. Ísis sentiu o impacto mais forte, como se uma melodia distante estivesse tentando alcançá-la.— É um chamado, — disse ela, tocando a têmpora. — O Véu está tentando nos mostrar algo.Lyria surgiu na entrada da biblioteca, trazendo consigo um fragmento de cris
O vilarejo estava em paz, mas Ísis sentia que algo ainda pairava no ar. A sensação de que o Véu, embora estabilizado, não revelara todo o seu enigma, a incomodava. Ela sabia que não estava sozinha nessa percepção. Celina, sempre atenta aos detalhes, também parecia sentir a mesma inquietação.— Algo está por vir, — disse Ísis, observando o céu estrelado. — O Véu pode ter se recomposto, mas a jornada ainda não terminou.Celina, ao seu lado, olhou para o horizonte, onde a luz das estrelas parecia dançar em ritmos silenciosos, como se estivessem aguardando algo.— O Véu não nos deu todas as respostas, — respondeu Celina. — Talvez esteja apenas começando a nos mostrar o que realmente precisa ser feito.O Chamado do FuturoNa manhã seguinte, enquanto o grupo se preparava para sua rotina diária, uma visão se formou diante de Ísis, como um holograma de luz. A imagem de um novo portal, ainda em formação, apareceu à sua frente. Era diferente de tudo o que haviam visto até agora. Este não era um
O tempo parecia diluir-se à medida que o grupo avançava na teia do destino. Cada passo que davam os conduzia mais profundamente na trama que conectava as infinitas possibilidades do universo. O Guardião da Teia observava atentamente, seu olhar profundo e sereno, como se soubesse exatamente o que aconteceria a seguir.— O Véu se revela, mas a sua essência está além da compreensão humana, — disse o Guardião, sua voz soando como um eco nas linhas douradas ao redor. — Vocês estão prestes a tocar o que é intangível, o que não pode ser descrito em palavras.Ísis, Celina, Elias e Rhydan estavam em silêncio, absorvendo a magnitude do que estava prestes a acontecer. A sensação de estarem no centro do próprio cosmos, no ponto de convergência de todas as realidades, era ao mesmo tempo aterradora e sublime. Cada linha dourada que se estendia diante deles parecia pulsar com a energia de um futuro ainda por escrever.O Enigma da TeiaQuando o Guardião levantou a mão, as linhas começaram a se mover
A luz do Véu brilhou intensamente, preenchendo o espaço ao redor com uma energia reconectada. Ísis, Celina, Elias e Rhydan se encontraram de volta ao centro da teia, onde a grande rede dourada ainda pulsava, agora mais estável e serena. No entanto, a sensação de mudança era palpável, como se uma nova era estivesse prestes a nascer de dentro daquele equilíbrio restaurado.A Voz do VéuO Guardião da Teia, que havia observado em silêncio a interação com o Guardião do Vazio, agora se aproximava, sua figura irradiando um brilho suave. Sua presença, antes distante e imponente, parecia agora mais próxima, mais conectada a eles.— O Véu foi restaurado, mas, com isso, uma nova verdade surge, — disse o Guardião, a voz carregada de uma sabedoria profunda. — O que foi perdido não pode ser recuperado, mas a essência de tudo o que foi preservado ressoará nos mundos. O equilíbrio foi mantido, mas uma nova missão vos aguarda.Ísis, Celina e Elias trocaram olhares silenciosos, cientes de que o que aca
Era uma noite sem lua quando Daniel observava o céu. A vastidão negra parecia um manto infinito, salpicado com minúsculas estrelas, como cicatrizes luminosas no tecido do universo. Ele sempre se perguntava o que existia além do que os olhos podiam ver, além da luz das estrelas que já estavam mortas, mas continuavam a brilhar.Daniel, um jovem astrofísico em ascensão, dedicara sua vida a estudar os mistérios do cosmos. Seu fascínio por buracos negros começou cedo, uma curiosidade alimentada por teorias e especulações. Para muitos, os buracos negros eram ameaças silenciosas no universo; para ele, eram portais para algo maior.Naquela noite, algo mudou.Em meio às observações rotineiras, seus monitores começaram a registrar flutuações que desafiavam qualquer explicação conhecida. Um sinal incomum, vindo de um ponto distante, onde apenas um buraco negro colossal reinava. O nome da região era SG-103, um dos buracos negros mais antigos já descobertos, um verdadeiro monstro cósmico.— O que
As luzes do laboratório piscavam intermitentemente, refletindo o estado caótico da mente de Daniel. Ele mal havia dormido nas últimas quarenta e oito horas, obcecado pela ideia de que o buraco negro SG- cento e três estava escondendo algo que os cálculos e modelos não conseguiam prever. Era como se todo o seu treinamento científico fosse insuficiente para lidar com o que estava diante dele.O buraco negro, que antes era uma ameaça distante e misteriosa, agora parecia um convite tentador. As flutuações eletromagnéticas, os sinais enigmáticos que ele captara, ainda ressoavam em sua cabeça. Mas, estranhamente, não havia pânico em seu coração. Havia uma curiosidade insaciável, quase como se aquilo estivesse destinado a acontecer.Naquela manhã, ele se sentou com Clara, sua parceira de pesquisa e a única pessoa que parecia compartilhar, ao menos em parte, de seu entusiasmo. Clara, uma jovem cosmóloga com uma mente afiada, estava mais cautelosa. Enquanto Daniel via as evidências como um cam