Os guardiões avançavam pela floresta ao redor do vilarejo, seguindo as linhas douradas e prateadas do mapa que o Véu lhes apresentara. Cada passo parecia guiado por uma força invisível, como se o próprio universo conspirasse para levá-los ao seu destino. Apesar disso, o ar estava carregado de tensão. A jornada prometia tanto revelações quanto desafios.Arian liderava o grupo, com Lira logo atrás. Celina e Eshara observavam os arredores, alertas a qualquer sinal de perigo. O som do vento entre as árvores lembrava o sussurro do Véu, um lembrete constante de que o equilíbrio estava sempre em jogo.— Vocês sentiram isso? — perguntou Eshara, parando abruptamente.O grupo congelou. O chão sob seus pés vibrava levemente, como se uma força profunda estivesse se movendo abaixo da superfície.— Não é daqui — respondeu Lira, olhando para o céu. — É como se algo além desta dimensão estivesse tentando se conectar.A Porta Entre MundosPouco tempo depois, chegaram a uma clareira. No centro dela, um
O retorno ao vilarejo foi marcado por um silêncio incomum. O Véu parecia mais denso, mais presente, como se tivesse se aprofundado na própria essência do mundo. Os guardiões estavam exaustos, mas a missão cumprida trouxe uma paz temporária, uma sensação de que algo maior estava em movimento.Ao atravessarem o portal de volta, uma sensação inquietante os envolveu. O vilarejo parecia intocado, mas algo no ar estava diferente, como uma sombra invisível pairando sobre eles.— O que aconteceu? — murmurou Arian, olhando para os cristais que circundavam o vilarejo. Eles estavam mais opacos, suas cores menos vibrantes.Eshara, com os sentidos aguçados, sentiu a energia distorcida ao seu redor. — Algo não está certo. O Véu… ele mudou.Lira, sempre perceptiva, olhou para o horizonte. O céu, antes claro e pacífico, agora parecia obscurecido por uma névoa escura que se aproximava.— Não é possível — disse Celina, o olhar fixo no que parecia ser uma figura se erguendo entre as sombras.A figura pa
Após a vitória sobre o Guardião do Caos, o vilarejo começou a se recuperar, mas uma sensação de inquietação pairava no ar. O Véu, embora restaurado, parecia estar guardando algo, algo que estava além do que os guardiões podiam perceber. Cada passo que davam no vilarejo parecia ecoar nas profundezas do universo, como se o Véu estivesse se esticando, aguardando algo mais.Celina estava no centro do vilarejo, olhando para o céu. O mapa estelar que Elias havia revelado anteriormente ainda permanecia lá, mas agora ele parecia em constante movimento, como se estivesse se expandindo. O Véu não era mais apenas um tecido entre as realidades; ele estava se tornando uma porta, uma conexão entre dimensões, e elas pareciam estar se aproximando.— Algo está acontecendo — disse Celina, em voz baixa, quase para si mesma.Arian, que estava próximo, olhou para o céu também. — O Véu está chamando. Ou, talvez, está sendo chamado.Eshara se aproximou, seu olhar sério. — Vocês sentem isso também, não é? Co
O confronto diante da criatura fragmentada não demorou a se intensificar. A esfera de luz negra pulsava em um ritmo frenético, como se estivesse viva, alimentando-se da energia que a rodeava. Cada movimento da criatura era acompanhado por uma onda de distorção, alterando o espaço e o tempo ao seu redor. Era uma manifestação pura do caos, um reflexo daquilo que o Véu estava tentando conter.Celina deu um passo à frente, sentindo o peso do momento. Seus olhos brilharam com a determinação de alguém que já havia enfrentado o desconhecido, mas nunca com uma gravidade tão profunda.— Precisamos entender o que essa criatura representa — ela disse, sua voz clara e firme. — O caos não é apenas destruição. É também transformação. O Véu nos ensinou isso.A criatura os observava com um olhar que parecia atravessar suas almas. Ela parecia saber o que os guardiões estavam pensando, seus olhos refletem o vazio de inúmeras realidades esquecidas. Quando ela falou, sua voz ecoou como um coro distante,
O vilarejo estava em silêncio profundo. O Véu havia se acalmado, mas o ar ainda pulsava com a energia das transformações recentes. A paz que parecia ter retornado ao lugar era, na verdade, uma tranquilidade precária, como se o universo estivesse em um estado de espera, aguardando algo definitivo para mudar o rumo das coisas.Os guardiões se reuniram novamente no centro, onde a antiga árvore do saber se erguia, suas raízes profundas conectadas ao núcleo da terra, e seus galhos tocando o céu. A árvore, que antes parecia ser apenas um ponto fixo no vilarejo, agora emanava uma energia que ressoava com a própria essência do Véu. O que aconteceria a seguir? Ninguém sabia, mas todos sentiam que um novo ciclo estava prestes a começar.Celina, com os olhos fixos no tronco da árvore, sentiu uma leve vibração em suas mãos. A pedra que ela carregava, um fragmento do Véu, estava pulsando, como se tentasse comunicar-se com ela. Era algo novo, algo que ela não havia experimentado antes. Era como se
O sol mal se erguia no horizonte, e o vilarejo ainda estava imerso na calma que precede algo grandioso. O Véu, com suas cores profundas e mutantes, parecia pulsar como um organismo vivo, como se estivesse consciente da presença dos guardiões que se aproximavam. Algo havia mudado na essência do Véu, e aqueles que estavam em sintonia com ele podiam sentir sua energia, sua ansiedade, sua força crescendo.Celina, Arian, Eshara, Lira e Elias estavam reunidos diante do grande cristal, agora resplandecente em tons de azul profundo e dourado. A pedra, que antes estava coberta por fissuras e fragmentos, agora brilhava com uma luz interna que parecia refletir não apenas a energia do Véu, mas também o destino de todos que estavam ali.— O Véu nunca esteve tão vivo — disse Celina, sua voz baixa e carregada de compreensão.Eshara observou o cristal com um olhar atento, sentindo uma pressão crescente no peito. — Nunca imaginei que o Véu pudesse ser mais do que o que já conhecíamos. Ele se estende,
O vilarejo estava mais silencioso do que nunca. As montanhas ao redor pareciam mais distantes, como se o Véu tivesse ampliado o alcance do mundo, esticando-o até os limites do infinito. O céu, por sua vez, refletia o estado interior dos guardiões: vasto, cheio de possibilidades, mas também marcado pela responsabilidade que agora carregavam. Cada passo que davam parecia ecoar no universo.Celina, Arian, Eshara, Lira e Elias estavam diante do grande cristal, que ainda emanava uma luz dourada, a qual parecia ser absorvida pela terra. Os guardiões sentiam a conexão entre o Véu e seus próprios corpos, uma sintonia que nunca tinham experimentado antes, como se fossem extensões um do outro. Era um poder imenso, mas também um fardo que exigia equilíbrio e sabedoria.— O Véu agora se estende além do vilarejo. Não é mais só um elo entre as dimensões que conhecemos. Ele conecta todos os mundos — disse Elias, com um tom grave, mas sereno. — O mapa estelar revelado é mais do que uma simples projeç
Os guardiões estavam a poucos passos da imensa torre de cristal. À medida que se aproximavam, uma sensação estranha tomava conta deles, como se o próprio ar estivesse mais denso, carregado de um poder que desafiava a compreensão. O chão, que antes pulsava de forma suave, agora tremia levemente, como se o planeta estivesse respirando com eles. Cada passo que davam era uma reverberação no tempo e no espaço.A torre parecia estar viva, com suas paredes que ondulavam e se contorciam, refletindo uma luz dourada que se intensificava conforme chegavam mais perto. Era como se ela estivesse se moldando à medida que eles se aproximavam, como se estivesse esperando por eles.Celina foi a primeira a falar, sua voz carregada de reverência e um toque de apreensão:— Não sei o que nos aguarda lá dentro, mas sinto que estamos chegando ao ponto crucial de nossa jornada. O Véu nos trouxe até aqui por um motivo. Esta torre... é a chave para algo maior.Arian olhou para o topo da torre, onde uma luz inte