— Lavínia, o que houve com você? — Perguntou Lorena.Lavínia suspirou. — Não foi nada, só torci o tornozelo sem querer. — Em seguida, continuou. — Antes, quando fui convidar o diretor Dedé para comandar as filmagens de "O Palácio das Rosas", fiquei sabendo que a Encanto Visual também tinha tentado contratá-lo. Mas o diretor Dedé deu mais importância ao nosso roteiro, então, no final, ele escolheu a gente. Só que, pouco tempo depois, parece que a Encanto Visual conseguiu chamar o diretor Gilberto. Além disso, o roteiro que a Encanto Visual vai filmar é bem parecido com o nosso. Agora que você mencionou, realmente acho que há algumas coincidências. Também ouvi dizer que a cerimônia de abertura deles foi no mesmo dia que a nossa e que já surgiram algumas controvérsias na internet sobre isso.— Controvérsias sobre o quê? — Perguntou Lorena.Para falar a verdade, depois de entregar a Lusobras Filmes para Lavínia, Lorena deixou de acompanhar esses assuntos. Por isso, algumas coisas ela r
Naquele momento, o homem ergueu levemente um dos braços, se afastando um pouco dela.Ela imediatamente se sentiu ainda mais desconfortável, com o sangue fervendo de agitação.O homem olhou para a mulher sob ele, que mordia suavemente o lábio avermelhado, os olhos brilhando de emoção, com uma leve neblina, mas teimava em não dizer uma palavra.Em seguida, a mulher lançou a ele um olhar de reprovação. Ele fazia de propósito, sempre tentando fazê-la dizer coisas embaraçosas.Guilherme esperava pacientemente, mesmo que a veia em sua testa pulsasse de tanto esforço para se controlar; sua paciência e autocontrole eram inigualáveis.Porém, sua habitual autossuficiência sempre se desmanchava diante dela.Ele pretendia ajustar a posição, mas assim que se mexeu, Lorena pensou que ele estava indo embora e, instintivamente, passou os braços ao redor do pescoço dele, o segurando firme.— Não se preocupe, eu não vou embora. — Os olhos negros do homem estavam repletos de uma chama intensa, e um sorri
Hoje é dia vinte e cinco, o dia do jantar familiar mensal na velha mansão da família Santos.Lorena hesitou por alguns segundos, mas acabou se levantando.O homem já havia, atenciosamente, deixado as roupas que ela deveria trocar prontas para ela.Na verdade, o aquecedor estava ligado no quarto, então estava até confortável, mas, ainda assim, ela sentia muito frio.Quando terminou de se arrumar e tomar o café da manhã, já eram mais de dez horas.De sua casa até a velha mansão da família Santos durava cerca de uma hora, então ela chegaria lá por volta do meio-dia.Na velha mansão da família Santos.Thomas havia voltado dirigindo seu próprio carro e chegou um pouco antes dela.Assim que chegou, foi imediatamente puxado pela mãe, que começou a fazer mil perguntas.— Harmonia, total harmonia, em todos os aspectos. — Ele respondeu de maneira evasiva, enquanto comia as frutas preparadas pelos empregados da casa.Com um tapa repentino, Michele lhe deu um tapa sem piedade, olhando para ele com
Após voltar para a empresa, já eram duas da tarde. — Presidente Lorena, o diretor Dedé já está esperando a senhora lá em cima. Assim que ela chegou no térreo, Henrique veio recebê-la. — Certo, entendi. Pela manhã, ela havia pedido que Henrique marcasse um encontro com Dedé. Sala de Reuniões. — Presidente Lorena, vou deixar claro desde o início: se a senhora me chamou aqui para trocar o ator e continuar as filmagens, acho que não temos nada para conversar. — Dedé olhava para Lorena, que estava sentada à sua frente, seu rosto marcado pelo tempo, mantendo uma expressão séria enquanto encarava a fria e profissional Lorena. Ela já esperava essa reação. Com calma, disse: — Diretor Dedé, hoje eu o chamei aqui por outro motivo. Em seguida, ela empurrou para ele uma pasta de documentos que Henrique acabara de lhe entregar. O diretor Dedé lançou a ela um olhar de desconfiança. Ela esboçou um leve sorriso, quase imperceptível, e disse: — Diretor Dedé, por que não dá uma
Grupo JM.Heitor já havia relatado tudo o que descobrira.Após um breve momento, Heitor perguntou:— Sr. Guilherme, devemos nos envolver no caso da Sra. Santos?O homem manteve o rosto sério e permaneceu em silêncio.Desde que o incidente ocorreu até ontem à noite, ela só o procurara para esclarecer algumas dúvidas, mas não pediu sua ajuda.Ele conhecia a personalidade dela; ela gostava de resolver as coisas sozinha.E, de fato, ela tinha a capacidade de resolver.Ele não exigia nada dela, nem restringia suas ações, apenas queria garantir sua segurança.No escritório aquecido, houve um breve silêncio, até que o homem abriu levemente os lábios, pressionou os cantos da boca e falou:— Não precisa. — Em seguida, acrescentou. — Vamos observar a situação e intervir se necessário.Heitor assentiu:— Sim, Sr. Guilherme.Depois que Heitor saiu, Emanuel entrou com um elegante caderno nas mãos.— Sr. Guilherme, aqui está o cronograma para a sessão de fotos do casamento. A data está marcada para
— Agora que sei que você está bem, estou aliviada. Caso contrário, eu realmente não saberia como explicar isso para sua família. — Disse Lorena.— Ouvi o Jacó dizer que isso não foi um acidente, é verdade? — Perguntou Felícia.Eles não esconderam o assunto dela; contaram brevemente o que havia acontecido.Depois de visitar Felícia, os dois foram embora. Felícia prontamente concordou em desistir de participar do projeto. Mesmo que quisesse continuar, seria impossível. Com uma recuperação que levaria pelo menos seis meses, seu irmão com certeza não permitiria que ela voltasse ao trabalho.Sem mencionar o que aconteceria se sua mãe soubesse da situação, trabalhar era algo que ela nem poderia considerar.Logo, o site oficial da Lusobras Filmes publicou um comunicado anunciando que Felícia suspenderia todas as suas atividades a partir daquele dia, com retorno indefinido.A própria Felícia também postou no Facebook: [Peço desculpas por ocupar o espaço público. Acredito que muitos de vocês j
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu