Jade
Acordo com um sobressalto, o meu coração estava disparado no peito. O quarto em minha volta estava mergulhado na escuridão, interrompida apenas pela fraca luz da lua que se infiltrava pelas cortinas entreabertas que eu deixei. Ainda me sentindo desorientada, o meu corpo úmido de suor e o ar pesado, como se algo invisível tivesse acabado de se dissipar. Esfrego os meus olhos, tentando apagar a imagem que persistia em minha mente, o rosto do homem que um dia havia me salvado. Fazia anos que não pensava nele, que não revivia aqueles momentos. No entanto, ali estava ele, vívo, como se o tempo não tivesse passado.Tentando entender por que agora? Por que aquele sonho, tão inesperado e intenso? Me sento na cama, puxando as cobertas ao redor de mim, enquanto os pensamentos começavam a organizar em minha mente. O que aquilo significava? Conversava comigo mesmo que ele queria dizer? Intrigada e perturbada, sabia que não ia conseguir mais voltar a dormir. Precisava entender. Algo dentro de mim me dizia que esse sonho não era apenas uma coincidência. As lágrimas rolam rapidamente em meu rosto com as lembranças, o que houve naquela noite, naquele beco sem saída? Ainda as imagens passam em minha cabeça como uma cena de um filme. Quando eu estava na noite escura e fria com pressa, por medo de andar altas horas da noite sozinha, quando cruzei naquele beco escuro, senti uma mão áspera tapar minha boca e me puxar forte para o escuro esperneei, tentei arrancar aquela mão, mas ele era mais forte, tinha um cheiro fedido que irritava meu nariz, sua mão forte e áspera me machucava, mas eu não conseguia me soltar. Foi quando ele apareceu, parecia um anjo caído do céu para me salvar, aqueles olhos frios e vazios, eu nunca vou me esquecer, os olhos dele, azul e profundo como o oceano, era noite mas, eu marquei bem aquele rosto. Não importa o tempo, eu nunca irei me esquecer do que ele fez por mim, ele matou o meu molestador, fiquei em choque, ele logo se abaixou e tocou, o meu rosto e fez apenas um carinho me dizendo, que era para eu tomar mais cuidado da próxima vez que saísse a noite sozinha. Apenas isso que ele falou para mim, nunca mais eu tive a oportunidade de o reencontrar, e agradece-lo, pois em meu coração, sinto que devo a minha vida e minha honra, para aquele desconhecido. Contrabalançando a batalha contra os meus pensamentos e ciente de que não conseguiria mais dormir, peguei o meu celular e observei as horas, já eram exatamente cinco horas da manhã! Decidi me levantar, realizei minha higiene matinal e optei por tomar um banho morno para iniciar o meu dia. Hoje estou de folga e planejo visitar minha avó, a dona Adelina. Enquanto estava debaixo do chuveiro, sorri ao lembrar do quanto a amo, no entanto, optei por mantê-la distante como forma de proteção. Tenho a certeza de que confiei e depositei em pessoas seguras para cuidar dela por lá. Após sair do banheiro, estou envolta em minha toalha preta aveludada, a qual, por sinal, eu adoro. Já lavei os meus cabelos enquanto hidrato o meu corpo, escolho um look totalmente preto, optando por uma calça e uma blusa, pois aprecio um estilo básico, uma make discreta e um pouco de perfume. Alguns minutos depois, dirijo-me à cozinha para preparar meu café na cafeteira, que já estava programada. No entanto, naquela noite, não realizei esse processo. Então, pego os pães de queijo congelados e os coloco na Air Fryer. Momentos depois, já estou sentada degustando meu café da manhã, que estava uma delícia.  Pronta, pego a chave do meu carro e sigo meu trajeto até o bairro greenwich village. Coloco uma música da cantora Pitty no rádio, e sigo cantarolando a melodia, sou apaixonada por essa canção! Deixo-me levar pela energia da música enquanto o vento frio acaricia meu rosto. Embora o trânsito não estivesse a meu favor, hoje nada me faria perder a paciência. Após enfrentar a lentidão do tráfego, chego à casa da minha avó, estaciono o carro e desço. Assim que chego, avisto-a imediatamente. Ao chegar, cumprimento-a com um abraço carinhoso e, ao olhar ao redor, percebo que ela está lavando roupas. Isso me deixa bastante chateada, pois estou pagando para que as pessoas cuidem dela. Contudo, reconheço o quão teimosa minha avó pode ser. Tento ignorar essa situação, pois não estou aqui para brigar, mas sim para matar a saudade que estava tão forte em meu coração. Em seguida, nos deslocamos para a cozinha, onde começamos a preparar algumas refeições e aproveitamos para conversar. Ela sabe que agora não estava interessada em relacionamentos, mas insiste em manter a conversa. Sentamos na mesa, e logo a minha vó dispara: — Jade, diz-me como anda o amor minha linda, já está em algum relacionamento ou ainda se encontra encalhada? Eu quero bisnetos hein! Seguro as suas mãos e então falo: — Avó, ainda está muito cedo para isso, tenho outros projetos em mente. — Jade, minha querida, escuta sua avó, para o amor nunca é cedo ou tarde, é que você ainda não conheceu o amor, quando você conhecer, verá o que é fugir da lógica, o amor é algo tão lindo e avassalador. — Ai vó, eu não sei, se estou preparada para esse amor avassalador, que a senhora diz, eu tenho minha carreira, a senhora esqueceu? — É minha filha, quando você amar nem a sua carreira impedirá isso, pense bem no que te digo, e então acrescento: — E aquele detetive bonitão que trabalha com você, hein? Eu acho que vocês combinam e muito! — O Henrique, vó? — Não, ele é meu parceiro de trabalho, tenho ele como um amigo, um irmão sabe. Dou um sorriso disfarçado, pois, ela sabe o quanto essa conversa deixa-me desconfortável. Para desviar a atenção da minha avó em relação à sua insistência para que eu me case, o que, por sinal, acredito que nunca acontecerá, decidi preparar um almoço simples e saboroso. Estava com muita vontade de comer uma lasanha de frango, então comecei a organizar os ingredientes. Minha avó se ofereceu para ajudar, mas eu preferi ignorar, pois não me sinto confortável com ela na cozinha, temendo que acabe se queimando. Momentos depois, o almoço estava pronto. Arrumei a mesa e nós saboreamos nossa lasanha. O tempo passou rapidamente. A noite já se aproximava e eu precisava me organizar para ir embora.JadeFalei com minha avó que era hora de eu partir. Sei o quanto é difícil para ela ficar sozinha, pois sou a única família que ela tem. Essa situação também me entristece, mas entendo que é para o bem dela. Compartilhei um abraço demorado e apertado, prometendo que, assim que pudesse e tivesse livre, retornaria para visitá-la mais vezes. Nesse momento, meu celular tocou e, entro no carro e, atendo:— Olá, Henrique. Tudo bem? Como estão as coisas por aí?— Estou bem, um pouco sobrecarregado, mas estou conseguindo me organizar. Aonde você está indo?— Aproveitei a oportunidade para visitar minha avó, mas já estou prestes a sair.— Que bom! Você gostaria de tomar algo comigo?— Estou precisando, realmente. Você leu meus pensamentos! Aguarde-me no local de sempre, até lá.Dou uma última olhada para ela e acelero fundo.Já estávamos no bar, rindo e conversando descontraidamente enquanto compartilhavam algumas cervejas. O ambiente era aconchegante, com a luz suave das luminárias pendendo
Jasmine Permita-me apresentar-me, me chamo Jasmine Benson sou irmã mais velha, da jade tenho 28 anos e a minha vida havia desmoronado de uma maneira que eu jamais imaginaria. Antes, eu era técnica de enfermagem, uma profissão que me dava propósito, e mais que isso, eu era mãe de um menino que era o meu mundo. Mas, quando descobrir quê no final da minha gravidez, tinha dado pré eclampsia, e tinha evoluído para síndrome de hellp ele teve duas, paradas cardiorrespiratória após o nascimento e não resistiu, fiquei sem chão o buraco em meu peito parecia impossível de preencher.Nada fazia sentido. Nenhum sorriso, nenhuma rotina, nenhum dia que passava. A dor era um eco constante que me perseguia. Em meio a esse luto, eu começei a me distanciar de todos. A vida que antes tinha eu conhecia não existie mais. Foi então que eu busquei alívio conhecer um dos subordinados do Escorpião, um homem conhecido nas ruas como Coringa. Ele pode ser até perigoso, mas havia algo na escuridão dele que ref
Jade Depois de um dia pesado do trabalho estava no meu quarto, sentada na beirada da minha cama, mergulhada nos meus pensamentos enquanto olhava pela janela. O som suave da chuva batendo contra o vidro da minha janela trazia uma sensação de melancolia, enquanto eu tentava-me concentrar no livro que estava a ler, mas minha mente vagava. De repente uma lembrança distante invadir a minha mente. levanto-me rapidamente, como se eu fosse guiada por uma força invisível, e dirigir-me ao meu guarda-roupa. Abro uma gaveta de baixo, que raramente mexia, e entre papéis velhos e objetos esquecidos, os meus dedos tocaram algo frio e metálico. Eu puxo uma corrente de prata. A corrente estava intacta, reluzente como da última vez que eu vê. No pingente, gravado com delicadeza, estava o nome "Mjonir". Uma onda de emoções percorreu o meu corpo. Mjonir... a lendária palavra que significava força e boa sorte. Os meus olhos fixaram-se no objeto nas minhas mãos, e eu sabia exatamente de quem aquilo perte
Sem perder tempo, ele me colocou cuidadosamente em seu carro e dirigiu-se apressadamente para o hospital. Mesmo sentindo a dor pulsante em meu braço, me manteve firme, lutando contra o desconforto. Depois de algum tempo chegamos ao hospital quê logo, fui recebendo cuidados médicos, o ferimento foi tratado, mas a minha mente estava longe de descansar. Eu sabia que não podia me dar ao luxo de ficar parada agora, mais do que nunca, precisava enfrentar o desafio mais difícil da minha vida salvar, Jasmine dos vícios das drogas quê será, desafiador. Sei que Henrique sempre demonstra ser um homem gentil e de bom coração, e ele se mostrava determinado a me ajudar em minha missão. Ele me ofereceu suporte emocional, físico e, acima de tudo, uma parceria fiel. Sinto quê ele observou o momento da minha fragilidade emocional e ele sugeriu que eu ficasse em sua casa por alguns dias, com o intuito de me protegê caso ela voltasse mais agressiva.Relutante acabo aceitando a oferta, principalmente pe
HenriqueEstava devastado, incapaz de lidar com o afastamento de Jade. O silêncio dela me consumia ainda mais, e a distância entre nós parecia cada vez mais insuportável, mesmo que ainda tivéssemos que trabalhar juntos. Durante o expediente, eu havia notado uma corrente que ela estava usando, com a palavra "lendária" gravada nela, mas não teve coragem de perguntar o que significava. A cada olhada que eu dava, cada passada dela aqui no departamento me intrigava, mas o clima entre eu e ela estava bastante tenso para eu iniciar qualquer tipo conversa que fluísse naturalmente.Momentos mais tarde.Ao fim da tarde, precisei tomar uma iniciativa para decidir enfrentá-la mais uma vez. Sem muita enrolação, logo avisto a Jade, devidamente focada em algum papel, aproveitando que a sala em nossa volta estava sem ninguém e logo chamei ela, e falo se nós poderíamos trocar uma palavra. — Propôs algo difícil. E perguntei. — Jade você, que eu peça transferência? Aguardo a resposta dela.Jade — Tiro
LeonardoEra uma tarde, meio sombria e carregada de tensão, pelo ar estou aqui no galpão supervisionando as vendas e às distribuições das drogas quê gerar o nosso lucro, para nossa organização criminosa fortalecendo ainda mais a minha posição, no submundo dessa cidade, enquanto os restantes dos meus membros, cuidava do outro lado da rua, as movimentações e principalmente a dos policiais se caso desse, ruim estava tudo indo, conforme o esperado, como a minha mente afiada, e o meu olhar determinado, na minha voltar. O meu braço, direito sempre deixo ele fazer isso por, mim, pois hoje eu quis garantir ainda, mais a nossa segurança estando junto, com eles.Os restantes do dia, passou rapidamente já todos, reunidos no galpão após termos, contador todos os lucros, quê nós renderam hoje estava satisfeito agora, só faltava colocar em dias os nossos próximo passos, restantes. O assalto ao caminhão de carga já tinha sido, meticulosamente planejado cada detalhes, foi discutido entre a equipe,quê
O suor frio escorria pela minha testa, enquanto eu me via paralisado no mesmo lugar sem qualquer, tipo de reação observava o coringa, com um olhar gélido e calculista o ambiente no qual, onde nós permanecia refletia, a tensão sobre nós dois eu não poderia, acreditar no que, eu estava tentando fingir que não aconteceu, o coringa ultrapassou os meus limites, e a desobediência dele não será tolerada sem perder nenhum segundo, a mas eu avanço para cima, dele alguns dos meus homens tentam, me impedir mas eu estava cego, e irado mandei eles me soltarem e se afastarem seguro no cabelo do coringa e falo. — O quê você fez? Seu filho da puta você ousa, me desafia. Minha voz era baixa, mas carregada de autoridade e sorriso, cínico no rosto do coringa, ele logo retrucou.Coringa — Eu ajudei ele, porque não aceita os fatos. Encaro ele da mesma forma sem abaixar a guarda.Escorpião — Pois bem você, pediu coringa. Agarro pelo seus, cabelos me direcionando para o meu carro, chamo a minha turma e man
Jade. O friozinho que pairava pela manhã, fazia-me querer voltar, para a minha cama novamente perdia-me vagamente um pouco nos meus, pensamentos só me imaginando no meu aconchego dos meus cobertores quentinho como é bom, mas a realidade me chamava definitivamente para a minha mesa cada um com os seus casos, dou uma olhadinha para Henrique que estava imerso em alguns papeis, enquanto eu tentava focar nas pilhas, de anotações e arquivos. Apenas o silêncio era quebrado pelo TIC-TAC do relógio, na parede próximo à nossa cabeça, mas precisamente eu também lutava comigo mesmo para eu me levantar, da minha cadeira, para buscar um café, pelo menos, mas logo em instante, somos interrompidos pelo nosso chefe.Chefe voltght — Com a minha voz grave e com um pouco de autoridade eu falo. — Jade e Henrique recebemos uma chamada anônima relatando um caso de estupro de uma adolescente, de dezesseis anos dentro, do orfanato são Miguel investigam o, caso imediatamente.Henrique — Eu e Jade nos levantam