Jade
Acordo com o som suave do alarme do meu celular, que toca pontualmente às 6:00 horas. Eu respiro fundo, sentindo o aroma familiar do café que já está sendo preparado na cozinha, graças ao temporizador da minha cafeteira. Ainda com os olhos fechados, eu me espreguiçava na cama, esticando os braços acima da minha cabeça e relaxando os músculos antes de abrir os olhos. Me levanto com um pouco de preguiça, mas a determinação de enfrentar mais um dia no departamento de polícia me faz querer levantar imediatamente. Caminho até o banheiro e inicio a minha rotina de higiene pessoal, e agora sim, despertei de vez! A luz suave do amanhecer entrando pela janela, iluminando o espelho enquanto eu termino de escovar os dentes, me dá uma motivação extra, os meus olhos assumem a direção e é focado no reflexo. Eu prendo meus cabelos em um rabo de cavalo rápido e prático antes de vestir o meu uniforme, que sempre mantenho arrumado na cadeira ao lado da minha cama. Sou uma mulher prática, sempre sonhei em ser policial, apesar de ter uma vida regada a doses generosas de adrenalina, me considero uma pessoa dedicada e, embora tenha um temperamento forte, busco sempre a organização e a precisão em tudo o que faço. Tenho um grande sonho, mas deixo guardado apenas para mim, acho que não é nada demais sonhar com um grande amor, daqueles que te faz suspirar e contar os minutos para chegar em casa, e jogar nos braços do amado, mas até esse dia chegar, prefiro conferir se o pente da minha pistola Sig Sauer P 320 está devidamente carregado. Sou detetive daqui de Nova York, da minha casa até o trabalho é um percurso rápido, é a grande vantagem de morar próximo ao trabalho, sou lotada no departamento de Manhattan, onde tratamos casos de crimes sexuais. É um trabalho que exige muita delicadeza e cautela, as vítimas já encontram-se sensíveis demais. Nasci e me criei nessa cidade maravilhosa, aqui conheço tudo como a palma da minha mão, sou bilingue, apaixonada pelo meu trabalho e pela minha equipe, colaboramos uns com os outros de maneira incondicional. Tenho um parceiro que me acompanha regularmente nas atividades externas, já considerei desenvolver algo a mais com ele, mas prefiro me resguardar para o casamento. Acredito que a melhor 'roupa' que uma pessoa pode vestir é a honestidade e ser pura. Essa sou eu, uma romantica incondicional! — Vou para cozinha, pego uma xícara de café fumegante e tomo um gole, sinto o calor da bebida me despertar por completo. Eu me sento à mesa e reviso mentalmente os compromissos para começar o meu dia, logo me faz lembrar de que há um caso pendente que precisa da minha atenção imediata. Após o café da manhã, alcanço o meu distintivo e coloco no bolso do meu casaco, pego as chaves do meu carro e saio de casa, me sentindo pronta para enfrentar os desafios do meu próprio dia. Olho para céu que ainda está tingido com os tons de rosa e laranja do amanhecer enquanto eu dirijo, pelas ruas da cidade olhando em toda a minha volta que lentamente começa a acordar. — Após um tempo chego no departamento de polícia, eu respiro fundo mais uma vez, me preparando para o que está por vir. Pois sei que o meu trabalho não é fácil, mas a sensação de estar fazendo a diferença me impulsiona a cada novo dia. Logo vejo o Henrique, ele passa ao meu lado, meu saudando: — Bom dia Jade! — Bom dia Henrique! — respondo com um sorriso simpático. Penso comigo mesma, ele a cada dia, tem se mostrado um ótimo parceiro de equipe, sabemos que saímos, mas não temos a certeza, se voltaremos para casa, por isso que sempre, peço proteção para aquele lá de cima, isso é muito importante para mim mesmo não sendo, religiosa, saio dos meus devaneios que nem percebo, ao ouvir a convocação do delegado. Ele nos chamando é sinônimo de problema, vou até a sua sala a passos rápidos, ao chegar, bato delicadamente na janela de vidro, ele me olha e autoriza a nossa entrada, ‘Volt’, o nosso delegado vai direto ao ponto como sempre e diz, que eu e Henrique tínhamos uma missão, para ser cumprida pelas ruas de Manhattan. Ele nos explica tudo resumidamente e pede brevidade, nos despedimos e saio da sua sala apressadamente, vou até o meu armário, pego a minha arma e entramos no carro enquanto, a outra equipe seguia para outra direção. A perseguição havia começado. Para mim, cada passo era um teste de força. A jovem vítima havia sido encontrada em um beco, perto de uma lixeira. Tremia, não apenas pelo frio, mas pelo trauma gravado em seu corpo e alma. Seus olhos, cheios de medo e desespero, me pararam por um momento. Ela se encolheu ao me ver, ameaçando-me com um pedaço de metal enferrujado, então digo: — Calma, falei, a minha voz baixa e firme, tentando atravessar o abismo que a separava de qualquer senso de segurança. — Estou aqui para ajudar! Com paciência, aproximei-me, um passo de cada vez, até que sua resistência cedeu. As lágrimas caíram, lavando um pouco da dureza que o terror havia esculpido em sua expressão. Levamos a jovem ao hospital, onde ela revelou a extensão de sua coragem e sofrimento. Contou que o agressor a atacara no beco, mas ela, num último ato de sobrevivência, conseguiu cravar um objeto cortante no pescoço dele. Foi o que a permitiu fugir. Voltamos ao local em que a encontramos, um silêncio pesado preenchendo o carro. Lá, entre sombras e detritos, encontramos o corpo do homem. Ele jazia imóvel, exatamente como ela havia descrito. Um pedaço de vidro quebrado ainda estava cravado em sua carne. O caso parecia encerrado, mas a sensação de encerramento nunca era plena. Aquele cenário sombrio era um lembrete do quão cruel o mundo podia ser. Eu observava Henrique enquanto ele fazia as anotações finais. Seu rosto refletia o mesmo cansaço que eu sentia. De volta à delegacia, tomei um café forte, o amargor da bebida me puxando de volta à realidade como um consolo amargo. Sabia que a noite seria longa, não por causa de papéis ou relatórios, mas pelo peso que insistia em repousar sobre os meus ombros. O sofrimento da jovem não se apagaria. As marcas, visíveis ou não, permaneceriam com ela por tempo indeterminado. Para mim, cada caso era um desafio sem fim, um lembrete de que o mundo que eu havia escolhido enfrentar era sombrio e implacável. Mas era isso que fazia de mim quem eu era. Jade. Firme, mas não inabalável. Forte, mas não imune às feridas que via.EscorpiãoEu sou Leonardo Ambrosio, mas esse nome é conhecido por poucos, quem quiser me encontrar ou saber algo a meu respeito pode procurar por Escorpião. Tenho 37 anos, e o Bronx é a minha casa. Cresci nas ruas daqui, após fugir de casa aos quatorze anos de idade, logo aprendi que a sobrevivência é um aprendizado diário, e cada esquina tem uma história marcada por lutas e vitórias. A minha maior sorte na vida foi um dia ter sido encontrado pelo Zeus, mas isso fica para outra hora. A minha vida não é um conto de fadas, mas é a vida que escolhi, ou talvez a que me escolheu.Aqui, no Bronx, controlamos muito mais do que territórios. Nós somos os responsáveis por manter o equilíbrio num ambiente onde a tensão pode explodir a qualquer momento. A produção, distribuição e venda de substâncias como cocaína, heroína e maconha são nossas principais atividades. Sim, são ilegais, mas é o que sustenta muitos de nós, o que mantém as luzes acesas e as famílias alimentadas. Não somos santos, mas t
EscorpiãoTenho uma rotina bem estabelecida. Todas as semanas, eu faço questão de verificar pessoalmente as cargas de drogas que chegam e recolher o dinheiro das extorsões pessoalmente, nossa organização presta serviços de “segurança” aos comerciantes locais. Procuro ser sempre meticuloso, sempre atento aos detalhes, pois sei que qualquer erro pode me custar caro, mas tinha alguma coisa fora do lugar e eu estava bem estressado, porque algo que não esperava acabou acontecendo. Mas hoje foi bem diferente, tudo estava mudado. Ao chegar no armazém onde as drogas eram armazenadas, percebi de cara que a carga estava incompleta. Um dos pacotes de cocaína estava faltando. Meu coração acelerou, mas mantive a calma. Pois sabia que, em situações como essa, a pior coisa que poderia fazer era perder o controle.Sem perder tempo, eu chamo um de meus homens de confiança, Vítor, e peço que ele fosse investigar o que havia acontecido. Minha cabeça já estava aquecendo enquanto, aguardo o seu retorn
Jade Acordo com um sobressalto, o meu coração estava disparado no peito. O quarto em minha volta estava mergulhado na escuridão, interrompida apenas pela fraca luz da lua que se infiltrava pelas cortinas entreabertas que eu deixei. Ainda me sentindo desorientada, o meu corpo úmido de suor e o ar pesado, como se algo invisível tivesse acabado de se dissipar. Esfrego os meus olhos, tentando apagar a imagem que persistia em minha mente, o rosto do homem que um dia havia me salvado. Fazia anos que não pensava nele, que não revivia aqueles momentos. No entanto, ali estava ele, vívo, como se o tempo não tivesse passado.Tentando entender por que agora? Por que aquele sonho, tão inesperado e intenso?Me sento na cama, puxando as cobertas ao redor de mim, enquanto os pensamentos começavam a organizar em minha mente. O que aquilo significava? Conversava comigo mesmo que ele queria dizer? Intrigada e perturbada, sabia que não ia conseguir mais voltar a dormir. Precisava entender. Algo dentro
JadeFalei com minha avó que era hora de eu partir. Sei o quanto é difícil para ela ficar sozinha, pois sou a única família que ela tem. Essa situação também me entristece, mas entendo que é para o bem dela. Compartilhei um abraço demorado e apertado, prometendo que, assim que pudesse e tivesse livre, retornaria para visitá-la mais vezes. Nesse momento, meu celular tocou e, entro no carro e, atendo:— Olá, Henrique. Tudo bem? Como estão as coisas por aí?— Estou bem, um pouco sobrecarregado, mas estou conseguindo me organizar. Aonde você está indo?— Aproveitei a oportunidade para visitar minha avó, mas já estou prestes a sair.— Que bom! Você gostaria de tomar algo comigo?— Estou precisando, realmente. Você leu meus pensamentos! Aguarde-me no local de sempre, até lá.Dou uma última olhada para ela e acelero fundo.Já estávamos no bar, rindo e conversando descontraidamente enquanto compartilhavam algumas cervejas. O ambiente era aconchegante, com a luz suave das luminárias pendendo
Jasmine Permita-me apresentar-me, me chamo Jasmine Benson sou irmã mais velha, da jade tenho 28 anos e a minha vida havia desmoronado de uma maneira que eu jamais imaginaria. Antes, eu era técnica de enfermagem, uma profissão que me dava propósito, e mais que isso, eu era mãe de um menino que era o meu mundo. Mas, quando descobrir quê no final da minha gravidez, tinha dado pré eclampsia, e tinha evoluído para síndrome de hellp ele teve duas, paradas cardiorrespiratória após o nascimento e não resistiu, fiquei sem chão o buraco em meu peito parecia impossível de preencher.Nada fazia sentido. Nenhum sorriso, nenhuma rotina, nenhum dia que passava. A dor era um eco constante que me perseguia. Em meio a esse luto, eu começei a me distanciar de todos. A vida que antes tinha eu conhecia não existie mais. Foi então que eu busquei alívio conhecer um dos subordinados do Escorpião, um homem conhecido nas ruas como Coringa. Ele pode ser até perigoso, mas havia algo na escuridão dele que ref