Na mansão. Na sala de estar, aguardando que eles voltassem para o jantar, Thomas viu seu irmão mais velho entrar com uma expressão sombria e abatida. A frase que estava prestes a dizer: — Irmão, vamos jantar? — Ficou presa em sua garganta. Que aura assustadora. O homem nem olhou para ele, seguiu diretamente para o andar de cima, entrou no quarto principal e... Um estrondo! A porta foi fechada com força. Thomas estremeceu, aliviado por não estar no caminho daquela porta. "O que... o que aconteceu?" Por que ele ficou tão irritado de repente? Ele nunca tinha visto seu irmão bater uma porta antes. Ter a sorte de presenciar isso uma vez já era o suficiente; que não houvesse uma próxima vez, seu coração era um pouco fraco. Vítor apareceu ao ouvir o barulho. — Sr. Thomas, o que você fez? Thomas hesitou. O que ele poderia ter feito? — Não fui eu. Vítor semicerrava os olhos, claramente desconfiado. Nesse momento, outra pessoa entrou correndo. Quando Lorena viu Víto
Houve um momento de silêncio.Lorena levantou levemente a cabeça, passando o olhar pelo maxilar bem marcado e sedutor dele, e o fitou com um pouco de timidez, perguntando em voz baixa:— Dói?A voz, que pretendia ser baixa, estava, na verdade, carregada de uma doçura suave e sedutora. O calor de sua respiração, ao falar, roçava diretamente no pomo-de-adão dele, provocando uma sensação de coceira e o fazendo engolir em seco algumas vezes, de forma involuntária.Ao ver que ele não respondia, ela começou a ficar ansiosa.Se preparava para levantar e dar uma olhada em suas costas, pois realmente havia ouvido um gemido abafado dele há pouco. Mas, assim que tentou se mover, a mão dele, que segurava sua cintura, apertou um pouco mais, impedindo ela de se mexer.Em seguida, a voz grave e magnética do homem soou em seu ouvido:— Não se mexa. Estou bem, fique assim.— Tem certeza de que está bem? — Ela perguntou, estendendo a mão para as costas dele, o tateando de forma desajeitada.Guilherme fr
— Você me mordeu, é claro que doeu. A mulher falou com um suspiro entrecortado, num tom de timidez rouca. Os dois estavam com as testas encostadas, respirando no rosto um do outro. Assim que ela terminou de falar, o homem mordeu de novo, de leve, o canto dos lábios dela. — Você não é corajosa? Enfrentando tanta gente sozinha... A Sra. Santos é bem destemida, hein?Lorena piscou os olhos, os cílios longos como penas leves roçando as pálpebras dele, o que o fez, por instinto, abraçá-la ainda mais, até não sobrar espaço algum entre os dois. Ela parecia ter entendido por que ele estava bravo. — Eles nem me acertaram, não me machuquei. — Ela respondeu. — Ah, é? — O homem retrucou. — Então vai ter uma próxima vez? O olhar da mulher tinha um brilho de diversão enquanto ela continuava no jogo dele: — Então, não fica bravo, vai. Eu sei o que estou fazendo, não vou brincar com a minha segurança, ok? Na próxima vez eu te aviso. Ela sabia bem como responder, e ainda tinha corag
Lorena mudou de posição, cruzando as pernas no sofá, de frente para ele, com as mãos descansando casualmente sobre os joelhos, parecendo uma boa menina ouvindo uma lição.Guilherme virou a cabeça para olhá-la, com um leve sorriso de ternura nos olhos, e ergueu a mão para pressionar suavemente a cabeça dela.— Primeiro, vamos comer. Já está tarde.Quando ela se preparava para ouvi-lo continuar, foi surpreendida por essa resposta.Ele olhou para o rostinho animado dela, com os olhos brilhando, e imediatamente franziu as sobrancelhas.— Não, assim não vale! Você já despertou meu interesse, não pode parar agora. — Ela lhe lançou um olhar irritado e murmurou.Guilherme esboçou um sorriso sedutor no canto dos lábios e lançou a ela um olhar cheio de intenções maliciosas.Em seguida, ele abriu levemente os lábios, e sua voz grave e magnética se prolongou em um tom tentador.— E se eu contar, o que ganho em troca?Ela estreitou os olhos, confusa, cheia de perguntas.— Guilherme, não seja tão me
— Lavínia, o que houve com você? — Perguntou Lorena.Lavínia suspirou. — Não foi nada, só torci o tornozelo sem querer. — Em seguida, continuou. — Antes, quando fui convidar o diretor Dedé para comandar as filmagens de "O Palácio das Rosas", fiquei sabendo que a Encanto Visual também tinha tentado contratá-lo. Mas o diretor Dedé deu mais importância ao nosso roteiro, então, no final, ele escolheu a gente. Só que, pouco tempo depois, parece que a Encanto Visual conseguiu chamar o diretor Gilberto. Além disso, o roteiro que a Encanto Visual vai filmar é bem parecido com o nosso. Agora que você mencionou, realmente acho que há algumas coincidências. Também ouvi dizer que a cerimônia de abertura deles foi no mesmo dia que a nossa e que já surgiram algumas controvérsias na internet sobre isso.— Controvérsias sobre o quê? — Perguntou Lorena.Para falar a verdade, depois de entregar a Lusobras Filmes para Lavínia, Lorena deixou de acompanhar esses assuntos. Por isso, algumas coisas ela r
Naquele momento, o homem ergueu levemente um dos braços, se afastando um pouco dela.Ela imediatamente se sentiu ainda mais desconfortável, com o sangue fervendo de agitação.O homem olhou para a mulher sob ele, que mordia suavemente o lábio avermelhado, os olhos brilhando de emoção, com uma leve neblina, mas teimava em não dizer uma palavra.Em seguida, a mulher lançou a ele um olhar de reprovação. Ele fazia de propósito, sempre tentando fazê-la dizer coisas embaraçosas.Guilherme esperava pacientemente, mesmo que a veia em sua testa pulsasse de tanto esforço para se controlar; sua paciência e autocontrole eram inigualáveis.Porém, sua habitual autossuficiência sempre se desmanchava diante dela.Ele pretendia ajustar a posição, mas assim que se mexeu, Lorena pensou que ele estava indo embora e, instintivamente, passou os braços ao redor do pescoço dele, o segurando firme.— Não se preocupe, eu não vou embora. — Os olhos negros do homem estavam repletos de uma chama intensa, e um sorri
Hoje é dia vinte e cinco, o dia do jantar familiar mensal na velha mansão da família Santos.Lorena hesitou por alguns segundos, mas acabou se levantando.O homem já havia, atenciosamente, deixado as roupas que ela deveria trocar prontas para ela.Na verdade, o aquecedor estava ligado no quarto, então estava até confortável, mas, ainda assim, ela sentia muito frio.Quando terminou de se arrumar e tomar o café da manhã, já eram mais de dez horas.De sua casa até a velha mansão da família Santos durava cerca de uma hora, então ela chegaria lá por volta do meio-dia.Na velha mansão da família Santos.Thomas havia voltado dirigindo seu próprio carro e chegou um pouco antes dela.Assim que chegou, foi imediatamente puxado pela mãe, que começou a fazer mil perguntas.— Harmonia, total harmonia, em todos os aspectos. — Ele respondeu de maneira evasiva, enquanto comia as frutas preparadas pelos empregados da casa.Com um tapa repentino, Michele lhe deu um tapa sem piedade, olhando para ele com
Após voltar para a empresa, já eram duas da tarde. — Presidente Lorena, o diretor Dedé já está esperando a senhora lá em cima. Assim que ela chegou no térreo, Henrique veio recebê-la. — Certo, entendi. Pela manhã, ela havia pedido que Henrique marcasse um encontro com Dedé. Sala de Reuniões. — Presidente Lorena, vou deixar claro desde o início: se a senhora me chamou aqui para trocar o ator e continuar as filmagens, acho que não temos nada para conversar. — Dedé olhava para Lorena, que estava sentada à sua frente, seu rosto marcado pelo tempo, mantendo uma expressão séria enquanto encarava a fria e profissional Lorena. Ela já esperava essa reação. Com calma, disse: — Diretor Dedé, hoje eu o chamei aqui por outro motivo. Em seguida, ela empurrou para ele uma pasta de documentos que Henrique acabara de lhe entregar. O diretor Dedé lançou a ela um olhar de desconfiança. Ela esboçou um leve sorriso, quase imperceptível, e disse: — Diretor Dedé, por que não dá uma