Capítulo 10
Adentrei o apartamento sozinha, me antecipando ao ritmo daquele dia que parecia comum aos olhos alheios. Com gestos meticulosos, arrumei meus pertences, como se cada movimento pudesse apagar um pouco do passado.

Na cozinha, mãos ágeis cortavam e preparavam os ingredientes, movimentos que meu corpo já conhecia de cor e salteado. O perfume da comida foi tomando conta dos cômodos quando, enfim, ouvi os passos de Caio chegando.

Caio se acomodou à mesa em silêncio, seus olhos fixos em mim enquanto eu dava os últimos retoques no jantar. Lhe servi uma porção generosa de macarrão, nada sofisticado, mas quentinho e aconchegante. Vi quando atacou o prato com fome voraz, cada garfada, um elogio mudo à minha comida.

— Fica tranquila, Rafaela. Aquela pessoa que te incomodava não vai mais aparecer na sua vida. — Disse Caio entre uma garfada e outra, com a casualidade de quem comenta a previsão do tempo. Seus olhos buscaram os meus, ansiosos por uma reação, mas encontraram apenas meu silêncio.

— Tal
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