Sem rumo

Ao chegar no hospital particular Santana, Sara desceu do táxi e olhou maravilhada para o grande prédio antes de passar pelas portas automáticas. Desde pequena, graças a sua mãe, cirurgiã chefe do Hospital de Cezário, sempre teve fascinação por hospitais. Cresceu sonhando seguir os passos da mãe e, no futuro, trabalharem lado a lado.

Segurou a vontade de chorar ao dar-se conta de que a sua mãe já não vivia e, no lugar de ocupar um cargo num hospital, jogou anos de estudo no lixo após se casar. Agora, sem as memórias do que estudou, estava longe de tornar realidade o seu sonho de ser médica.

Inesperadamente insegura, foi até o balcão de atendimento do hospital. A atendente, uma mulher loira de olhos castanhos, falava ao telefone e nem mesmo a olhou quando se aproximou e colocou ambas as mãos no balcão.

— Boa tarde, meu nome é Sara Almeida. Preciso falar com a diretora do hospital, a doutora Tatiana Santana — informou assim que a mulher desligou o telefone e a mirou de cima a baixo com u
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