Na verdade, ele nem precisava agradecê-la, pois desde o começo a empresa que ela tinha em mente já era dele. Esse homem tinha uma mente mais profunda do que qualquer outra pessoa, escondendo tudo sem deixar pistas. Se ele não tivesse revelado por conta própria dessa vez, ela realmente não teria descoberto. À noite. Mansão do Sol. Chegou uma visita inesperada, embora talvez nem tanto, afinal, era o irmão do dono da casa. Lorena chegou em casa primeiro. Assim que entrou, viu um homem deitado despreocupadamente no sofá. — O que você está fazendo aqui? — Lorena se aproximou, estreitando os olhos enquanto olhava para Thomas, que estava meio deitado no sofá, mexendo no celular. Thomas estava rolando a tela do celular, quando ouviu uma voz feminina vinda de cima. Ele ergueu os olhos, se endireitou imediatamente e a cumprimentou respeitosamente: — Cunhada.Lorena assentiu com a cabeça e se sentou no sofá em frente a ele. — Você fugiu de casa? — Ela levantou o olhar e fez um g
Na manhã seguinte.Guilherme desceu as escadas e encontrou Thomas sentado à mesa.— Bom dia, meu irmãozão lindo. — Disse Thomas, sorrindo de orelha a orelha enquanto mordia um pedaço de pão fresco.Guilherme franziu ligeiramente as sobrancelhas, se sentou na cabeceira da mesa e olhou para ele com frieza:— Logo de manhã, você vem aqui me fazer perder o apetite? Tire esse sorriso nojento da sua cara.Thomas parou por um momento.Nojento? Ele?Se virou para Vítor, que estava de pé ao lado, e perguntou com sinceridade:— Vítor, eu estava sorrindo de forma nojenta agora?Vítor sorriu de forma carinhosa:— Não, nada nojento.Thomas respondeu:— Tá vendo? Eu sou tão bonito e charmoso, não tem como meu sorriso ser nojento.Guilherme ignorou o comentário, pegou o copo de leite e tomou um gole enquanto comia seu café da manhã com calma e elegância.Mas Thomas era tagarela, e o silêncio fazia sua boca coçar. Ele olhou para a entrada da escada e perguntou casualmente:— Irmão, sua esposa ainda nã
Thomas assistiu ao vivo a uma verdadeira mudança de humor de seu irmão mais velho.Assim que Lorena desceu as escadas, Guilherme percebeu imediatamente e foi até ela.— Por que não dorme mais um pouco? — A grande mão do homem acariciou suavemente a parte de trás de sua cabeça.O olhar dele transbordava de amor, e suas palavras eram repletas de carinho e ternura.Lorena deu uma leve tosse, desconfortável. Na noite passada, ele a manteve acordada até tarde, mas como Thomas estava hospedado ali, ela ficou sem jeito de dormir até mais tarde.Ela disse: — Estou com fome e não consigo mais dormir.O leve rubor em seus olhos não escapou ao olhar atento do homem.Aos olhos dos outros, sua esposa era uma mulher forte e impressionante, mas apenas para ele ela exibia essa timidez encantadora que o deixava completamente apaixonado.Thomas, observando a cena, de repente sentiu que aceitar o convite de Michele para vir ali talvez não tivesse sido a melhor escolha.Quer dizer, ele, um solteiro, est
Duas horas depois.A porta da sala de cirurgia se abriu, e Murilo, vestido com uma roupa cirúrgica verde, saiu.— Murilo, como ela está? — Lavínia perguntou, segurando sua mão.Murilo olhou para ela, vendo a preocupação em seus olhos. Ele deu um leve tapinha em sua mão antes de se virar para os outros presentes.— Ela está fora de perigo. Com os ferimentos que sofreu, não será possível voltar às gravações por um tempo. O prego comprido perfurou a lateral da coxa direita, atingindo músculos e ossos. A cirurgia foi bem-sucedida e, com repouso adequado, ela deve se recuperar. Além disso, ambos os braços estão deslocados, mas isso pode ser corrigido ao longo do tempo. Parece que ela usou as mãos para proteger a cabeça quando caiu, e, ainda bem que o tapete de espuma da equipe de filmagem era grosso o suficiente; caso contrário, o impacto poderia ter causado uma lesão grave na coluna, possivelmente até paralisia.Murilo não queria assustá-los, mas realmente não sabia se Felícia tinha tido s
Fernando e Gustavo ficaram surpresos ao vê-la ali.Lorena semicerrrou os olhos, como se uma ideia tivesse surgido de repente em sua mente."Todos eles têm o sobrenome Moraes, e a pessoa deitada lá dentro também é uma Moraes. Não pode ser coincidência, pode?"Lorena olhou para Gustavo e perguntou:— Gustavo, você veio ver Felícia?Fernando ficou surpreso ao perceber que ela conhecia Gustavo e também Felícia.Gustavo assentiu, com uma expressão séria, e disse:— Ela é minha irmã.Lorena ficou um pouco surpresa com essa resposta.— E este é...? — Ela então voltou seu olhar para Fernando.Fernando sabia que ela não queria que os outros soubessem que eles já se conheciam, então resolveu seguir a deixa.— Olá, eu sou o tio deles, Fernando.Lorena hesitou por um momento."Pois é, são todos da mesma família."Ela não imaginava que o mundo fosse tão pequeno. Carlos era o tio de Felícia por parte de mãe, e Fernando, o tio por parte de pai. Pelo que parecia, Felícia vinha de uma família com um re
Depois de pegar a cópia do vídeo de vigilância que Henrique gravou, Lorena voltou para a mansão.Eram sete da noite.Quando Guilherme chegou em casa, viu que apenas Thomas estava na sala.— Cadê sua cunhada?Thomas estava aproveitando a bandeja de frutas que Joyce havia preparado e, quando estava prestes a colocar uma uva preta na boca, ouviu a voz familiar vindo de trás. Com uma mão segurando a uva, ele se virou lentamente e, olhando para o imponente e severo irmão mais velho, respondeu:— A cunhada voltou à tarde, mas depois disso, não a vi mais.Guilherme lançou a ela um olhar indiferente, como se estivesse dizendo "Para que você serve?". Thomas se sentiu injustiçado; ele também não podia ficar vigiando ela 24 horas por dia, certo?Guilherme se virou e subiu para o segundo andar, indo para o quarto principal, mas não encontrou ninguém lá.Em seguida, ele fez uma ligação, e o toque do celular ecoou no quarto vazio. Então, ele tentou um número diferente.No campo de treinamento, no l
No campo de treinamento subterrâneo, uma multidão se aglomerava.Em torno do ringue, as pessoas estavam empolgadas e gritavam sem parar:— Vai, Sra. Santos!— Sra. Santos, você é incrível!— Sra. Santos é minha deusa!Heitor e os outros estavam no corrimão do segundo andar, observando a cena com a boca ligeiramente aberta. Sem exagero, essa talvez fosse a luta mais empolgante que já tinham visto.Logo depois, os quatro notaram que o homem ao lado deles estava ficando visivelmente mais sombrio. Não dava para saber se era por preocupação com a Sra. Santos ou... por ciúmes.O homem estava ali, mas não interveio imediatamente. Apenas observava do alto, como um rei que olha para tudo abaixo de si, assistindo ao que acontecia no ringue no primeiro andar.No ringue, a mulher vestia uma calça preta justa e uma camiseta preta de mangas compridas. Como a barra da blusa era longa, ela a tinha amarrado na cintura, revelando sua cintura fina, parecendo tão frágil que poderia ser quebrada com um sim
Na mansão. Na sala de estar, aguardando que eles voltassem para o jantar, Thomas viu seu irmão mais velho entrar com uma expressão sombria e abatida. A frase que estava prestes a dizer: — Irmão, vamos jantar? — Ficou presa em sua garganta. Que aura assustadora. O homem nem olhou para ele, seguiu diretamente para o andar de cima, entrou no quarto principal e... Um estrondo! A porta foi fechada com força. Thomas estremeceu, aliviado por não estar no caminho daquela porta. "O que... o que aconteceu?" Por que ele ficou tão irritado de repente? Ele nunca tinha visto seu irmão bater uma porta antes. Ter a sorte de presenciar isso uma vez já era o suficiente; que não houvesse uma próxima vez, seu coração era um pouco fraco. Vítor apareceu ao ouvir o barulho. — Sr. Thomas, o que você fez? Thomas hesitou. O que ele poderia ter feito? — Não fui eu. Vítor semicerrava os olhos, claramente desconfiado. Nesse momento, outra pessoa entrou correndo. Quando Lorena viu Víto