Culpa

Cansado, e com um milhão de dúvidas rondando sua mente, Rodrigo entrou no apartamento disposto a seguir o conselho de Júlio.

As luzes estavam apagadas, porém, o televisor da sala encontrava-se ligado, garantindo visibilidade suficiente para que não necessitasse acende-las.

Trancou a porta e caminhou devagar para o centro da sala. Viu, sobre a mesinha de centro, uma grande tigela de pipoca, uma garrafa de refrigerante e um copo com vestígios da bebida.

Sara estava deitada no sofá, um cobertor a cobrindo até a cintura, a cabeça apoiada em uma almofada, os cabelos bagunçados e os lindos olhos verdes atentos na tela. Não demorou a notar sua presença e sentar, um discreto sorriso se formando em seus lábios.

— Boa noite! — ela disse ajeitando os fios sem muito sucesso. — Como foi seu dia de trabalho? — perguntou desistindo de pentear o cabelo com os dedos.

Rodrigo largou sua pasta na mesinha e sentou-se ao lado dela.

— Bem. Mas seria melhor se tivesse me visitado — respondeu, esticando o br
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