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Amor e Destino de um Alfa
Amor e Destino de um Alfa
Por: Moon Elarah
Capítulo 1: O Vazio na Rotina

A luz fria do teto vibrava levemente, zumbindo como um lembrete incômodo de que a vida de Eyla estava presa a repetições.

Mais um dia, mais uma reunião onde rostos vazios disfarçavam ambição e falsidade por trás de sorrisos plásticos.

Sentada na ponta da mesa de vidro, ela observava os colegas — cada um envolto por uma névoa energética densa, cinza, sufocante.

Seu dom, uma maldição silenciosa, a impedia de se desligar. Enquanto os outros balbuciavam sobre metas e estratégias, ela via o que ninguém mais via: inveja, frustração, desejo de poder.

Tudo embrulhado em ternos caros e discursos reciclados. Eyla cruzou os braços e afundou na cadeira, disfarçando o desdém com uma expressão neutra.

Mas por dentro, ela gritava.

A sensação de estar fora do lugar, de ser uma peça errada em um quebra-cabeça burocrático, era constante. No corredor, a copa fervilhava de vozes agudas. Fofocas voavam como mosquitos em noite abafada. A secretária do chefe quase se desmanchava em desespero, tentando dar conta de uma agenda caótica. Eyla? Ela tinha três projetos acumulados, um novato para treinar e uma lista de clientes VIPs esperando soluções que ela mal conseguia oferecer com entusiasmo.

Sua alma estava cansada. Após a reunião, encontrou Justin — seu namorado, ou melhor, seu exibidor oficial. Ele vinha com aquele ar de superioridade que parecia colado à pele, falando alto sobre contratos e cifras como se isso fosse alguma prova de masculinidade.

Eyla o ouviu em silêncio, o coração murcho, a mente distante.Eles estavam a caminho de mais um evento corporativo — desses cheios de sorrisos falsos e taças de espumante morno. Justin parecia animado. Uma nova parceria com uma empresa internacional de energia limpa e sustentável prometia bons lucros.

Mas o que chamou a atenção de Eyla não foram os números. Foram eles, os sócios. Os novos sócios chegaram cercados de uma aura estranha. Homens altos, imponentes, com um magnetismo quase selvagem. Olhos intensos, corpos marcados por uma força contida.

Ao lado deles, mulheres igualmente belas e elegantes, mas com uma energia bruta, como predadoras em pele de veludo. Algo neles fez a espinha de Eyla arrepiar.

No entanto, voltando a sua presença quando Justin solta em uma roda de conversa:

— Vejam — disse Justin, com orgulho inflado —, esta é minha noiva, Eyla.

Noiva?

O chão pareceu sumir sob os pés dela. Aquela palavra caiu como uma bomba em sua mente. Justin nunca havia pedido sua mão, nem sequer insinuado tal coisa.

Ela era somente uma decoração conveniente no seu teatro de sucesso. O calor subiu às bochechas, e um nó apertou sua garganta.

Sentiu os olhares curiosos dos convidados pesando sobre ela, julgando, esperando. Forçou um sorriso, mas foi fraco, quebrado.

— Com licença... preciso ir ao banheiro — murmurou, virando-se sem esperar resposta.

Caminhou rapidamente pelos corredores, o salto ecoando como marteladas. Seu coração batia fora do ritmo. E então, sentiu. Uma presença. Alguém — ou algo — a observava. A atmosfera mudou. Uma energia espessa, pulsante, quase viva, enroscou-se nela como um toque invisível.

Estremeceu. 

Ela não sabia explicar, mas aquela sensação era diferente de tudo que já havia sentido antes, pensou que estava louca, ou o espumante foi demais?

Olhou discretamente em volta, não percebendo nada, seguiu seu caminho rumo ao toalete.   

Aquela noite só estava começando...

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