A porta do banheiro se abriu por dentro. Lorena engasgou com a própria saliva, cobrindo a boca com a mão enquanto tossia várias vezes. Ela olhou para a cena à sua frente: parecia um clipe em câmera lenta de um deus saindo do banho. Que situação! Ele usava apenas uma toalha branca enrolada na cintura musculosa. Que visão! Ela sabia que o corpo dele era espetacular, mas... mas... nunca se cansava de olhar para ele. Na verdade, quanto mais olhava, mais se apaixonava. Era a típica figura de ombros largos e cintura estreita, um corpo magro quando vestido, mas irresistivelmente atraente sem roupa. O abdômen era perfeitamente esculpido, com oito gomos. Lorena não conseguia entender como ele arranjava tempo para se exercitar, já que estava sempre tão ocupado. De qualquer forma, ela nunca o viu treinando. Seu porte era imponente. A pele clara, os traços faciais marcantes e profundos. Seus olhos sombrios e enigmáticos tinham um ar selvagem e despreocupado, além de um charme perigo
— Quando foi que eu... — Ela instintivamente começou a se defender. Guilherme rapidamente a interrompeu: — Além disso, ela tem um hábito bem ruim... Lorena franziu levemente as sobrancelhas, sentindo que o que ele diria a seguir não era algo bom. Guilherme sorriu e continuou: — Ela adora dormir segurando meus músculos abdominais. — Ele disse isso e depois soltou uma risada baixa perto do ouvido dela. Ela quis dizer "Isso não é verdade!", mas o que saiu de sua boca foi um gemido suave e encantador: — Ah... dói. Ele a retribuiu na mesma moeda! Coincidentemente, Heitor abriu a porta e entrou. Ele ouviu aquele som. Pensou: "Droga! Não é possível! Será que vim na hora errada? Mas a porta não estava trancada... Isso... não é de seadmirar que, no meio do dia, o Sr. Guilherme tenha me pedido para trazer uma troca de roupas para ele." Embora o Sr. Guilherme estivesse hospedado com a Sra. Santos ali, geralmente as roupas limpas eram enviadas diariamente. No final, para ev
— Marido, precisa de ajuda? Lá dentro, demorou um bom tempo até que ele respondesse. Lorena falou novamente: — Marido, você está bem? Ela estava fazendo de propósito, sim, era de propósito. A força de vontade dele era tão forte que ela até começava a duvidar de si mesma. — Muito impressionante... A porta foi novamente aberta por dentro, e o som da água continuava a ecoar. Sem aviso prévio, ela deu de cara com um par de olhos profundos e misteriosos. O cenário diante de seus olhos era simplesmente... um momento embaraçoso em grande escala, completamente inapropriado para crianças. — Eu... eu vim trazer suas roupas, você... — Ela levantou as roupas que segurava nos braços. O homem semicerrava os olhos e, antes que ela terminasse de falar, estendeu o braço comprido, puxando ela para perto de si. Lorena estremeceu imediatamente, o corpo dele estava frio como gelo. — Já que você perguntou com tanta sinceridade se eu preciso de ajuda, vou te dizer agora... — Ele abai
Guilherme não estava aqui. De repente, ela se lembrou do que o homem tinha dito ao meio-dia, no banheiro: "Sra. Santos, você parece ter engordado ultimamente." Ela levantou o cobertor, abaixou a cabeça para olhar para sua barriga, onde as linhas abdominais ainda estavam bem definidas, e até beliscou a própria cintura. "Não, está igual a antes, não está? Onde foi que engordei?" De repente, como se tivesse pensado em algo, ela desviou o olhar para outro lugar, franzindo levemente a testa. — Guilherme, seu grande pervertido! Como ela tinha acabado de acordar e sua atenção ainda estava dispersa, não percebeu que alguém havia entrado pela porta. Os que estavam na entrada pararam de andar assim que ouviram as palavras de Lorena. Imediatamente, se viraram para olhar o envolvido, que continuava calmo e indiferente. — O que você fez com a Lorena? — Pietro, com seu lado fofoqueiro ativado, perguntou na hora. — Lorena te chamou de pervertido enquanto estava sozinha no quarto?
Pietro ficou atordoado por alguns segundos... "O quê?!" Ele refletiu um pouco e, então, entendendo o que havia sido dito, respondeu à pergunta de Guilherme com seriedade: — Deixa eu pensar, vou conseguir descobrir. Afinal, eu sou um gênio formado por uma universidade renomada, eu... De repente, ouviu uma risada de Lorena no banco de trás e, ao mesmo tempo, percebeu que Arthur, no banco do motorista, tentava segurar o riso. Foi só então que Pietro caiu em si. Ele estendeu o dedo indicador, apontou para Guilherme e arrastou o tom: — Ah, então você está me chamando de terceira roda, mas de forma indireta, né? Guilherme não disse nada, apenas lançou a ele um olhar significativo, que já dizia tudo. Pietro não iria se calar só porque era a terceira roda. Isso era impossível. Lorena achava que Pietro e Thomas formariam uma boa dupla. O jeito tagarela e incansável de ambos os fazia parecer bem compatíveis. Mesmo que as duas pessoas no banco da frente o ignorassem, Pietro
— Oh... — Ela prolongou o tom de sua voz e deu uma risada sarcástica. — Então você é tão pobre assim? Nem tem dez bilhões. Ela virou a cabeça para olhar para Guilherme: — Marido, você quer ajudar o Pietro? Guilherme respondeu com um sorriso frio: — Não precisa, ele não vai morrer de fome. Lorena fez uma pausa e continuou: — Ou será que é você, Pietro, que é mão de vaca? Que nem essa quantia quer reembolsar? Pietro ficou sem palavras. Com apenas uma frase de cada um, o casal o deixou completamente sem saída. Ele respondeu: — Vocês dois são mais adoráveis quando estão calados. Enquanto isso, Max, que acabara de ser citado na conversa sobre roubar dinheiro, estava na suíte presidencial do Hotel Estrela do Mar, o melhor hotel da Cidade B. Dora entrou no quarto vestindo um casaco roxo. Alta e esbelta, ela usava botas de cano curto e salto alto pretas. — Sr. Max, a Srta. Lorena já recebeu alta e voltou para a Mansão do Sol. Ela olhou para o homem deitado na cama c
— Não dá mais, não dá mais. — Lavínia caminhava e, sem o menor cuidado com sua postura, se agachou no chão, lamentando. — Eu não vou mais andar, não vou. Não consigo dar mais um passo. Murilo se virou para olhá-la, achando graça, mas ao mesmo tempo resignado. Ela mesma tinha insistido em explorar o lugar por curiosidade, e agora estava ali, choramingando que estava cansada e não conseguia mais caminhar. Além disso, ainda não tinham explorado nem um décimo do local. Lavínia começou a reclamar: — Esse lugar é grande demais, é surreal! Agora eu entendo o quanto rico o Sr. Guilherme é. Murilo perguntou: — Está com inveja? Lavínia levantou a cabeça, ergueu o queixo e olhou para ele: — Eu só estaria com inveja se tivesse perdido o juízo. Nem um pouco! Para falar a verdade, ainda prefiro o meu apartamento pequeno. Morar em um lugar tão grande assim? Dá uma sensação de vazio, sabe? E tem tão pouca gente por perto. O meu é pequeno, mas é bem organizado e acolhedor. Murilo co
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s