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Capítulo 5- O primeiro encontro

O coração de Eyla martelava em seu peito enquanto seus passos se aceleravam pelo asfalto frio da noite. O som de sapatos ecoando atrás dela confirmava o que já sabia: não era sua imaginação. Alguém a seguia.

O ar fresco da noite parecia insuficiente para acalmá-la. Ela apertou a bolsa contra o corpo, o olhar fixo na calçada à sua frente. Virar-se e encarar quem quer que fosse parecia uma péssima ideia. Em vez disso, tentou aumentar o ritmo, forçando suas pernas a se moverem mais rápido.

Mas os passos atrás dela também aceleraram.

A adrenalina percorreu suas veias. Seu dom lhe dizia que a energia daquela presença não era comum. Era intensa, imponente, quase... selvagem.

Eyla virou a esquina abruptamente, entrando em um beco iluminado apenas por uma única lâmpada pública piscando. Uma decisão irracional, talvez, mas precisava de um segundo para pensar. Encostou-se contra a parede de tijolos, prendendo a respiração.

Silêncio.

Por um instante, acreditou que tivesse despistado seu perseguidor.

Então, uma sombra se destacou da escuridão.

Alto. Postura relaxada, mas carregada de um poder latente. Os olhos verdes brilharam na penumbra, cravando-se nela com uma intensidade que fez seu corpo inteiro reagir. A energia dele era esmagadora, um misto de autoridade e perigo.

Ela não precisou perguntar quem ele era. O homem da festa. O estranho que interveio quando Justin tentou dominá-la.

— Eu sabia que você não me deixaria ir tão facilmente — sua voz saiu mais firme do que esperava, mas seu coração batia descontrolado.

Ele deu um passo à frente, e ela sentiu o calor que emanava dele. Algo nele gritava perigo, mas, ao mesmo tempo, fazia seu corpo inteiro se arrepiar de uma forma que nunca sentira antes.

— Eu não estava te seguindo — ele disse, a voz baixa e carregada de algo que ela não soube definir. — Eu estava te protegendo.

Eyla estreitou os olhos.

— Protegendo? De quem?

A expressão dele se tornou sombria. Os olhos, antes apenas penetrantes, agora carregavam uma promessa velada de violência.

— De coisas que você ainda não conhece.

O ar entre eles pareceu se eletrizar. Eyla sentiu seu instinto gritar para fugir, mas também para ficar. Esse homem... ele não era apenas diferente. Ele era perigoso. Ele era um mistério que, de alguma forma, estava ligado ao dela.

E, naquele momento, ela soube: sua vida nunca mais seria a mesma.

Adrian deu um passo ainda mais próximo, e Eyla percebeu que, por mais que quisesse recuar, algo dentro dela não deixava. Como se sua própria essência reconhecesse aquele homem de alguma forma que sua mente ainda não compreendia.

— Você não deveria estar aqui sozinha — ele continuou, a voz carregada de uma autoridade que a fez prender a respiração.

— Eu consigo me cuidar — ela rebateu, tentando manter a compostura, mas sua voz vacilou levemente.

Adrian soltou um pequeno sorriso, como se já esperasse aquela resposta. Seus olhos brilharam por um instante, e Eyla sentiu uma estranha onda de calor percorrer seu corpo. Não era só atração. Era algo mais profundo, algo que despertava em seu âmago um sentimento desconhecido, mas não indesejado.

— Espero que sim — ele murmurou, desviando o olhar por um instante para além dela, como se estivesse atento a algo mais. Então, voltou a encará-la com intensidade. — Mas, se precisar, eu estarei por perto.

Eyla ficou confusa por um momento. Não conhecia aquele homem, então por que ele parecia tão familiar? E por que ele estava ali, atrás dela? Seus olhos se prenderam aos dele, como se procurassem respostas naquele olhar verde hipnotizante. Ela sentiu um arrepio percorrer sua pele, um instinto profundo lhe dizendo que esse encontro era mais do que uma coincidência.

Sem perceber, sua boca já formava as palavras antes mesmo que sua mente acompanhasse:

— Eu te conheço de algum lugar? Será que estudamos na mesma escola? Qual o seu nome?

Adrian, pego de surpresa, hesitou por um breve instante. Ele não esperava que ela fizesse perguntas diretas, muito menos que sentisse essa conexão. Dentro dele, algo se agitava – um sentimento inquietante, misturado à certeza de que aquele momento mudaria tudo.

Por um instante, flashes da profecia invadiram sua mente. “Se um alfa se vincular a um humano, o véu entre os mundos cairá.” Ele sabia que precisava manter distância, que deveria ignorar o que sentia. Mas ali estava ela, diante dele, e seu lobo rugia dentro de si, exigindo que a protegesse, que a reivindicasse.

Adrian engoliu em seco antes de finalmente responder, sua voz grave e carregada de um peso que ela não compreendia.

— Adrian. Meu nome é Adrian.

Eyla sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir aquele nome. Algo dentro dela sussurrou que esse encontro era apenas o começo de algo muito maior – algo que mudaria suas vidas para sempre.

Nesse momento, Eyla sorriu. E tudo foi por água abaixo.

Adrian perdeu o ar, o chão, foi como se flutuasse em nuvens com aquele sorriso. Ele soube ali que ela seria sua perdição... e seu destino.

Eyla, por sua vez, estendeu a mão e se apresentou, sentindo-se um pouco louca por se apresentar a um homem que aparentemente a seguia no meio da noite. Mas, por algum motivo inexplicável, ela se sentia segura.

— Meu nome é Eyla, prazer em conhecê-lo. Você tem um nome muito bonito — disse, mas, em sua mente, sabia que não era só o nome que a atraía.

Choque. Foi o que aconteceu quando suas mãos se tocaram. O ar pareceu parar por um momento, como se o céu e a terra houvessem suspendido seu movimento.

Dentro dela, algo mudou. Como se, finalmente, tivesse encontrado o que sempre esteve esperando.

E o que aconteceu a seguir mudaria tudo o que ambos acreditavam até ali.

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