JadeAcordo com o som suave do alarme do meu celular, que toca pontualmente às 6:00 horas. Eu respiro fundo, sentindo o aroma familiar do café que já está sendo preparado na cozinha, graças ao temporizador da minha cafeteira. Ainda com os olhos fechados, eu me espreguiçava na cama, esticando os braços acima da minha cabeça e relaxando os músculos antes de abrir os olhos. Me levanto com um pouco de preguiça, mas a determinação de enfrentar mais um dia no departamento de polícia me faz querer levantar imediatamente. Caminho até o banheiro e inicio a minha rotina de higiene pessoal, e agora sim, despertei de vez! A luz suave do amanhecer entrando pela janela, iluminando o espelho enquanto eu termino de escovar os dentes, me dá uma motivação extra, os meus olhos assumem a direção e é focado no reflexo. Eu prendo meus cabelos em um rabo de cavalo rápido e prático antes de vestir o meu uniforme, que sempre mantenho arrumado na cadeira ao lado da minha cama.Sou uma mulher prática, sempre
EscorpiãoEu sou Leonardo Ambrosio, mas esse nome é conhecido por poucos, quem quiser me encontrar ou saber algo a meu respeito pode procurar por Escorpião. Tenho 37 anos, e o Bronx é a minha casa. Cresci nas ruas daqui, após fugir de casa aos quatorze anos de idade, logo aprendi que a sobrevivência é um aprendizado diário, e cada esquina tem uma história marcada por lutas e vitórias. A minha maior sorte na vida foi um dia ter sido encontrado pelo Zeus, mas isso fica para outra hora. A minha vida não é um conto de fadas, mas é a vida que escolhi, ou talvez a que me escolheu.Aqui, no Bronx, controlamos muito mais do que territórios. Nós somos os responsáveis por manter o equilíbrio num ambiente onde a tensão pode explodir a qualquer momento. A produção, distribuição e venda de substâncias como cocaína, heroína e maconha são nossas principais atividades. Sim, são ilegais, mas é o que sustenta muitos de nós, o que mantém as luzes acesas e as famílias alimentadas. Não somos santos, mas t
EscorpiãoTenho uma rotina bem estabelecida. Todas as semanas, eu faço questão de verificar pessoalmente as cargas de drogas que chegam e recolher o dinheiro das extorsões pessoalmente, nossa organização presta serviços de “segurança” aos comerciantes locais. Procuro ser sempre meticuloso, sempre atento aos detalhes, pois sei que qualquer erro pode me custar caro, mas tinha alguma coisa fora do lugar e eu estava bem estressado, porque algo que não esperava acabou acontecendo. Mas hoje foi bem diferente, tudo estava mudado. Ao chegar no armazém onde as drogas eram armazenadas, percebi de cara que a carga estava incompleta. Um dos pacotes de cocaína estava faltando. Meu coração acelerou, mas mantive a calma. Pois sabia que, em situações como essa, a pior coisa que poderia fazer era perder o controle.Sem perder tempo, eu chamo um de meus homens de confiança, Vítor, e peço que ele fosse investigar o que havia acontecido. Minha cabeça já estava aquecendo enquanto, aguardo o seu retorn
Jade Acordo com um sobressalto, o meu coração estava disparado no peito. O quarto em minha volta estava mergulhado na escuridão, interrompida apenas pela fraca luz da lua que se infiltrava pelas cortinas entreabertas que eu deixei. Ainda me sentindo desorientada, o meu corpo úmido de suor e o ar pesado, como se algo invisível tivesse acabado de se dissipar. Esfrego os meus olhos, tentando apagar a imagem que persistia em minha mente, o rosto do homem que um dia havia me salvado. Fazia anos que não pensava nele, que não revivia aqueles momentos. No entanto, ali estava ele, vívo, como se o tempo não tivesse passado.Tentando entender por que agora? Por que aquele sonho, tão inesperado e intenso?Me sento na cama, puxando as cobertas ao redor de mim, enquanto os pensamentos começavam a organizar em minha mente. O que aquilo significava? Conversava comigo mesmo que ele queria dizer? Intrigada e perturbada, sabia que não ia conseguir mais voltar a dormir. Precisava entender. Algo dentro
JadeFalei com minha avó que era hora de eu partir. Sei o quanto é difícil para ela ficar sozinha, pois sou a única família que ela tem. Essa situação também me entristece, mas entendo que é para o bem dela. Compartilhei um abraço demorado e apertado, prometendo que, assim que pudesse e tivesse livre, retornaria para visitá-la mais vezes. Nesse momento, meu celular tocou e, entro no carro e, atendo:— Olá, Henrique. Tudo bem? Como estão as coisas por aí?— Estou bem, um pouco sobrecarregado, mas estou conseguindo me organizar. Aonde você está indo?— Aproveitei a oportunidade para visitar minha avó, mas já estou prestes a sair.— Que bom! Você gostaria de tomar algo comigo?— Estou precisando, realmente. Você leu meus pensamentos! Aguarde-me no local de sempre, até lá.Dou uma última olhada para ela e acelero fundo.Já estávamos no bar, rindo e conversando descontraidamente enquanto compartilhavam algumas cervejas. O ambiente era aconchegante, com a luz suave das luminárias pendendo