Capítulo 2

    Estávamos no cais e quando eu vi o navio me assustei, ele parecia estar em chamas em certas partes, como se fosse um navio fantasma. Os piratas não diminuíam o aperto e faltava poucos passos para chegarmos a entrada do navio, tentei puxar meus braços mas não funcionou. Vega subiu a bordo e falou a tripulação.

Vega- Marujos! Hoje vamos receber uma nova dama a bordo, - ouço gritos de comemoração- mas ela é minha e não quero que encostem um dedo nela, estamos entendidos ?

Tripulação- Sim capitão!

Vega-Tragam-na.

    Os homens que me seguravam começaram a me levar ao convés, lá estava cheio de piratas, todos homens, olhei todos, estava com a expressão de raiva, não ia deixar nenhum deles muito menos Vega, me tocar. Vega fez sinal para que me levassem para perto dele e o mesmo me pegou pelo braço de forma bruta me fazendo soltar um gemido baixo de dor, todos riram.

Vega- Esta noite -ele me coloca perto de si e sorri abertamente- teremos festa !

    Todos riem alto e soltam gritos de incentivo, parabenizações, eu só pude olhar, não tinha chance de fazer nada no momento, apenas planejar minha fuga, estava cercada e nas mãos de Vega, ele era temido por todo lugar, sozinho ou com seus homens, mas no momento em que ele estava me levando para o que pensei ser sua cabine pensei que assim queficássemos a sós eu daria um jeito de escapar. Ele abriu a porta da cabine e me colocou para dentro, tropecei em meu vestido mas mantive o equilíbrio,o ambiente era misterioso, poucas velas iluminavam o cômodo, fazendo muitas sobras, vi ele trancar a porta e se virar para mim, me olhou de um jeito predatório mas permaneci com minha postura, não demonstraria medo em sua frente e com certeza não seria uma presa, ele caminha até mim e cada passo seu era um passo meu discreto para trás, até eu encostar na parede.

Vega- Sem escapatória ?

Nyele- Fique longe de mim.

Vega- Você vai descobrir que eu não aceito muito bem ordens.

    Se aproxima de mim me prendendo contra a parede não deixando muito espaço entre nós, levanto minha mão mas ele já havia previsto meu ataque e a segurou.

Vega- Você realmente é difícil, mas eu também sou.

    Ele me vira de costas e junta minha mão com a outra, prendendo meus pulsos nas minhas costas impedindo alguns de meus movimentos, aproxima seu rosto da minha orelha e eu sinto su respiração.

Nyele- Você me dá asco.- disse com nojo na voz.

Vega- Ah minha querida, isso pode mudar facilmente, eu posso dar muitas coisas a você.

    Ele passa sua mão por meu rosto devagar e então pressiona meus pulsos nas minhas costas.

Vega- Como por exemplo dor. Mas pode ser algo bom também, posso dar a você tudo que quiser, ouro, poder e eu só peço uma coisa em troca.

    Ele foi descendo sua mão em direção ao meu ventre, me mexo pra tentar sair de seu aperto mas ele apertou meus pulsos mais ainda, ele passa sua mão em minha barriga e eu fico ofegante, sua mão traça círculos no lugar distribuindo arrepios em minha pele, ele beija minha orelha e diz de modo aveludado.

Vega- Você é linda,foi um bom negócio eu ter escolhido você, mas não gosto de olha-lá nesse ângulo.

    Vega ainda me segurando fica na minha frente, seus olhos mergulham nos meus mas eu não me deixo abalar e nem ser ludibriada, minha mente fica a milhão em pensamentos e eu penso em algo. 

Nyele- Vega ?- digo o mais doce que eu me permitia.

    Ele se aproxima deixando milímetros entre nossas bocas.

Vega- O que você quer minha querida ?- disse com sua voz naturalmente máscula e sedutora.

    Em resposta eu ergo meu rosto e pisco inocentemente, faço com que minha expressão seja o mais meiga possível e digo.

Nyele- Poderia soltar minhas mãos ? Está muito apertado, eu não vou fugir, estamos já em mar aberto, não tem jeito.

    Sinto seu aperto diminuir e lembrando que ele possuia uma adaga no cós de sua calça devagar finjo que vou abraçá-lo e passo meus braços por sua cintura, quando sinto que estou perto eu pego a adaga e o emurro fazendo com que dezequilibrasse mas não cai, eu mais que depressa dou uma rasteira e ele finalmente cai, aponto a arma para ele e firme digo.

Nyele- Fale aos seus homens para voltar para a baía, dê meia volta e me deixe voltar para minha família ou eu terei que estragar seu belo rosto. 

    Ele ri sarcasticamente e se apoia nos cotovelos me olhando.

Vega- Não fará nada e sabe por quê ? Porque não machucaria ninguém, sabe que depois de mim de qualquer forma tem muitos outros lá fora e eu sou o único a quem obedecem.

Nyele- Acredite, eu faria o que fosse preciso para sair daqui, mesmo que eu tivesse que pular pela janela e ir nadando, eu me recuso a aceitar isso. -digo e vejo ele se levantar sem problemas, firmo o aperto na adaga e me preparo para tudo.

Vega- Você é teimosa e me desafia, eu gosto disso, durona, vai precisar de toda essa fibra estando ao meu lado, não é só comigo que terá que lidar, não é a única que tem certa aversão a mim. -ele se aproxima de mim mesmo com a faca em sua barriga e coloca suas mãos na lateral do meu rosto.

Nyele- Se afaste, eu estou avisando. -alerto mas mesmo assim ele continua, respiro fundo e então faço um pequeno corte vertical perto de seu umbigo, ele em resposta solta um chiado e pega a mão com a adaga, sua expressão outrora com certo efeito de dor, agora sorria para mim.

Vega- Perfeita, só falta...-sua mão livre pega meu rosto e vai nos aproximando mais, quando seus lábios estão perto dos meus batidas são escutadas vigorosamente na porta o interrompendo, sua expressão se fecha e ele rosna, pega a daga em minha mão e joga na porta, deixando fincada até o cabo, mesmo parecendo não gostar vai até a porta e a destranca.

Vega- O que está acontecendo para você me interromper ? - ele falava com frieza e raiva evidente, o homem na porta deveria estar morrendo de medo pois respondeu baixo e tremido.

Vega- Eu já estou indo,- se virou pra mim- fique aqui, o banheiro é alí, tem água quente na banheira, eu volto logo.

    Espero ele sair e ouço a porta ser trancada dificultando meus planos, respiro fundo e então vou até o banheiro querendo apenas ter um momento em paz, coloco algo na frente da porta só por garantia e então vejo uma banheira com água morna me chamando, sigo para o banho e já submersa me deixo relaxar e adormeço. Sou acordada com batidas na porta e faço um pouco de água cair no chão.

Vega- Já conseguiu criar calda e escamas minha sereia ? Quero me banhar também.

    Saio rapidamente da água e me seco colocando o vestido, olho pra ele que me lança um olhar zombeteiro.

Vega- Tem um vestido novo para você na cama, eu venho logo.

    O vejo entrar e vou até a cama ouvindo ele fechando a porta, olho para cama e vejo o vestido.

   Ele era lindo, só não gostei muito do decote e a parte da perna ser aberta, olhei pra ver se a porta estava fechada e me troquei rapidamente, coloquei minha outra roupa dobrada no chão perto da cama, me deitei e dormi

     Apesar de tudo ele tinha bom gosto, checo rapidamente a porta e pego a adaga, vejo que está tudo seguro, então me troco rapidamente, coloco minha outra roupa dobrada no chão escondendo a adaga no meio em um canto onde me sento abraçando os joelhos esperando o sono vir.

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